sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mateus 28.11-17 - A cegueira dos eleitos para a morte

       Estes versículos e os do próximo texto nos mostram a conclusão do evangelho de Mateus. Começam nos mostrando como o preconceito cego prejudica o crente, antes que ele creia na pura verdade. Também nos mostram as fraquezas que existiam no coração dos discípulos. E se encerra com grandes ensinamentos de Cristo. Vemos no texto as maldades que os homens podem cometer por amor ao dinheiro, foi dado muito dinheiro para aqueles soldados para que mentissem. Que coisa terrível é dar falso testemunho! Que possamos ser encontrados sempre como pessoas de uma palavra firme e confiável, que não nos deixemos apegar por coisas deste mundo ou tirar vantagem de situações para nosso benefício, mas estar sempre de acordo com a Palavra de Deus em nosso falar e agir.

       A grande prova de que Cristo era Filho de Deus é sua ressurreição, e ninguém podia dar prova maior dela que aqueles soldados. Mas eles aceitaram suborno e com essa atitude impediram que muitos viessem a crer na obra de Cristo. Podemos ver nisso que nem a evidência mais clara da verdade pode transformar o coração humano, somente a ação do Espírito Santo.

       Todos que olham para Jesus e o que Ele fez com olhos da fé, o adorarão, mas até a fé mais sincera pode se tornar fraca e instável. Entretanto, Cristo deu provas bem convincentes de sua ressurreição, para que a fé triunfasse sobre a dúvida. Que essa fé possa ser achada em nós, que cada vez mais possamos olhar a obra de Cristo, o seu sacrifício e nos humilharmos diante Dele e com coração humilde pedir perdão pelos nossos pecados. E que Ele nos dê uma vida junto dele eternamente.


                                                        Gabriel Benjamin

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mateus 28.1-10 - Jesus ressurgiu

       Neste pequeno trecho temos a maravilhosa ressurreição de nosso Senhor! A obra que foi profetizada em todo o Antigo Testamento havia chegado ao fim; a primeira vinda do Senhor Jesus havia sido concretizada com grande sucesso (e não poderia ser diferente). O Deus Todo-Poderoso se tornou carne, morreu como um impuro pecador para que nós vivêssemos como puros e santos. Em sua ressurreição ganhamos uma nova vida (Rm 6.4). Cristo morreu de uma vez por todas para que o pecado não mais tivesse domínio algum sobre o seu povo (Rm 6.10).

       Nos primeiros versos nos é dito que os guardas "tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos" ao ver um simples anjo enviado do Senhor. Homens incrédulos e duros de coração estiveram frente à frente com uma criatura jamais vista por eles que era "como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve". Então aquele anjo dirigiu-se às duas Marias dizendo que Cristo havia ressuscitado dentre os mortos! Logo elas foram correndo contar aos discípulos, cheias de MEDO e ALEGRIA. Penso comigo mesmo que essa será a bela reação de muitos crentes que presenciarão a segunda vinda de Cristo! Pois o SUPREMO JUIZ E SEUS ANJOS DESCERÃO DOS CÉUS COM GRANDE GLÓRIA! JESUS CRISTO GLORIFICADO E SEU MAJESTOSO EXÉRCITO APARECERÃO PARA QUE TODO OLHO VEJA! SERÁ UM ESPETÁCULO TERRÍVEL E AMEDRONTADOR. Porém, ao mesmo tempo, será lindo e indescritível porque os crentes verão aquilo que fora anunciado a eles durante toda a sua vida. E não mais o veremos pela fé, mas por nossos próprios olhos!

       Antes que Maria Madalena e a outra Maria pudessem se encontrar com os discípulos para falar das BOAS NOVAS, o próprio Senhor Jesus Cristo ressurreto aparece a elas. E elas prostraram-se aos seus pés e o adoraram! Qual de nós, resgatado pelo sangue de Cristo, não pensa no encontro triunfal com nosso Senhor ressurreto que nos justificou e tudo nos deu pela sua imensa graça e misericórdia? Todas as milhões de almas dos eleitos se satisfarão nele por toda eternidade (sema jamais chegar ao fim).

       Que possamos gastar mais tempo durante a semana meditando nos benefícios da ressurreição de Cristo em nossa vida presente e futura. Amém.


                                                               Israel Quaresma

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mateus 27. 57-66 - Pacientes na tribulação

       Nesse trecho vemos a narrativa do sepultamento de nosso Senhor. O seu corpo santo, no qual Ele carregou nossos pecados sobre a cruz, precisava ainda ser depositado na sepultura e ressuscitar. Através de Sua providência, que controla todas as coisas, Deus ordenou os acontecimentos de maneira que a morte e o sepultamento de Jesus Cristo ficassem acima de qualquer dúvida. Judeus e gentios, amigos e inimigos – todos testificaram do grande fato que Cristo realmente morreu e foi sepultado. Não há como se questionar esses acontecimentos; Ele realmente foi torturado, realmente sofreu, realmente morreu e realmente foi sepultado.

       Vemos aqui que Deus tem o poder de transtornar os esquemas de homens infiéis e fazê-los trabalhar para a sua própria glória. Aprendemos isso pela conduta dos sacerdotes e fariseus depois do sepultamento de nosso Senhor. A inimizade desses homens não cessou, nem mesmo quando o corpo de Jesus já estava na sepultura. Lembrando-se das palavras que Jesus havia dito a respeito de “ressuscitar”, resolveram tornar a sua ressurreição dos mortos impossível, crendo erroneamente que poderiam mesmo impedi-Lo. Fizeram então tudo o que puderam para que o sepulcro fosse “guardado com segurança”.

       Na imaginação deles, não tinham idéia de que estavam providenciando a evidência mais completa da veracidade da ressurreição de Jesus Cristo que estava para ocorrer. Na realidade, eles estavam fazendo com que fosse impossível provar que houvesse qualquer engano. Tanto a guarda, como o selo, ambos tornaram-se testemunhas do fato de que Cristo havia ressuscitado. Eles foram pegos em sua própria astúcia, suas próprias estratégias se transformaram em instrumentos de demonstração da glória de Deus.

       Muitas vezes circunstâncias desfavoráveis se transformam em benefícios para o povo de Deus. Poderíamos pensar no mal da perseguição ao povo de Deus nos dias de hoje, mas precisamos nos lembrar que ela apenas nos faz chegar mais perto de Cristo! Através dela e demais dificuldades, aproximamo-nos mais e mais de Cristo e nos apegamos mais e mais à Escritura e à oração.

       Que guardemos essas verdades e sejamos corajosos. Tudo é controlado pela mão de Deus e todas as coisas cooperam para o bem do corpo de Cristo. Os poderes desse mundo são simples instrumentos nas mãos de Deus e Ele os usa para os seus próprios propósitos. Através disso, Deus está lapidando as pedras vivas de seu templo espiritual e, assim, até mesmo os planos e esquemas dos inimigos resultam em louvor ao Senhor. Sejamos pacientes em dias de tribulação! As coisas que, agora, em nossa visão pequena, parecem contra nós, estão todas trabalhando juntas para a glória de Deus. No porvir descobriremos que toda a perseguição que suportamos hoje, assim como a escolta ao sepulcro, serve para maior glória a Deus!



                                                               Ana Talitha Rosa


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mateus 27.45-56 - A morte de Cristo e os sinais que testificaram a respeito dele

Os versículos de 45 a 56 narram a morte de Jesus Cristo e os fatos enigmáticos e simbólicos que cercaram este importante momento. Primeiramente, Mateus nos conta que houve trevas da hora sexta à hora nona, ou seja, entre 9 horas da manhã, até meio-dia, houve trevas sobre toda a terra! Os céus escureceram, o Cordeiro Santo fora crucificado, e o juízo de Deus caía sobre ele. Num período em que o sol deveria brilhar crescentemente até chegar aos seu ápice, havia trevas por toda a parte indicando que o que acontecia ali, não era a morte de um homem qualquer, mas era o sacrifício perfeito do Filho de Deus em favor dos seus eleitos.
Mateus relata que por volta da hora nona, Jesus clama em alta voz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?". A dor que Cristo sofria era maior do que qualquer homem poderia suportar! Os sofrimentos físicos em nada poderiam se comparar ao cálice da ira divina que Jesus bebia naquele momento. Não sei explicar com exatidão como o Deus Filho sentiu-se desamparado pelo Deus Pai, mas o que sabemos com certeza é que todos os pecados dos escolhidos de Deus estavam sendo julgados em Cristo naquele momento! "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós." Isaías 53.4-6. Alguns dos que estavam presentes ainda zombavam dele, enquanto outro buscou levar alívio dando de beber a Cristo.
E clamando mais uma vez em grande voz, Cristo entregou seu espírito! A missão do Cordeiro estava acabada. Ele se tornou um de nós, cumpriu a lei, pregou o evangelho e se entregou à morte por nossos pecados. Provavelmente muitos ali, inclusive os próprios discípulos, não entendiam totalmente o significado daquele momento. A tristeza certamente estaria presente no coração de qualquer um que tivesse sido ensinado por Cristo, porém, aquele era um momento de alegria, de vitória e de regozijo! Nossos pecados foram pagos, nossa dívida foi quitada, e sinais acompanharam a morte de Cristo para provar que aquele que morrera na cruz não era um homem qualquer.
Mateus nos diz que houve grande terremoto e as rochas fenderam-se! Uma intervenção direta de Deus no momento em que Jesus entregou seu espírito. O véu do santuário se rasgou e alguns santos levantaram de seus sepulcros que foram abertos!
O véu separava o Santo dos Santos do santuário. Só o sumo sacerdote tinha acesso ao Santo dos Santos, onde era feito o sacrifício em favor dos pecados do povo! Qualquer outra pessoa que entrasse ali, era imediatamente fulminada, pois aquele lugar representava a presença de Deus. Nem mesmo o sumo sacerdote poderia entrar ali de qualquer jeito. Ele não poderia estar em pecado ao entrar no Santo dos Santos pois seria igualmente fulminado! O véu rasgado de cima a baixo simbolizava o livre acesso ao trono de Deus e ao seu santuário celestial através da morte de Jesus Cristo. William Hendriksen diz:"pela morte de Cristo, simbolizada pelo rasgar da cortina, o caminho para o 'Santo dos Santos', isto é, o céu, é aberto a todos quantos buscam refúgio nele."
A ressurreição dos santos, além de um milagre espantoso, também apontava para uma verdade profética! Aquelas ressurreições simbolizavam a garantia de nossa ressurreição na segunda e gloriosa vinda de Cristo!
Analisando tudo que sucedeu após a morte de cristo, fica muito claro que aquele que foi morto não era um homem comum, e aqueles sinais descritos acima comprovam a majestade e a glória daquele se entregou pelos nossos pecados.
Mateus nos conta também que após esses acontecimentos o centurião e os que com ele guardavam a Jesus disseram: "Verdadeiramente este era Filho de Deus"!
Que possamos nos regozijar na morte de Cristo, lembrando-nos sempre da importância desse acontecimento com todo temor e reverência, e que possamos viver de forma a valorizar o sacrifício que Cristo fez por nós, morrendo para nossos pecados, e vivendo para a sua glória, até que ele volte e estabeleça seu reino de paz e justiça sobre toda a criação!
                                                       Lucas Quaresma

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Mateus 27.33-44

Nos versos de 33 a 44 do capítulo 27 de Mateus, vemos a descrição da crucificação de nosso Salvador. É interessante ver como Mateus trata da pena aplicada a Cristo: "depois de o crucificarem". Não há aqui intenção alguma de ressaltar o sofrimento físico de Jesus. Certamente, a dor que ele sentiu em sua carne foi terrível, mas nem de longe se compara à dor de receber a ira de Deus sobre si pelas multidões de pecados, não só de um, mas de milhões de eleitos desde Adão até ao último que será salvo.
Interessante também vermos nos "mínimos" detalhes como tudo já havia sido predito! Em Salmos 22.16 Davi, inspirado pelo Espírito Santo escreve:"Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassam-me as mãos e os pés". E no verso 18, ele prediz o verso 35 do capítulo 27 de Mateus: "Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes". Quão maravilhoso é vermos as Escrituram confirmando as próprias Escrituras, a fonte de toda verdade nos confirmando o que ela mesma diz! Devemos ver isso como um cuidado da parte de Deus, para fortificar a nossa fé, deixando claro não só que tudo o que aconteceu já havia sido predito, mas que também estava sob o controle da mão poderosa de nosso amado Deus. Sejamos gratos a Ele por isso!
A partir do verso 37, vemos quão grande foi a ignorância e insensatez dos acusadores e assassinos de Jesus Cristo. A placa, com intenção irônica, descrevia a acusação pela qual Cristo estava sendo crucificado:"Este é Jesus, o Rei dos judeus". Cristo havia confessado ser o Filho de Deus, o enviado do SENHOR para salvação dos que criam nele, e os judeus, cegos pela ignorância de seus corações corruptos, zombavam de Jesus por seu destino. O único homem que jamais havia pecado, foi tratado e condenado como criminoso. E não como um criminoso qualquer, mas como o pior tipo de criminoso! A crucificação era o pior tipo de pena dada a um homem naquela época. Era uma condenação tão vil e cruel, que os próprios romanos se envergonhavam desse tipo de execução.
A cena de um homem nu, moribundo numa cruz, fez com que muitos homens confirmassem sua incredulidade e zombassem de Jesus. Filho de Deus? Sendo morto por meros mortais? Se é mesmo Filho de Deus, porque não sais dessa cruz? Como podes ter poder para salvar a outros e a si mesmo não te salvas a ti mesmo? Era o que diziam aqueles que escarneciam de Jesus, tanto os transeuntes, como os anciãos, sacerdotes, escribas e até mesmo os outros homens que foram crucificados com Jesus.
Jesus saia vitorioso, cumprindo perfeitamente a sua missão, mas homem nenhum via vitória naquele momento. Os olhos carnais só podiam ver fraqueza e vergonha. Cristo não precisava salvar a si mesmo, ele tinha poder para sair daquela cruz, mas estava ali por amor, um amor que homem nenhum é capaz de entender.
É por isso que o evangelho é loucura para os que se perdem! Um Deus justo, irado contra um povo pecador, enviando seu próprio Filho para ser humilhado e assassinado por aqueles que necessitavam de sua misericórdia? O Verbo encarnado saindo vitorioso sobre o pecado ao ser morto de forma humilhante numa cruz? Homem jamais poderia tramar uma história como essa! Nenhuma religião criada pela mente humana poderia elaborar um plano tão maravilhoso de redenção como este!
Que Deus tenha misericórdia de nós, e não nos deixe olhar com desdém para o momento mais importante da história da humanidade, e que exultemos e glorifiquemos a Deus, onde muitos zombavam e blasfemavam contra Cristo por verem fraqueza onde havia misericórdia e vulnerabilidade, onde havia controle total sobre tudo o que acontecia

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Mateus 27.27-32 - "Salve, rei dos judeus"

       Estes versículos descrevem alguns dos muitos sofrimentos de nosso Senhor Jesus depois de sua condenação por Pilatos, sofrimentos às mãos dos brutais soldados romanos e o sofrimento final, na cruz. São cenas maravilhosas e horrendas ao mesmo tempo. Horrendas porque vemos nosso Senhor sofrendo e padecendo por conta das nossas transgressões. Maravilhosas quando nos lembramos que Ele suportou tudo isso para salvar o seu povo, se entregou e sofreu por conta dos nossos pecados para nos justificar no dia final.

       Precisamos perceber diante destas passagens a extensão dos sofrimentos de Cristo. A lista de dores infringidas ao corpo de nosso Senhor é algo terrível, raramente o corpo de uma pessoa sofre tanto durante suas últimas horas de vida. Não podemos esquecer que Jesus se encarnou, Ele tinha um corpo humano autêntico, tão sensível e vulnerável quanto o nosso.

       Jesus já havia passado a noite sem dormir e suportado extrema fadiga, foi levado do Getsêmani para o sinédrio judaico e dali para o tribunal de Pilatos. Foi interrogado duas vezes e por duas vezes condenado injustamente e já tinha sido espancado. Foi entregue na mão dos soldados romanos, homens que poderíamos esperar todo tipo de crueldade. Eles feriram a Cristo e o humilharam, cuspiram nele, escarneciam Jesus. Devemos nos lembrar do texto onde Judas entrega Jesus e Ele diz a seus discípulos que se quisesse mandava uma legião de anjos para o soltar. E mais uma vez vemos a humildade de Jesus em suportar todo aquele sofrimento porque Ele tinha um propósito muito maior.

       A lição que fica para nós nesse texto, é que devemos sempre nos lembrar de tudo que Jesus suportou por nós. Lembrar que tudo que Ele passou foi para nos redimir e que Ele tudo sofreu sem murmuração nenhuma. Vemos nesse texto todo sofrimento físico de Jesus, mas sabemos que de tudo que passou naquela cruz o que mais pesava eram todos os pecados que Ele levou sobre si. Que possamos suportar todo tipo de provação, aflição e sofrimento porque sabemos que o discípulo não é maior que seu Senhor. Então, se Cristo sofreu tudo isso não podemos nem pensar em murmurar por qualquer dificuldade que passemos. Que esteja viva em nossa memória a esperança de um dia esse mesmo Cristo que foi crucificado voltará e estaremos ao lado Dele na glória


                                                 Gabriel Benjamin

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mateus 27.11-26 - Jesus ou Barrabás?

       "Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem". E lá estava Jesus: Contado como um criminoso, alguém que precisava da piedade e misericórdia do povo para ficar livre da condenação (quem lê entenda)! Jesus estava sendo colocado lado a lado com um pecador. Ele, o criador de todas as coisas sendo colocado abaixo de uma de suas criaturas, um homem. Jesus já sabia que nada poderia impedir a missão do Pai de levá-lo ao madeiro, porém Pilatos não sabia disso.

       O governador, por saber que Jesus estava sendo injustiçado, quis libertá-lo da cruz, mas os seus próprios esforços estavam aprisionados a sua aceitação por parte do povo. Que grande pecado cometeu Pilatos ao lavar suas mãos, pois foi por meio delas mesmas que o Salvador foi ultrajado e humilhado na cruz. E, com certeza, há mais de dois mil anos esse grande governador está sofrendo as duras penas da ira do Deus Todo-Poderoso (e continuará sofrendo ano após ano durante toda a eternidade futura sem jamais chegar ao fim. Tudo isso por sua vida de pecado sem arrependimento e nem o Senhorio de Cristo). A inocência de Pilatos foi diante do seu povo, mas perante o Justo Juíz a sua culpa é tão clara como água com que ele lavou suas mãos!

       E quanto àquele povo... Que tristeza é contemplar a cegueira completa de todos eles diante daquele que é, que era e que há de vir. O Alfa e o Ômega, o desejado das nações sendo totalmente desprezado e humilhado. Ah se a exclamação "caia sobre nós o seu sangue" estivesse referindo-se à justificação de pecados e ao lavar regenerador de sua natureza pecaminosa! Muito pelo contrário: Eles estavam chamado para si toda a responsabilidade da morte do Senhor Jesus Cristo! Quanta insanidade e loucura! 

       Nós, que fomos alcançados pelo Santo Espírito através da graça de Deus Pai por meio de Cristo devemos viver para Ele durante todo o tempo de nossa peregrinação. Oremos para que não sejamos como aquele povo que tiveram os privilégios de nascer dentro do povo de Deus mas desprezaram tudo isso. Amém.


                                                               Israel Quaresma

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mateus 27.1-10 - Arrependa-se hoje

       Nesse primeiro trecho do capítulo 27 vemos como Jesus foi entregue nas mãos dos gentios. Porém, o principal tema que vamos tratar aqui é o triste fim do falso apóstolo, Judas Iscariotes. O fim dele foi uma prova clara da inocência de Jesus diante de todas as acusações que foram levantadas contra Ele. Um apóstolo escolhido de Jesus, um companheiro constante em suas jornadas, um ouvinte de todo o Seu ensinamento; Judas era alguém que saberia dizer se Jesus tinha feito algum mal, seja em palavra ou em ação. Sendo um traidor, era do seu interesse, na defesa de sua própria reputação, provar que Jesus era culpado. Ele poderia disfarçar sua própria conduta se pudesse demonstrar que seu antigo Mestre era um impostor.

       Qual seria o motivo de Judas ao acusá-Lo ao invés de provar aos romanos que Jesus não era um malfeitor? Judas não se apresentou como testemunha na sua própria acusação porque a sua consciência não permitiu. Ele sabia que nada poderia provar algo contra Cristo, sabia que seu Mestre era santo, inocente, verdadeiro e isento de qualquer culpa. A ausência de Judas no julgamento de Cristo é mais uma prova de que Ele não tinha mácula alguma, de que era um homem sem pecado.

       Com relação à morte de Judas, vemos um tipo de “arrependimento” que vem muito tarde, ele ficou “tocado de remorso”. Apesar de ter, até mesmo, ido aos sacerdotes e dito “Pequei, traindo sangue inocente”, está claro que ele não se arrependeu para a salvação. Devemos sempre ter em mente que, ainda que “tarde”, de nada adianta uma expressão externa de arrependimento, se o mesmo não for verdadeiro. Infelizmente, o arrependimento tardio frequentemente não é real. Uma pessoa pode sentir pelos seus pecados, se entristecer por eles e sentir apenas uma forte culpa, expressando profundo remorso. Sua consciência o atormenta e, ainda assim, não há arrependimento de coração. Esses sentimentos podem ser decorrentes de qualquer coisa, menos de uma ação do Espírito Santo.

       Estejamos atentos para não confiarmos pura e simplesmente em um arrependimento tardio. “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2Co 6.2). O ladrão da cruz foi salvo na hora da morte, para que ninguém se desesperasse da salvação, mas apenas um, para que ninguém seja orgulhoso e presunçoso. Não podemos, de forma alguma, deixar o arrependimento de lado acreditando erroneamente que ele depende do nosso próprio poder. Reflitamos a respeito do seguinte verso: “ Então me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar” (Pv 1.28). O momento de se arrepender de seus pecados é hoje, agora! Não caia no erro de crer que pode adiar a sua busca por Deus!

       Outra lição que podemos tirar desse trecho é que o pecado de Judas não lhe trouxe prazer algum. O dinheiro que ele ganhou de maneira penosa o amarguravam o espírito. O pecado contém muitas promessas maravilhosas, mas que não se concretizam. Os prazeres advindos do pecado são momentâneos. Por outro lado, a tristeza, o remorso, a auto-acusação e, até mesmo a morte, muitas vezes são eternos. Não podemos deixar que o pecado nos vença. A tentação de cometê-lo certamente virá, porém cabe a nós resistir a ela. Lembremo-nos que, no Grande dia, pecados e pecadores se encontrarão face a face com o Justo Juiz!

       Em que estado se encontram os nossos corações? Estamos confiando puramente em nosso “conhecimento” e religião exterior, como se isso fosse o suficiente? Lembrem-se dos ensinamentos desse texto! Não podemos nos apegar ao mundo e brincar com o pecado, enganando a nós mesmos. Jovens, não deixem o arrependimento para mais tarde. Reconheça o seu pecado agora, se arrependa
e clame pela misericórdia e perdão de Deus. Olhe para o exemplo que a Escritura nos da de Judas e faça o possível para remar na direção contrária!



                                                               Ana Talitha Rosa

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Mateus 26.69-75 - Não negue a Cristo

       Pedro, discípulo de Cristo, que teve esse privilégio de andar com Ele, que esteve dia a dia com o Messias, testemunhou também a Sua fidelidade a Deus, o negou. Ele, Pedro, já tinha motivos mais que suficientes para não negar a Cristo, mas o fez. Temor de homens? “Amor” próprio? Nada justifica o pecado humanamente imperdoável – graças ao sangue de Cristo, que o justifica, assim como a nós.

       Por “influência da situação” muitas vezes negamos a Cristo: quando nossos amigos nos apresentam coisas/conversas que quebram a Sua lei e agimos como se aquilo fosse normal a nós, quando zombam do cristianismo e não temos a “coragem” de dizer quem somos, quando por vergonha do que pessoas à nossa volta pensariam deixamos de orar seja antes de uma prova, ou antes de uma refeição. Na verdade, assim como aconteceu com Pedro, não somos influenciados pela situação em si, e sim por nossos corações pecaminosos. Mas como somos ignorantes e miseráveis! O Criador nos escolheu para sermos Seus filhos, enviou Cristo por nós, nos convida a morar eternamente com Ele, nos faz homens de bem (socialmente falando), nos olha como santos mesmo sendo ainda pecadores, e temos vergonha disto? Esse é sim um motivo para nos gloriarmos, mas em Cristo! Motivo suficiente para fazermos questão de no dia a dia mostrarmos que somos soldados do exército de Cristo, que a nossa luta já foi ganha e que esperamos nosso general todo poderoso nos convocar à Sua presença para comemorarmos esta vitória ganha por Cristo na cruz por toda a eternidade.

                                               
                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mateus 26. 57-68

Após ser preso, Jesus foi levado à casa de Caifás, sumo sacerdote, para que fosse julgado ali pelo Sinédrio, num julgamento eclesiástico. O verso 59 nos diz que os sacerdotes, os escribas e os anciãos procuravam algum falso testemunho para que pudessem acusar Jesus, com a clara intenção de condená-lo à morte. Aqueles homens, que eram os líderes do povo judeu, que deveriam conduzir o povo espiritualmente, que deveriam apontar pra Cristo e dizer: "Eis aquele de quem nos falaram os profetas! Este é o Salvador que tanto aguardávamos! Este é o Filho de Deus, o Cordeiro Santo, que tira o pecado do mundo. Ajoelhem-se, pois, perante ele, implorando o perdão de seus pecados, para que não sejam julgados no último dia", estavam tomados de inveja pela influência que estavam perdendo sobre o povo, e estavam tão desesperados para recobrar o poder que vinham perdendo desde que Jesus iniciou seu ministério, que estavam dispostos a condenar um inocente - este, verdadeiramente inocente - à morte, através de falsas testemunhas. Mateus nos conta que apesar das muitas tentativas que fizeram, não achavam do que acusar a Jesus. Então, duas testemunhas surgem - pela lei, um homem não poderia ser condenado à morte pelo testemunho de uma pessoa apenas, daí, talvez, a dificuldade de condená-lo mesmo com tantas testemunhas falsas se apresentando - afirmando que Jesus havia dito que ele mesmo destruiria o santuário de Deus e o reedificaria em 3 dias! Dado esse testemunho, vemos o desespero em condenar a Cristo de algum crime. Primeiramente, Jesus jamais disse que ele mesmo destruiria o santuário, como vemos em João 2.19, então há uma clara distorção das palavras proferidas por Jesus. Em segundo lugar, sabemos muito bem que Jesus não se referia ao santuário físico, mas a seu próprio corpo, que seria reedificado em 3 dias, quando Cristo ressuscitasse. Jesus, mesmo incitado a fazê-lo por Caifás, não respondeu a acusação feita pelas testemunhas. Caifás, portanto, conjura a Cristo, pelo Deus vivo - como se o pedisse para dizer a verdade tendo Deus como testemunha - que diga a todo o Sinédrio se ele realmente era o Messias, o Filho do Deus vivo, ao que Jesus responde: "Tu o disseste", afirmando sim, ser ele o Cristo. E Jesus completa:"entretanto, eu vos declaro, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". A resposta de Jesus é completa, e reivindica para si as prerrogativas exclusivas a Deus. Era exatamente o que os sacerdotes queriam! Ou Jesus era mesmo o Filho de Deus, ou estava blasfemando, e todo aquele que blasfemasse contra o nome de Deus, segundo Levíticos 24.16, deveria ser condenado á morte! Logo após a resposta de Jesus, Caifás, num ato de extremo cinismo, rasga suas vestes - ato que significava tristeza profunda, no caso, supostamente por ter ouvido o nome de Deus ser blasfemado - e exclama: "Blasfemou"! Estava acabado! O Sinédrio conseguiu uma acusação passível de morte para Jesus. Não havia mais necessidade de chamar testemunhas, eles mesmos eram testemunhas do suposto crime de blasfêmia. "Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia", disse Caifás. O veredicto veio logo em seguida: "É réu de morte".
Em seguida, uns cuspiam em seu rosto e com os rostos cobertos (Marcos 14.65) esbofeteavam a Cristo, zombando dele: "Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!".
Que humilhação terrível sofreu nosso Salvador! O sumo sacerdote terreno, pecador e falho, julgava e sentenciava à morte o Sumo Sacerdote celestial. O Verbo encarnado foi julgado como criminoso, foi mal-tratado e foi alvo de zombaria! Aqueles homens é que deveriam ser sentenciados à morte, por tamanha blasfêmia que cometiam contra o enviado de Deus. Mas na verdade, ao contrário do que aqueles homens pensavam, quem saía vitorioso naquele momento era Cristo! Sua missão estava chegando ao fim, e ele a cumpria de forma perfeita. O Cordeiro Santo, estava sendo entregue por Deus aos homens, e sem murmurar, aquele que controlava todo o universo se dispunha voluntariamente, em humildade, a vir ao mundo em forma de criatura, a padecer de fome e sede e de outras necessidades humanas, a morrer por seu povo, a ser condenado como criminoso, e a se fazer pecado, quando pecado algum havia nele.
Como Isaías havia predito:"não tinha aparência nem formosura, olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores, que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso."(53. 2b-3), Cristo "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1.11).
Reflita na humilhação que Cristo sofreu, desde seu nascimento até sua morte! Reflita no amor com que ele nos amou, para se entregar a suas criaturas, e por elas ser condenado e morto como um pior do que eles. E finalmente, lembre-se de tudo isso antes de pecar! É mesmo sua vontade cometer mais pecados contra Aquele que entregou seu próprio Filho para pagá-los por você? Responda a esse imenso e infinito amor com submissão, considerando todo o sofrimento de Cristo, obedecendo à Palavra de Deus, e glorificando Àquele que pagou um alto preço pra que fôssemos libertados da escravidão do pecado.
                                                                        Lucas Quaresma

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Mateus 26.47-56 - A santidade de Cristo perante o sofrimento

       Nesta passagem, vemos que o sofrimento de Cristo começa a afligi-lo. Ele é traído por um de seus discípulos, abandonado pelos demais e aprisionado por seus inimigos de morte. Ninguém jamais sofreu ou sofrerá como Cristo nesse mundo. Quando lemos estes versículos não podemos esquecer que nossos pecados foram a causa do sofrimento de Jesus, Ele se entregou pelas nossas transgressões.

       Percebemos no texto que nosso Senhor Jesus condena a utilização de armais carnais em defesa do evangelho. Ele reprovou a atitude de um de seus discípulos por ferir um dos servos do sumo sacerdote. “Embainha a tua espada”. Sabemos que a espada tem uma utilização legítima quando é usada para proteção de nações e para evitar conflitos ou confusões. Porém, não pode ser usada na propagação do evangelho, o cristianismo não pode ser imposto pelo derramamento de sangue. As armas dos crentes na luta pelo evangelho são espirituais. (Ef 6. 10-20)

       Vemos também que Cristo deixou-se fazer prisioneiro por vontade própria. Ele mesmo diz que poderia se libertar com uma legião de anjos vindos do Pai se quisesse, e sabemos que Ele poderia por uma só palavra se libertar facilmente. Mas Ele se entrega para cumprir as promessas da Escritura. Jesus velou o seu poder para cumprir o propósito de sua vinda porque Ele era o verdadeiro Cordeiro de Deus. Que essa atitude sirva de encorajamento para nós, que possamos estar dispostos a sofrer pelo nome Dele.

       Olhando agora para os discípulos, vemos como é difícil para um crente reconhecer sua fraqueza, até que seja provado. Que tristeza quando nos vemos na atitude dos discípulos. Temos que lembrar que esses que fugiram são os mesmos que a pouco tempo antes tinham declarado estar dispostos a morrer com Cristo. O temor de homens e da morte os dominou e foi maior que o amor e fé para com o Mestre deles. Como é fácil nos enxergar nesses versículos. Muitos cristãos após uma pregação ou congresso pelos seus sentimentos prometem jamais se envergonharem de Cristo, mas pouco tempo depois na primeira provação facilmente são influenciados e caem.

       Que possamos extrair do texto valiosas lições. Que possamos cultivar um espírito de humildade e que possamos suportar as provações neste mundo com paciência. Assim como Cristo, estejamos dispostos a sofrer pela fé que nos foi entregue, não nos utilizando de armas desse mundo mas da armadura de Deus. E se for preciso que sejamos excluídos, ultrajados, que derramem nosso sangue porque temos em mente as coisas lá do alto e sabemos que nada que passarmos aqui pode ser comparado a glória porvir.

                                               
                                                        Gabriel Benjamin

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Mateus 26.36-46 - A alma abatida no Getsêmani

       Esses versículos que acabamos de ler são extremamente interessantes! Aqui vemos a fragilidade de Cristo com relação à sua natureza humana. Ele é perfeitamente homem e perfeitamente Deus! Como Senhor de todas as coisas, sabia exatamente o que o esperava na cruz; como Onisciente ele sabia de tudo que aconteceria nos momentos seguintes e por isso ele começou a entristecer-se e angustiar-se. A alma do nosso Senhor Jesus estava PROFUNDAMENTE TRISTE ATÉ À MORTE.

       Imagine o Deus de todas as coisas, criador desse universo infinito prostrado com rosto em terra em oração pela sua própria vida sabendo que pouco tempo lhe restava até que a cruz chegasse! Nesses versos percebemos que tamanha foi a dor de Jesus que por TRÊS VEZES ele orou ao Pai pedindo que "se possível, passa de mim esse cálice". Entretanto Cristo sabia mais do que ninguém que somente ele poderia tomar o cálice da ira de Deus. Desde antes da fundação do mundo estava estabelecido que o Cordeiro seria morto! Mesmo assim sua alma estava abatida e contrita de uma forma aterrorizante!

       Durante toda sua vida na terra Jesus foi humilhado, rejeitado e padeceu das mesmas dores e lutas que nós. Durante seus dias aqui, ele foi preparado para finalmente na cruz ser imolado como o sacrifício agradável ao Senhor! Como judeu, Jesus cresceu oferecendo sacrifícios, como nascido no povo da Aliança Jesus lia a Bíblia e foi aprendendo dia a dia sobre aquilo que ele mesmo faria por nós na cruz.

       Como Homem, nosso Salvador tinha emoções e sentimentos. E no Getsêmani foi onde sentiu isso de forma plena e de maneira que certamente ninguém na história da humanidade jamais sofreu ou sofrerá. Sua alma estava completamente abatida, aterrorizada e triste. Diante de tudo isso, Jesus apenas clamava ao Pai. Jesus vigiava em oração para não cair em tentação. O Senhor foi fiel em todo o tempo e se submeteu plenamente à vontade do Pai.

       Que meditemos nesse texto e vejamos que aquele que nos resgatou dos nossos pecados sofreu algo inimaginável por nós. Por isso devemos viver uma vida de extrema gratidão por essa obra tão maravilhosa e infinita. Obra que nos resgatou de uma eternidade de sofrimentos extremos por causa de nossos pecados. Cristo sofreu essas penas por você. Que possamos viver para aquele que por nós morreu na cruz.


                                                 Israel Quaresma

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mateus 26.31-35

       Após aprendermos mais um pouco sobre a Ceia do Senhor, falaremos agora a respeito daqueles que participaram da primeira Ceia. O pequeno grupo, que pela primeira vez recebeu do Senhor a Ceia, era composto pelos apóstolos a quem Ele havia escolhido para acompanhá-Lo durante o seu ministério. Eram homens que amavam a Cristo, mas todos igualmente fracos, tanto na fé quanto no conhecimento. Eles não conheciam a fragilidade de seus próprios corações e não compreendiam o pleno significado das afirmações de seu Mestre. Pensavam que estavam preparados para morrer em companhia de Jesus, mas naquela mesma noite, todos O deixaram e fugiram. Jesus sabia de tudo isso perfeitamente bem, o estado real de seus corações era conhecido por Ele e, mesmo assim, Ele não lhes negou participar da Ceia.

       Ao pensar naqueles que podem participar da Ceia do Senhor, devemos refletir sobre algumas coisas. Esta pessoa realmente se arrepende de seus pecados? Ela realmente ama a Cristo e tem o desejo real de servi-Lo? Se sim, devemos recebê-lo. Entretanto, devemos fazer todo o possível para excluir desse momento aqueles comungantes indignos. Nenhuma pessoa alheia à graça de Deus deveria participar da Ceia do Senhor! Examinemo-nos, então, ao faze-lo.

       Temos o hábito de vir à Ceia do Senhor? Com que atitude o temos feito? Precisamos nos achegar a ela de maneira humilde, com fé no coração. Será que compreendemos realmente o que nos propomos a fazer? Realmente sentimos a nossa pecaminosidade e a nossa necessidade de Cristo? Desejamos viver uma vida cristã verdadeira e professar a fé cristã? Que possamos responder positivamente a essas perguntas e que não neguemos a Cristo em nenhum momento.


                                                 Ana Talitha Rosa

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mateus 26.26-30


       A Santa Ceia é um sacramento que aponta para Cristo, não para Sua vinda - como eram com os ritos do antigo testamento – mas é um sacramento por Deus ordenado para que lembremos de tudo que Ele fez por nós, um sacramento glorioso, que aponta para um Cristo glorioso e misericordioso. O pão que simboliza o corpo de Cristo, e o vinho, o seu sangue; aquele precioso sangue que remiu muitos e que levará muitos à vida eterna. É isso que vemos neste trecho: o relato de Cristo ensinando aos seus discípulos aquilo que Ele queria que sua noiva fizesse até sua segunda vinda.

       A Santa Ceia é também um momento de se lembrar o que significou aquela morte de cruz: perdão de pecados. Graças a Cristo, que cumpriu a lei de forma perfeita e se deu em favor daqueles predestinados antes da fundação do mundo. Sim, a Ceia do Senhor é um momento também de pedirmos perdão por nossos pecados, os quais nos fazem dar as costas para o momento mais glorioso da história da humanidade até hoje (a morte e a ressurreição do Redentor), mas que graças a Cristo que nos providencia o pão e o vinho espiritual nos fará viver com Ele eternamente.

                                                 
                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Mateus 26.14-25

Nos versos de 14 a 16, vemos o início da concretização da promessa feita ao homem, de que o novo Adão viria à Terra para cumprir a lei de Deus e ser entregue à morte! Vemos descrito aqui, claramente que Judas vai se apresentar ao sacerdotes fazendo a eles a proposta para entregar a Jesus. Ele não foi tentado e instigado pelos sacerdotes a trair a Cristo, mas seu coração pecaminoso tentado por sua própria ganância o levou à presença daqueles homens. O verso 16 dá a entender que se passou um certo tempo entre o acordo feito por ele e a páscoa. Não sabemos exatamente quanto, mas é certo que ele teve tempo para se arrepender de sua atitude, porém, ao invés disso, só maquinava em sua mente a melhor oportunidade para fazê-lo!
No verso 21, Mateus nos conta que Cristo revelou a seus discípulos que um deles o trairia. Os discípulos, ao perguntarem "porventura, sou eu, Senhor?", parecem demonstrar fraqueza, mas na verdade, eles, apesar de amarem profundamente a Cristo, demonstram uma característica que todo o crente deve ter: a auto desconfiança! Apesar de o chamarem Senhor, e largarem tudo para seguí-lo, eles sabiam que eram capazes de cometer até mesmo a maior atrocidade da história! Eles eram pecadores, e apesar de regenerados, sabiam que o pecado dentro deles ainda os influenciava, e a pergunta sincera que eles fizeram a Jesus deixa isso evidente.
Jesus então lhes responde: "O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá". Não era a sua intenção relevar a eles quem era o traidor, ao invés disso, Cristo mostra a todos eles como aquela traição era grave!
No Oriente, principalmente naquela época, o partilhar de refeições demonstrava intimidade profunda entre as pessoas que participavam deste momento. Jesus aumenta o suspense entre os 11, instigando-os a continuarem a desconfiar de si mesmos.
Em seguida, Jesus deixa claro que a traição que estava para acontecer não era uma surpresa, ou demonstração de fraqueza ou falta de controle sobre aquela situação, pelo contrário, ao dizer que "O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito", ele evidencia que tudo o que estava para acontecer estava debaixo do controle, da ordenação e da vontade de Deus! Jesus não seria pego de surpresa, mas como ele mesmo já havia dito diversas outras vezes antes, ele deveria ser morto! Porém, ele não tira a responsabilidade sobre os ombros do traidor! A soberania de Deus está de mãos dadas com a responsabilidade humana, e não é porque Deus decidiu antes da fundação do mundo que  que Seu Filho seria morto, que o traidor seria desculpado, ou parcialmente culpado. Além disso, este foi outro momento em que Jesus deu a Judas a oportunidade e arrependimento.
Judas, talvez buscando saber se Cristo realmente sabia que ele era o traidor, ou apenas tentando se disfarçar e imitando os outros 11 pergunta: "Acaso, sou eu, Mestre?", ao que Jesus lhe responde:"tu o disseste". A resposta diferente que Cristo dá a Judas parece indicar que ele estava confirmando a Judas que ele realmente sabia que ele era o traidor.
O texto paralelo de João 13 nos mostra que depois disto, Jesus, no verso 27 diz a Judas: "o que pretendes fazer, faze-o depressa".

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mateus 26.6-13

Neste pequeno trecho vemos uma grande atitude de fé desta mulher que foi muito valorizada por Cristo Jesus. Ao contrário dos discípulos, Jesus via com bons olhos a atitude dela.
O bálsamo derramado sobre a cabeça de Cristo era um sinal do respeito e admiração que ela tinha para com Nosso Senhor. Quando nossas ações demonstram verdadeiro amor por Jesus Cristo no coração, nada será considerado demasiado bom para Dá-lo. Fazer o bem aos pobres é algo que Deus quer de nós, porém isso não pode estar acima de Jesus, o autor do mandamento. Assim como nada neste mundo mesmo lícito a nós pode ter prioridade na nossa vida do que Deus.
Esta mulher teve uma grande e verdadeira iniciativa de demonstrar amor por Jesus, por isso Ele fez com que esse gesto fosse lembrado enquanto o evangelho fosse pregado. Que possamos estar dispostos a fazer tudo com o coração verdadeiro e para a glória de Deus.
                                                               Gabriel Benjamin

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mateus 26.1-5 - A cruz se aproxima

       Nesses pequenos versos temos Jesus mais uma vez instruindo seus discípulos acerca de sua missão nesse mundo! Em todo o Seu ministério podemos perceber que Ele foi preparando os seus discípulos para esse momento crucial na história da humanidade! Não somente em seu ministério, mas em toda a Bíblia vemos que antes de Deus executar sua vontade, Ele prepara o seu povo para isso dando avisos e alertas pela boca de seus mensageiros e profetas.

       E um desses alertas encontramos no versículo 2 deste capítulo em conexão com tudo aquilo que lemos no velho testamento. Era época da páscoa onde o povo judeu comemorava a sua libertação do Egito! Nessa festa havia sacrifícios de sangue (onde animais eram mortos) e esse sangue apontava para aquele que viria e libertaria o seu povo da escravidão do pecado de uma vez por todas! Por isso Jesus seria crucificado perto dessa época, porque Ele mesmo seria o sacrifício oferecido à Deus para que Sua ira fosse contida e por meio de Cristo, o povo fosse salvo da morte eterna.

       Nos versos 3 e 4 vemos os grandes líderes religiosos tramando juntos como tirar a vida de Jesus e já tinham tudo planejado (até mesmo esperar a festa passar para que não houvesse tumulto). Esses homens estavam pensando que eram donos da situação e que finalmente conseguiriam alcançar seu objetivo de matar Jesus, mas não sabiam que tudo isso já estava determinado por Deus desde antes da fundação do mundo!!! Quem estava no controle de tudo era Deus e não os sacerdotes!

       A partir dos próximos capítulos veremos como tudo se desenrolou. Diante disso não podemos deixar de sempre dar graças a Deus por seu Filho Jesus Cristo que morreu para que nós tivéssemos vida eterna. Nunca deixe de agradecer um dia sequer pela sua salvação, pois ela é o maior bem que você pode receber nesta e na próxima vida.


                                                               Israel Quaresma

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Mateus 25.31-46 - De qual lado você está?

       Chegamos ao final de mais um capítulo. Nesses versículos nosso Senhor Jesus descreve o dia do julgamento final e algumas circunstâncias referentes a esse dia. Em primeiro lugar aprendemos que o próprio Jesus será o juiz no último dia. Naquele grande e espantoso dia será o nosso salvador e sumo sacerdote que julgará toda a terra. Os ímpios que desprezam o evangelho e recusam-se a crer em Cristo não fazem ideia de que Ele mesmo os julgará! Isso é muito sério!

       Nesse dia haverá uma divisão em duas grandes categorias: os que forem achados em Cristo serão posto entre as ovelhas (à sua direita) e os que não forem achados em Cristo serão colocados entre os cabritos (à sua esquerda). A separação não será feita de acordo com posição social, denominação religiosa, raça ou língua e sim de acordo com a fé em Deus.

       Falemos um pouquinho agora de como o julgamento será conduzido. O juízo final será um julgamento com base em “evidências” e as obras dos homens serão as testemunhas. Seremos julgados não pelo o que dissemos, mas pelo que fizemos; não pelo que professamos, mas por aquilo que praticamos. Não temos dúvidas de que nossas obras não nos tornarão justos diante de Deus! Somos justificados pela fé, sem as obras da lei. Mas a nossa fé é testada pela qualidade de nossa vida e nossos frutos! A fé que não tem obras, por si só está morta (Tg 2.17)

       Para os crentes, o juízo final será motivo de alegria. Ao ouvirmos “Vinde, benditos de meu Pai!” certamente teremos nossos corações maravilhados e gratos pela misericórdia do nosso Deus, por ter completado a obra que iniciou em nossas vidas. Porém, para os não convertidos, esse dia será um dia de confusão e angústia. Ao ouvirem o nosso Salvador dizer “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” certamente eles se lembrarão atemorizados de terem se recusado a negar a si tomar a cruz de Cristo!

       Ao final do julgamento, o resultado será imutável e sem fim. Tanto a miséria dos perdidos como a felicidade dos salvos serão eternas. É impossível descrever a bem-aventurança da vida eterna! Ela ultrapassa o poder da concepção humana. Da mesma forma, é impossível descrever as misérias da punição eterna. Jamais teremos ideia dessas realidades, até que o Grande dia chegue!

       Então, de que lado de Cristo você estará no último dia? À sua direita ou à sua esquerda? Não descansem até que possam responder satisfatoriamente a essa pergunta! Abandone o seu pecado, tome a sua cruz e siga a Cristo!


                                                        Ana Talitha Rosa

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mateus 25.14-30 - A Parábola dos Talentos



       Mais uma vez Cristo fala através de Parábolas. Desta vez, impossível não nos recordar do quando Cristo nos tem dado: o Seu Espírito, a pregação fiel, irmãos que nos auxiliam a nos fortalecer nEle. Todos esses tesouros Deus tem nos dado, graças a Cristo. Não podemos ser preguiçosos como foi o último dos servos que recebeu um talento. Quanto mais tivermos, mais cobrados seremos (Lc 12:48). Tudo que Deus tem nos dado é uma dádiva. Mesmo merecendo a morte eterna Ele nos dá a salvação e muito, muito mais! Que tenhamos um coração grato usando de tudo que Ele nos tem dado para a honra e glória de Seu santo nome.


                                                 Davi Quaresma

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mateus 25.1-13

No início do capítulo 25, Jesus passa a contar uma nova parábola para exemplificar o reino dos céus. Nesta parábola, ele conta que haviam 10 virgens esperando pelo noivo para uma procissão nupcial, onde elas deveriam carregar lâmpadas e acompanhar o noivo para as bodas. Jesus conta que 5 delas eram néscias, imprudentes, pois levaram consigo apenas as lâmpadas, enquanto as outras 5, que eram prudentes, levaram azeite, o que possibilitava não só acender suas lâmpadas, como também aumentar o brilho delas. O noivo, porém, demora, e as virgens adormecem à espera dele. Porém, à meia-noite, o noivo finalmente chega, as virgens ouvem o grito que avisava da chegada do noivo, e despertam para preparar suas lâmpadas. As néscias, porém, não tendo azeite para acender as suas, pedem um pouco do azeite das prudentes, que negam o pedido, pois não poderia lhes faltar o azeite. As néscias, então, saem para comprar o azeite que lhes faltava, quando o noivo chega ao encontro das virgens que estavam preparadas, e estes foram para as bodas, e as portas foram fechadas. Mais tarde chegam as néscias, pedindo ao noivo para entrar. Ele, porém, nega o pedido, dizendo que sequer as conhece!
A comparação aqui é muito clara, e o ensinamento que Jesus quer passar a seus ouvintes, e a nós, é que ninguém sabe quando Cristo voltará para julgar a terra e buscar os que são seus. As virgens néscias não estavam preparadas para a volta do noivo, elas tiveram tempo para se preparar, mas essas não foram prudentes como as outras. Nós não sabemos quando Cristo voltará, e quando todos virem o Filho de Deus vindo sobre as nuvens, será tarde demais! Aqueles que não tiverem se arrependido de seus pecados não terão mais tempo para fazê-lo, serão pegos de surpresa e não entrarão nas bodas com o noivo.
Será que estamos preparados para a volta de Cristo? Será que quando Jesus voltar, nos encontrará prontos para recebê-lo? Será que já nos arrependemos verdadeiramente de nossos pecados e já buscamos o perdão deles através da justificação em Cristo? Não pense que o ir à igreja, ler a Bíblia diariamente, ou até mesmo escrever artigos profundos e cheios de verdades bíblicas o salvarão do inferno! Não deixe para depois o se arrepender de seus pecados e viver para a glória de Deus, pois não sabemos quando nosso Noivo voltará, e se não estivermos prontos para ele, certamente não partilharemos das maravilhas do reino dos céus.
Portanto, "vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora" em que o filho de Deus voltará
                                                             Lucas Quaresma

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mateus 24.45-51

       Nesta parábola o que nos chama mais atenção é o dever prático de vigiar, na expectativa da segunda vinda de Cristo. Meditando brevemente nestes versículos conseguimos perceber que o servo somos nós e o senhor é Cristo na parábola, e que a volta do senhor é a volta de Cristo para buscar a sua igreja. Quando Ele voltar, encontrará servos bons ou maus?

       Jesus quando fala de sua vinda, com frequência ele nos manda vigiar. Ele sabe como nosso coração é pecaminoso e fácil em se desviar e sabe que Satanás é incessante em querer tampar os olhos dos cristãos para a doutrina de Deus. Nas Escrituras temos muitas exortações para que sempre estejamos alertas , que possamos estar constantemente apegados a palavra para não cair em nenhuma cilada nesse mundo.

       O texto nos mostra que os verdadeiros cristãos são como o servo bom, eles estão sempre prontos para o retorno do seu Senhor. Jesus diz que feliz é aquele que quando seu senhor vier o encontrará fazendo o que lhe agrada. Se não estamos prontos para, a qualquer momento, receber o Senhor de volta, podemos questionar sobre nossa fé e se somos verdadeiros crentes. Que estejamos sempre alertas.

       A vinda de Cristo será feliz apenas para os que estiverem preparados. Se dizermos ser cristãos e não temos a palavra de Deus como regra de fé e prática, não teremos vida com Cristo. Que  no dia da Sua volta, possamos ser achados bem-aventurados e apresentados diante do Pai, puros pelo sangue de Cristo para termos lugar junto com os filhos de Deus eternamente.

                                 
                                                 Gabriel Benjamin

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mateus 24.32-44 - A parábola da figueira

      Neste trecho, que é a continuação do Sermão profético, vemos Cristo alertando seus discípulos em relação a Sua volta. O primeiro grande acontecimento da história da humanidade já havia acontecido: Cristo, após ter dado a vida pelos seus, os quais escolheu antes da fundação do mundo, ressuscitou dos mortos e ascendeu aos céus e neste momento está à destra de Deus aguardando o momento que Ele mesmo já predeterminou que voltaria para julgar os vivos e os mortos, aguardando o momento por Ele escolhido e citado por Ele mesmo aos seus discípulos e à todo o mundo em sua Santa Palavra.

      Como bem podemos entender da parábola da figueira e verificar nos versículos anteriores, sinais serão dados ao povo de Cristo, apontando para a consumação dos séculos, para a vinda do justíssimo juiz. Homem nenhum jamais saberá o dia da sua volta, mas como o próprio Cristo nos alerta nos versículos finais devemos vigiar, pois o Criador voltará. Vigiemos nosso coração para que ídolo algum o roube, vigiemos, nos guardando para o nosso noivo que virá em poder e glória. A certeza de Sua volta é o motivo do nosso viver, somos peregrinos aqui nesta terra, sabemos que esta não é a nossa casa.

      Nos Estados Unidos uma coisa muito natural é os filhos passarem férias de verão em acampamentos longe de seus pais. Todas as crianças curtem ao máximo esses dias de férias na companhia de colegas e amiguinhos, mas muitos anseiam pelo momento em que seu pai voltará para busca-lo e o levará para sua casa. Até que esse dia chega e o filho, assim, como o pai, se alegra e muito por aquele momento. O dia da volta de cristo será mais ou menos assim. A partir dali sentiremos prazeres e alegrias jamais experimentadas por qualquer homem nesta terra. Nosso misericordioso Pai está voltando para nos buscar, que possamos aproveitar ao máximo este tempo aqui na terra para fazer o que nosso Pai nos ordena, nos preparando, assim, para a sua volta repentina, mas ansiada!


                                                      Davi Quaresma

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Mateus 24.15-31- Você está preparado para a volta de Cristo?

       Consideraremos nessa passagem algumas lições claras que servirão para a nossa edificação pessoal. Em primeiro lugar, vemos que muitas vezes o crente precisa fugir do perigo. Nosso Senhor ordenou ao seu povo que fugissem sob determinadas circunstâncias. O servo de Deus deve confessar a Cristo diante dos homens e estar disposto a morrer por causa da verdade. Porém, não é necessário que o servo de Deus sempre se atire para dentro do perigo, a não ser que isso faça parte de seu dever. Nem sempre os mártires cristãos aqueles que cortejam a morte e são queimados ou decapitados. Há momentos em que o crente demonstra sabedoria ao ficar quieto, esperando, orando e aguardando um tempo oportuno de agir. Que nós tenhamos sabedoria para agir em tempos de perseguição!

       Vemos nesse trecho uma menção especial ao sábado: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado”. Este fato merece nossa atenção. Infelizmente vivemos em uma época em que a obrigação de honrar o sábado é frequentemente negada. Muitos dizem que o sábado não é mais obrigatório para nós, como não o são as leis cerimoniais. É difícil enxergar como tal ponto de vista pode ser conciliado com as palavras de nosso Senhor aqui. Quando Ele predisse a destruição final do templo e das cerimônias mosaicas, Jesus menciona intencionalmente o sábado, como para marcar com honra esse dia. Embora o seu povo houvesse de ser absolvido do jugo de sacrifícios e ordenanças, para eles ainda restava o guardar o sábado, o dia do Senhor! Então, continuemos o guardando!

       No versículo 22, vemos que os eleitos de Deus são objetos especiais do Seu cuidado: “por causa dos escolhidos”. Aqueles a quem Deus escolheu para a salvação, mediante Cristo, são os que Deus ama especialmente neste mundo. Ele ordena todos os acontecimentos entre as nações para o bem e santificação dos seus escolhidos. Ele os guarda por meio do Espírito; não importa que tribulação venha sobre o mundo, os eleitos de Deus estão seguros! Que nós jamais descansemos enquanto não tivermos a certeza de pertencer ao povo de Deus. Esforcemo-nos por confirmar a nossa vocação e eleição!

       Aprendemos também aqui que a segunda vinda de Cristo será um acontecimento súbito. Sabemos que o Senhor Jesus Cristo em pessoa, retornará a este mundo, em um tempo de grande tribulação. Não sabemos o dia, hora, mês e ano, mas sabemos que será um acontecimento repentino. O nosso dever, então, é viver sempre preparados para a volta de Cristo. Que creiamos em Cristo, sirvamos a Cristo, sigamos a Cristo e amemos a Cristo. Somente assim, não importará o momento em que Cristo retorne, estaremos prontos para encontrá-lo!

       A partir do verso 29, nosso Senhor descreve a sua própria segunda vinda para julgar o mundo. Cristo regressará a este mundo, com especial glória e majestade. Ele veio a primeira vez como homem de tristezas, cercado de aflições. Nasceu em uma manjedoura, assumiu a forma de servo, sendo desprezado e rejeitado pelos homens desde o início! Na segunda vez, Ele virá como Rei de toda a terra, com toda a majestade. Diante dEle toda a boca se calará, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor! Jamais nos esqueçamos disso. Não importa o que os homens possam fazer no presente... Não permanecerá zombaria alguma contra Cristo, nem infidelidade alguma no dia do juízo! Nosso Mestre será reconhecido como Rei dos reis, por todo o mundo.

       No dia do julgamento final, os verdadeiros crentes gozarão de perfeita segurança. Nenhum único osso do corpo místico de Cristo será quebrado. Quando a ira de Deus, finalmente, descarregar-se sobre este mundo vil, haverá em Jesus um abrigo para todos os crentes. Os anjos que se regozijavam no céu a cada pecador que se arrependia, recolherão alegremente o povo de Deus para o encontro com o Senhor. Esse dia, sem dúvida alguma, será um dia terrível, mas os crentes podem aguardá-lo sem temor.

       No dia do juízo os verdadeiros cristão serão enfim reunidos. Portanto, meditemos sobre quão feliz será esse encontro, quando o povo de Deus estiver todo reunido! Se tem sido agradável nos encontrarmos ocasionalmente com um ou dois crentes, aqui na terra, quando mais agradável será nos reunirmos com uma multidão inumerável no céu. Que nos contentemos em carregar a cruz e suportar aflições nesse mundo sabendo que um dia Cristo voltará para nos buscar e já não haverá mais luto, pranto, nem dor! (Ap 21. 4)


                                                 Ana Talitha Rosa

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Mateus 24.1-14

       Neste importante trecho do livro de Mateus vemos algumas profecias, como a da derribada do belo templo de Jerusalém. De acordo com o comentário da Bíblia de Genebra, tal profecia teria se cumprido no ano 70 d.C durante a conquista romana de Jerusalém. Podemos aplicar tal profecia fazendo uma ilustração para os nossos dias. Após ouvir esta profecia os discípulos certamente se assustaram ao saberem que o templo seria derribado, não lhes foi do agrado, pois aquele belo templo era quase que o símbolo de uma fé para muitos. Aquela construção humana tinha um significado a mais que um simples templo. Assim como os discípulos, nós damos muito valor às coisas deste mundo, por maior que seja a importância de tal coisa para este mundo, continua a ser incomparável às coisas do Reino.

       A palavra de Cristo aos discípulos os instigou a perguntarem do fim a respeito do fim dos tempos. A profecia trata primeiro dos acontecimentos próximos, a destruição de Jerusalém, o fim da igreja e do estado judeus, o chamado aos gentios, e o estabelecimento do reino de Cristo no mundo; mas também olha o juízo geral; e no próximo, aponta mais em detalhe a este último – o juízo à raça humana. Cristo os alertou para que vigiassem por conta dos falsos mestres, predisse guerras e tragédias que são necessárias, como julgou o próprio Cristo. E estes são apenas os princípios das dores. Para nós crentes, é bom lembrar que é importante que nos apressemos em viver uma vida digna de ser chamado filho de Deus, até por quê sendo o nosso viver Cristo, nem o fim dos tempos será motivo de preocupação, muito pelo contrário, será um tempo que apesar de todo que estará\está acontecendo nos lembraremos que a volta de Cristo estará próxima e que esse fato será o início da alegria eterna com Cristo Jesus nosso Salvador.

                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Mateus 23.37-39


Jesus continua suas advertências no final do capítulo 23, porém, desta vez, ele passa a advertir os judeus de maneira geral, não só os escribas e fariseus.
Ao longo de toda a história descrita na Bíblia Deus envia juízes, profetas e sábios a fim de trazer seu povo ao arrependimento. Desde Moisés até João Batista o povo rejeitava os mandamentos divinos e além disso, perseguia os servos que Deus enviava. Porém, a rejeição de Israel não ficará impune diante um Deus santo. Quando a Palavra de Deus é rejeitada e deixada de lado, a consequência é a destruição, e é por isso que Jesus diz: "Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!".
Cristo está dando um ultimato a Israel! O povo não ouviu a Moisés, aos juízes nem aos profetas, e Jesus, o Verbo Encarnado, estava sendo rejeitado de forma ainda mais humilhante. Cristo seria morto alguns dias depois, e só se revelaria novamente em público aos judeus em sua segunda vinda, onde todo olho verá a Cristo e toda a língua confessará a majestade de Deus. Porém, na segunda vinda de Cristo não haverá mais tempo para arrependimento, não haverá uma outra chance, não haverá um purgatório! Aqueles que creram em Cristo como seu Salvador serão arrebatados para junto do Pai, e aqueles que não conheceram a Cristo serão precipitados no inferno, onde sofrerão terríveis tormentos por toda a eternidade em consequência de seus pecados.
Aqueles mesmo judeus que perseguiram a Jesus e que não creram nele como Filho do Deus vivo, foram os que o crucificaram. Jesus veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (João 1.11), pelo contrário, o sentenciaram à morte como um criminoso, e aquele que não conheceu o pecado, se fez pecado por nós (I Coríntios 5.21), e apesar de toda Bíblia testificar a respeito dele, e apesar dos muitos sinais e maravilhas feitos por nosso Salvador, ele foi rejeitado e desprezado!
Será que você tem atendido ao chamado de Deus? Você tem ouvido a voz de Cristo através das Escrituras e da exposição delas? Sua vida tem se caracterizado pelo arrependimento e pela busca pela santidade?
Que Deus tenha piedade de nossas almas, para que não sejamos como o povo de Israel, um povo de dura cerviz, que não se arrependeu de seus pecados e rejeitou a vida eterna e o perdão de seus pecados através de Cristo!

                                                            Lucas Quaresma

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Mateus 23.13-36

       Nestes versículos do capítulo 13 encontramos grandes acusações de Jesus aos escribas e fariseus, vale ressaltar que Jesus estava os denunciando publicamente, sem poupar palavras. A acusação de Jesus é dividida em oito partes, oito “ai de vós”. Ele também os chama sete vezes de “hipócritas”, duas vezes de “guias cegos”, duas vezes de “insensatos e cegos” e uma vez de “serpentes, raça de víboras”. Vemos nas palavras de Jesus como é abominável para Ele o comportamento que os fariseus tinham. Vamos analisar cada uma das oito acusações e extrair os ensinamentos de Cristo por meio delas.

       O primeiro ai fala de um grande pecado dos fariseus, eles não criam no evangelho e faziam de tudo para impedir que outros cressem. Como o texto diz, eles “fechavam” o reino dos céus diante dos homens, usavam de sua influência no meio dos judeus para ensinar coisas vãs e afastar o povo de Jesus.

       O segundo ai era contra a cobiça e orgulho daqueles homens. Eles tiravam proveito da credulidade de mulheres frágeis por meio de uma devoção fingida para que os tivessem como guias espirituais. E constantemente abusavam dessa influência para obterem vantagens pessoais e para ganhar dinheiro.

       O terceiro ai condena o zelo daqueles homens em obter partidários. Eles trabalhavam incessantemente para que homens adotassem suas opiniões e se vinculassem a seu partido. Eles não faziam isso para a obra do reino de Deus, faziam para aumentar o número de seus seguidores e ganhar mais importância no meio do povo.

       O quarto ai se dirige contra a doutrina deles a respeito de juramentos, os escribas e fariseus colocavam sutis distinções entre diferentes juramentos. Eles colocavam mais importância no jurar pelo ouro do que pelo templo. Assim, promoviam seus próprios interesses porque faziam superestimarem o valor das ofertas.

       O quinto ai foi dirigido contra a prática de exaltar as coisas menos importantes em detrimento das questões realmente importantes da religião. Esses homens faziam questão de dar do melhor em seus dízimos, mas seu coração não estava atento à lei de Deus e não amava seus ensinamentos.

       O sexto e sétimo ais têm muito em comum, ambos condenam o fundamento geral da religião dos escribas e fariseus. Para eles, a pureza exterior e a decência estavam acima da santificação interior e a pureza de coração. Eram como sepulcros caiados, limpos externamente, porém por dentro eram cheios de corrupção. Hipócritas, se diziam justos, mas por dentro eram cheios de iniquidade.

       O oitavo e último ai trata da veneração fingida que demonstravam pelos santos já mortos. Eles edificavam os sepulcros e adornavam os túmulos, porém por meio dos seus ideais e atitudes mostravam ter a mesma mentalidade daqueles que mataram os profetas. Esses homens que fingiam honrar os profetas mortos, não viam beleza em um Cristo vivo.

       Por meio desta passagem, o Senhor nos mostra o quadro dos mestres judeus. Esse quadro nos deveria fazer sentir tristeza e humilhação, pois mostra como é a natureza humana. E infelizmente é um quadro que constantemente vemos nas nossas igrejas, vemos que muitos ditos cristãos possuem os mesmo procedimentos daqueles homens. Também nos ensina quão perigosa é a posição de um ministro infiel, já é terrível sermos cegos espiritualmente, mas é muito pior ser um guia cego. Que possamos nos policiar para não cometer esses terríveis pecados tão abomináveis aos olhos de Deus e que nossas ações reflitam uma vida de honestidade e santidade.


                                                               Gabriel Benjamin

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Mateus 23.1-12

       Começando mais uma etapa do livro de Mateus, nos deparamos com esse incrível capítulo onde vemos nosso Senhor falando de forma dura aos escribas e fariseus. Entretanto, por hoje, ficaremos apenas com os primeiros 12 versículos.

       Primeira coisa que nos chama a atenção é o "ponto positivo" que Jesus traz destes homens (quem lê entenda). "Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem" (verso 3). Jesus está incentivando as multidões e os seus próprios discípulos a fazerem tudo aquilo que os escribas e fariseus diziam. Mas por que??? A resposta é simples: Eles eram os mestres da Lei de Deus, então tudo aquilo que eles falavam falavam com autoridade! (Lembrando que essa autoridade não repousava primariamente sobre eles, mas sobre a Palavra de Deus.) Logo... Era como se Jesus dissesse: "Aquilo que eles falam é correto porque é Bíblia!".

       Entretanto Jesus não para por aí! Ele completa dizendo: "porém não os imiteis em suas obras". E desde que começamos a estudar esse evangelho temos visto claramente que as obras destes homens eram más! A todo tempo presenciamos confrontos diretos do nosso Senhor e seus discípulos com esses doutores da Lei que eram cheios de si e de sua própria justiça! No capítulo 3 vemos João o Batista negando-se a batizá-los pela ausência de arrependimento de pecados em suas vidas, "Raça de víboras" é a expressão usada por João para falar desses homens; Nos capítulos 5 e 15 percebemos o legalismo extremo destes letrados na Bíblia que durante muitos anos foram adicionando deveres inexistentes aos mandamentos divinos (tornando a piedade um fardo pesado de se carregar); No capítulo 6 nos deparamos com o seu extremo orgulho, pois queriam que todos os homens vissem suas obras de piedade e dessem louvores a ELES e não ao Pai que está nos céus; nos capítulos 9, 12, 19, 21, 22 lemos da astúcia e malícia destes homens que queriam enredar Jesus em suas próprias palavras, tentando-o e até mesmo blasfemando do seu nome. Além destes, muitos outros textos deixam a prova cabal de que as obras desses homens não refletiam em nada a glória do evangelho que vivia em suas confissões labiais.

       Não somente isso. Os fariseus assumiam uma posição de liderança para a auto-promoção! Amavam os primeiros lugares, as saudações nas praças, o título de mestres! Essa era a bandeira pela qual eles viviam. Mas sabemos que não é assim no reino de Deus, pelo contrário: "Bem-aventurados os HUMILDES DE ESPÍRITO [ou pobres de espírito], porque deles é o reino dos céus." (Mt 5.3) Os redimidos pelo sangue do Cordeiro apresentam como marca de sua salvação uma humildade real e não fingida! Assim como o nosso Deus se esvaziou de sua própria glória e assumiu uma forma de SERVO... nós, comprados pelo seu sangue, também devemos agir desta forma. Pois a verdadeira grandeza não está em exaltar-se a si mesmo, mas se dar em favor de outros. [Como Cristo fez em favor dos eleitos]

                                                       

                                                               Israel Quaresma


Mateus 22.41-46

       Iniciamos essa passagem, ao final do capítulo, com uma pergunta de nosso Senhor aos fariseus. Quando eles respondem a Jesus que Cristo era filho de Davi, Jesus pede para que expliquem porque Davi, no livro de Salmos, o chama de Senhor (Sl 110.1). Com isso, eles foram silenciados, “ninguém podia responder palavra”.

       Os fariseus certamente estavam familiarizados com o salmo referenciado, porém, não eram capazes de explicar a sua aplicação. Ele só poderia ser explicado mediante o reconhecimento da preexistência e da divindade do Messias. Isto era algo que os fariseus não estavam dispostos a admitir. A única ideia com que podiam conceber o Messias era a de que Ele seria um homem qualquer, semelhante a eles mesmos. Fica clara aqui a visão baixa e carnal que esses homens tinham acerca da verdadeira natureza de Cristo. Apesar de se julgarem muito conhecedores das Escrituras, essa atitude demonstra apenas a sua ignorância.

       Aprendamos com esse trecho, fazendo um uso prático da pergunta de nosso Senhor: “Que pensais vós do Cristo?” O que pensamos de sua Pessoa e ofícios? O que pensamos de sua vida e, principalmente, de sua morte por nós, na cruz? O que pensamos de sua ressurreição, ascensão e intercessão por nós, à direita de Deus? Já temos experiência de que Ele é gracioso? Já nos apegamos a Ele por meio da fé? Já descobrimos que Ele é precioso para nossa alma?

       Estas perguntas são MUITO sérias. Que não descansemos enquanto não pudermos dar a elas uma resposta satisfatória! De nada nos aproveitará ler a respeito de Cristo, se não formos unidos a Ele mediante uma fé viva. Uma vez mais, pois, façamos um teste de nossa religião, perguntado “Que pensais vós do Cristo?”


                                                 Ana Talitha Rosa

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Mateus 22.34-40

       Sinceramente, estes fariseus e intérpretes da Lei são realmente dignos de nossa pena! Duvidavam e com um, entende-se, irônico, “Mestre” para iniciar a pergunta, se achegavam sem temor algum diante do Salvador para testá-Lo! Mesmo com milagres, pregações, mesmo com sua maneira de viver e tudo a sua volta apontando para quem Ele realmente era, homens como os escribas, fariseus e intérpretes da Lei tratavam a Cristo como se Ele fosse 100% homem, e Ele realmente foi assim, mas esqueciam-se de Sua divindade plena.

       Mais uma vez, ao ser testado, Cristo respondeu à pergunta com propriedade, propriedade tal que teólogo, pastor ou homem jamais falou ou falará, pois Ele era e é o criador de todas as coisas, inclusive destas leis morais.

       “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Desta maneira Cristo ‘’resumiu’’ toda a lei. Sem esse amor à Deus e às coisas do Seu reino – amor dado pelo Espírito Santo ao crente – jamais poderemos encarar as coisas concernentes a Sua lei com a seriedade devida. Até para que cumpramos a segunda tábua da lei é essencial cumprir a primeira – mesmo que não de maneira perfeita. Como não furtaremos ou não adulteraremos contra o nosso próximo se não temos amor a Deus se quer para dizer não a nossa carne e prazeres, fazendo aquilo que como servos fomos chamados a fazer? Não falo do sentimento de amor corrompido pelo pecado que temos pelas pessoas, falo de um amor sacrificial, um amor que nos faz olhar primeiramente a Cristo como prioridade em nossas vidas, nosso próximo como aquele que tem que estar bem mesmo que eu precise que tomar suas dores para que este esteja bem. Quando Cristo ordena que nós o amemos com todas as nossas forças, ele está nos ordenando, na verdade a negar a nós mesmos, desconsiderar nossa vontade em prol de obedecermos o nosso Redentor. Assim mostraremos não só amor ao Deus vivo e consequentemente ao nosso próximo, mas mostraremos também zelo pela nossa alma.


                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Mateus 22.23-32

       Depois dos Fariseus, naquele mesmo dia, foi a vez dos saduceus testarem a Jesus. Mateus, antes de seguir com a história, deixa claro que os saduceus não criam na ressurreição, e sua pergunta a Jesus nos deixa claro que o objetivo deles era ridicularizar a crença na ressurreição. Primeiramente, os saduceus, que erroneamente acreditavam que o Pentateuco possuía mais elevado valor do que todos os outros livros do Antigo Testamento, iniciam sua pergunta citando uma lei que foi passada ao povo por Moisés, para dar peso a sua argumentação. A questão era: se era lei de Deus que um homem que morresse sem deixar descendência deveria ter sua esposa desposada por seu irmão, depois de sete casamentos, de quem tal mulher seria esposa no céu, já que certamente não poderia ser esposa de todos?

       Jesus, conhecendo a intenção de seus corações lhes dá uma resposta à altura, primeiramente, afirmando que eles não possuíam o conhecimento das Escrituras nem do poder do Deus que eles diziam adorar, já que não acreditavam na possibilidade de ressurreição de mortos. Além disso, Jesus diz que nos céus, os homens serão como os anjos (nos quais os saduceus também não criam): “nem casam, nem se dão em casamento”. Ora, qual seria a lógica de haver casamento nos céus se o matrimônio foi criado com os objetivos de que um casal pudesse se auxiliar mutuamente no crescimento espiritual um do outro e de perpetuar a raça humana na terra, gerando herdeiros da aliança? Afinal, no céu, não teremos nossos corpos glorificados? Não seremos livres da presença do pecado? Não terá Deus chamado à sua eterna companhia os que ele predestinou, para que houvesse a necessidade de procriação no paraíso?

       Jesus continua sua resposta aos saduceus dizendo que Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, pois ele mesmo havia declarado ser o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. Interessante que Abraão, em Gênesis 22 - um dos livros que os saduceus tinham em alta conta em relação ao resto do Antigo Testamento – ao receber ordem divina de sacrificar a Isaque, “aquele que alegremente acolheu as promessas”(Hebreu 11.17), mostrou crer “que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou”(verso 19). Enquanto isso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina, que confirmava a esperança que muitos ali certamente possuíam.

       Fica muito claro que os saduceus na verdade não tinham conhecimento algum da Palavra de Deus, e queriam apenas ridicularizar a crença na ressurreição, que é a grande recompensa que será entregue a todos os crentes por toda obra que Cristo realizou por eles, que é a grande esperança de todo aquele que crê na existência do Deus vivo e que tem a Jesus como seu Senhor e Salvador! Certamente, como Paulo muito bem disse algumas décadas depois: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida somos os mais infelizes de todos os homens” I Coríntios 15.19.

       “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (I Coríntios 15.20)! Que bom que nosso Deus não é Deus de mortos, mas de vivos! Como é maravilhoso crer que há ressurreição, que nossa existência não se limita a esta vida, que viveremos durante toda a eternidade sem a presença do pecado, e habitaremos seguros, junto a nossos irmãos em Cristo, com quem desfrutaremos de momentos preciosos de adoração sem fim ao nosso Deus!


                                                        Lucas Quaresma

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Mateus 22.15-22

       Nesta passagem do capítulo 22, encontramos um ataque sutil dos fariseus contra o Senhor Jesus. Os adversários de Jesus percebiam a grande influência que Jesus ganhou por conta de sua pregação e milagres, por isso, queriam silencia-Lo ou tirar-Lhe a vida. Enviaram alguns discípulos junto com herodianos com a finalidade de encurralar Cristo para que encontrassem alguma resposta digna de uma acusação contra Jesus. Porém, como sabemos seus planos falharam mais uma vez e foram constrangidos a se retirar da presença Dele.

       Algo que nos chama bastante atenção é a forma como começam o diálogo com Jesus, falavam bem, com palavras lisonjeiras e bajuladoras. Eles realmente achavam que por meio disto conseguiriam que Jesus se descuida-se de suas palavras.
"A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o azeite, contudo eram espadas desembainhadas" (Sl 55.21)

       Todos nós precisamos estar alertas contra bajulação de qualquer tipo. Devemos estar cientes que além da perseguição e frustrações, Satanás também se utiliza de palavras que nós agradam para nos fazer cair. Nosso coração pecaminoso está sempre disposto a escutar palavras que façam massagem no nosso ego, estamos sempre dispostos a receber elogios e levar o crédito. O mundo nos é muito mais perigoso quando sorri, que estejamos atentos e vigilantes a não vacilar em meio a tentações.

       O ponto principal do texto, sem dúvida, é a resposta que Jesus dá. Ele sabia que o queriam apanhar. Sabia que se respondesse "sim" o iriam denunciar ao povo por não honrar a Israel e não os considerar homens livres. Se respondesse "não" o teriam denunciado aos romanos  como um rebelde que se opunha a Cesar.

       Porém, a resposta de Jesus os deixou desconcertados. Ele mostra a face de César na moeda para os lembrar que ele era revestido de autoridade por ser o governantes daquelas terras. Todo crente deve obediência ao governo civil da nação a qual pertence, ele precisa se submeter as leis que vigoram na sociedade. Entretanto, sabemos que nenhuma autoridade humana pode sobrepujar as escrituras, ao passo que só é lícito obedecer ao governo civil se o mesmo não ultrapassar os mandamentos de Deus. Não devemos cumprir ordens humanas que vão contra as ordens divinas de Nosso Senhor.

       Este é um assunto de grande dificuldade, ainda mais pelo que vemos em nossa sociedade e as leis que estão sendo e podem ser vigoradas. Temos que estar sempre dispostos a "dar a César o que é de César", mas muito mais importante que isso, devemos estar sempre cientes de que dar "a Deus o que é de Deus" está acima de todo entendimento e poder humano e é nosso principal objetivo enquanto santos neste mundo.

                                         
                                                 Gabriel Benjamin

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mateus 22.1-14

       Vemos aqui mais uma incrível parábola! Como nas últimas duas que foram proferidas por Cristo, essa começa abordando o mesmo assunto: A rejeição a Deus pelo seu próprio povo, Israel.

       O que vemos aqui é a imagem de um rei que celebrou as bodas de seu filho. Entretanto todos os seus convidados rejeitaram categoricamente este convite! (E não foi só uma única vez, o rei tornou a convidá-los, mas, novamente, houve rejeição por parte deles). Como resultado o rei manda matar a todos e destruir a cidade em que viviam como forma de punição àquele ato de desapreço e desprezo.

       Na sequência o mesmo rei manda que seus servos busquem novos convidados nas "encruzilhadas dos caminhos" (em lugares afastados e desconhecidos, além dos muros daquele reino) para que participassem do banquete ao seu amado filho. De forma que sua 'sala de jantar' estava repleta de convidados! Entretanto no momento em que o rei entra no local, estando todos à sua espera sentados ao redor da mesa... nota-se alguém que não possuía as vestes adequadas para aquela ocasião, as vestes nupciais! Esse alguém estava no palácio do rei sem se apresentar de forma digna. Sendo assim foi ordenado que ele fosse lançado fora, nas trevas!!!

       Que tremenda lição para todos nós! Nosso Senhor nos diz que muitos são chamados, mas, poucos, escolhidos! O evangelho é anunciado todos os dias para nós e para muitas outras pessoas ao redor do mundo, a Biblia nos constrange a nos arrependermos de nossos pecados e nos voltarmos para Cristo. Devemos estar atentos para não confundirmos o 'chamado' com a 'eleição'. Muitos baseiam sua salvação (indiretamente) em formalismos e por isso se acham salvos. É um grande perigo nos escondermos atrás dos meios de graça pensando que nossa salvação é garantida por aquilo que fazemos!

       Você se acha diferente dos outros porque acorda cedo para orar? Acha que é mais importante que outros porque sabe mais as Escrituras do muitos? Pensa que para certas pessoas não há salvação por estarem praticando pecados que você nunca praticaria? O apóstolo Paulo tem algo a dizer para você: "Aquele, pois que pensa estar de pé veja que não caia" (1 Co 10.12). Irmãos, muitas vezes ACHAMOS que não agimos dessa forma porque não estamos nos auto-examinando como deveríamos. Passamos pouco tempo do dia refletindo sobre nossas próprias atitudes e menos ainda sondando nossos corações para ver onde há caminhos maus.

       Alguém que procede dessa maneira é louco! Está indo em direção ao juízo final com as vestes de sua própria justiça, achando que será aceito nas glória eterna - como o convidado deste parábola. As únicas vestes que serão aceitas pelo grande Rei no último dia serão aquelas que foram "alvejadas no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14). Sem a justiça do Cristo sobre si, nada restará para a sua alma senão tormento por toda a eternidade. Lá haverá choro e ranger de dentes.

       Que Deus tenha misericórdia de nossas almas. Amém.


                                          Israel Quaresma

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mateus 21.33-46

       Chegamos agora ao final do capítulo 21 de Mateus. A parábola registrada nesse trecho foi proferida com referência aos judeus – os lavradores mencionados. São os pecados deles que estão sendo retratados aqui. Porém, nessa parábola estão contidas lições tanto para os judeus, como para nós.

       Vemos nessa passagem os privilégios que Deus se agrada em dar a certas nações Ele escolheu Israel como seu povo, os separou dentre as outras nações e lhes concedeu diversas bênçãos. Ele deu a Israel revelações de Si, enquanto o restante da humanidade continuava em trevas. Deus tratou os judeus à semelhança daquele que tratou de um pedaço de terra, que cercou e cultivou, enquanto os campos ao redor são deixados sem cultivo. E nós, não temos nenhum privilégio? Temos muitos! Temos a Bíblia e a liberdade de lê-la, temos o evangelho e a permissão de desfrutá-lo. Nos cercamos que grandes bênçãos espirituais que muitos homens não tem acesso. Quão gratos deveríamos ser!

       Percebemos aqui também que as nações fazem mau uso dos privilégios que possuem. Quando o Senhor separou os israelitas dentre os demais povos, “o que se esperava” era que eles o servissem e obedecessem as suas leis. Quando um homem cultiva uma vinha, tem o direto de esperar frutos. Israel, porém, não retribuiu adequadamente a todas as misericórdias divinas. Eles se endureceram no pecado e na incredulidade, voltando-se para ídolos e não guardando as ordenanças de Deus. Maltrataram aqueles a quem Deus enviou para chamá-los ao arrependimento e levaram a sua iniquidade ao ponto de matar o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.

       E o que será que nós estamos fazendo com os nossos privilégios? Será que confessaremos, envergonhados, que estamos vivendo totalmente sem Deus neste mundo? O fruto que o Senhor está recebendo de sua vinha, em nosso país, comparado ao que deveria ser, é terrivelmente pequeno. Temos então, razões para pensar que somos tão provocativos quanto os judeus, aos olhos do Senhor.

       Deparamo-nos agora como terrível acerto de contas que Deus faz com as nações e igrejas que fazem mau uso de seus privilégios. A longanimidade de Deus para com o seu povo se esgotou. Quarenta anos após a morte de nosso Senhor, o cálice das suas iniquidades transbordou, e eles receberam um pesado castigo por seus muitos pecados. Jerusalém, a cidade santa, foi destruída, o templo foi queimado e eles foram espalhados por toda a face da terra. O reino de Deus foi tirado e entregue a um povo que lhe produzisse os respectivos frutos. Sabemos que o julgamento tem sobrevindo muitas igrejas e nações nos últimos anos. Por isso, convém que todos os crentes intercedam insistentemente em favor de nosso país. A negligência do povo aos privilégios concedidos por Deus é uma ofensa! Muito nos tem sido dado e muito nos será requerido!

       Que nós não sejamos ouvintes do evangelho e nos encontremos exatamente nas mesmas condições desses judeus. Eles sabem que o que ouvem é verdade, domingo após domingo. Sabem que estão errados e sabem que cada sermão os condena ainda mais. Entretanto, não tem a vontade e nem a coragem de reconhecer a sua situação. São orgulhosos e muito amigos do mundo para confessar erros passados, tomar a cruz e seguir a Cristo! Que tomemos
precaução contra esse estado mental deplorável. O dia final está próximo e haverá milhares de pecadores que, como os principais sacerdotes judeus, foram condenados pela própria consciência, mas que, ainda assim, morreram sem se converter.

                                                       
                                                        Ana Talitha Rosa

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mateus 21.23-27

       Neste pequeno trecho testemunhamos o diálogo dos ousados e ignorantes sacerdotes e anciãos com o próprio Cristo. Queriam saber a respeito da autoridade de Cristo. Para ter uma ideia do quanto os principais sacerdotes e anciãos estavam longe da verdade, eles não só não temiam a Cristo, como também não reconheciam seus atos e sua autoridade como vinda do próprio Deus – principalmente por ser Ele o próprio Deus, encarnado.

       Foi por meio de sua contrapergunta que Cristo encurralou seus inimigos. Se respondessem que o batismo de João era algo vindo dos céus sabiam que a respostas instantânea de Cristo seria: “Então, por que vocês não creram nele?”. Esse tipo de resposta vinda do tão “popular” Jesus Cristo, cercado de seguidores e cristãos não era uma boa ideia, levando em consideração o status dos sacerdotes e anciãos em relação ao povo. Por outro lado se respondessem aquilo o que muitos deles criam, isto é, que o batismo de João era dos homens, o público em geral (composto por peregrinos, inclusive) os hostilizaria, podendo até mesmo apedrejá-los.

       Nosso Senhor nos deu uma aula de bom proceder, por mais que tenha sido bem rapidamente. Mas pudemos ver claramente o seu perfeito caráter. A maneira como tratava aqueles que o perseguiam, com que calma e respeitosamente falava com eles, mostrando realmente que podia amar aqueles que o perseguiam. Mas é claro: Cristo, por ser o próprio Deus é a fonte de todo amor. E no fim, para evitar disputas desnecessárias elegante e, mais uma vez, respeitosamente, mesmo sendo o próprio Deus, o criador de tudo e de todos, preferiu não lhes responder, sabia que fugir de discussões, evitar a presença daqueles que não o queriam o bem não era a prioridade tendo seguidores para aconselhar e pregar, pessoas para curar, sem deixar de amá-las e mostrar isso em sua honrosa maneira de proceder.

       Queridos, temos muito o que aprender com o próprio Cristo. Nesta pequena resposta dada no final do trecho Ele, acima de tudo, nos dá o exemplo de amor, paciência e bom proceder. Mal temos feito isso com aqueles a quem amamos, como pais, irmãos, irmãos em Cristo, filhos. Precisamos fazer como Cristo, mostrar a este mundo que temos um Deus para servir e precisamos ser como ele até nas pequenas situações de nossa peregrinação.

                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mateus 21.12-22

       Após Jesus entrar na cidade de Jerusalém, ele se dirige ao templo, e lá encontra mercadores, homens que vendiam tanto bois, quanto cordeiros e pombas. Esses animais estavam sendo vendidos para que os judeus os sacrificassem como oferta por seus pecados, porém, os preços exigidos eram extremamente altos, os vendedores extorquiam o povo cobrando preços exorbitantes e exagerados. Além disso, os comerciantes tinham concessão dada pelos sacerdotes para vender naquele local, pela qual pagavam generosamente, o que certamente indica que os vendedores e a casa sacerdotal eram sócios nesse negócio.

       A revolta de Jesus frente a essa profanação é, portanto, justa e serve de exemplo do zelo que devemos ter para com a casa de Deus. Não há nenhum misticismo aliado a esse zelo. Porém, um lugar separado para a adoração do Deus Santo não pode servir de covil de salteadores e ladrões! Jesus, portanto, exige reverência, castigando e expulsando aqueles que profanavam a Casa de Deus, repreende duramente as atividades comerciais ilícitas (no caso, extorsão) e nos mostra que devemos agir com coragem e firmeza frente a qualquer tipo de irreverência contra o que é sagrado.

       Após purificar o templo, e expulsar dali os que profanavam a casa de Deus, Cristo passa a receber e curar os necessitados. Mateus nos diz que cegos e coxos entravam no templo e Jesus, mostrando sua misericórdia, seu poder e sua bondade, curava a todos que se achegavam a ele. Os sacerdotes e escribas, porém, tomados de inveja questionaram Jesus a respeito do louvor que era dado a ele por meio das crianças ali presentes. Após repreender duramente os comerciantes que profanavam o templo, aqueles homens provavelmente esperavam que Jesus exortasse da mesma forma aqueles meninos que supostamente “blasfemavam”. O problema em questão é que de fato, Jesus não só merecia, como deveria receber o louvor! Ele era Filho do Deus vivo, o Verbo encarnado, mas os sacerdotes e escribas, cegos para as verdades espirituais não viam isso. Jesus, porém, os responde, dizendo que até da boca de pequeninos Deus tira o perfeito louvor, indicando àqueles homens que Ele era o Senhor do templo e era merecedor de todo louvor e adoração.

       No dia seguinte, Jesus sentiu fome, viu uma figueira e foi até ela para colher dela frutos, para saciar sua necessidade física. Mateus nos conta, porém, que aquela árvore vistosa não possui frutos. Como os sacerdotes e escribas que o questionaram a respeito da adoração que Ele recebera, aquela árvore era capaz de enganar qualquer um que a visse de longe. Porém um olhar mais cuidadoso, poderia revelar uma verdade decepcionante a respeito dela: a falta de frutos! Assim como aqueles homens, que aparentavam santidade e zelo por Deus, aquela árvore apresentava apenas indicativos de que havia frutos.  Como William Hendriksen comenta: “Rica de folhas, porém carente de frutos. Febril de atividade religiosa, porém insincera e destituída de verdade. Ao amaldiçoar a figueira e ao purificar o templo, Jesus realizou dois atos simbólicos e proféticos, com um único significado. Estava predizendo a queda do Israel estéril. Não que tivesse ‘acabado com os judeus’, senão que no lugar de Israel iria estabelecer-se um reino internacional e terno, uma nação que não só produzisse folhas, mas também frutos, e que fosse formada tanto de judeus quanto de gentios”.

       Que Deus nos abençoe e nos permita ser firmes quanto à reverência a Casa de Deus e nos ajude não produzir apenas folhas, mas também frutos, e assim, glorifiquemos a nosso Pai celeste.

                                   Lucas Quaresma