Sinceramente, estes fariseus e intérpretes da Lei são realmente dignos de nossa pena! Duvidavam e com um, entende-se, irônico, “Mestre” para iniciar a pergunta, se achegavam sem temor algum diante do Salvador para testá-Lo! Mesmo com milagres, pregações, mesmo com sua maneira de viver e tudo a sua volta apontando para quem Ele realmente era, homens como os escribas, fariseus e intérpretes da Lei tratavam a Cristo como se Ele fosse 100% homem, e Ele realmente foi assim, mas esqueciam-se de Sua divindade plena.
Mais uma vez, ao ser testado, Cristo respondeu à pergunta com propriedade, propriedade tal que teólogo, pastor ou homem jamais falou ou falará, pois Ele era e é o criador de todas as coisas, inclusive destas leis morais.
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Desta maneira Cristo ‘’resumiu’’ toda a lei. Sem esse amor à Deus e às coisas do Seu reino – amor dado pelo Espírito Santo ao crente – jamais poderemos encarar as coisas concernentes a Sua lei com a seriedade devida. Até para que cumpramos a segunda tábua da lei é essencial cumprir a primeira – mesmo que não de maneira perfeita. Como não furtaremos ou não adulteraremos contra o nosso próximo se não temos amor a Deus se quer para dizer não a nossa carne e prazeres, fazendo aquilo que como servos fomos chamados a fazer? Não falo do sentimento de amor corrompido pelo pecado que temos pelas pessoas, falo de um amor sacrificial, um amor que nos faz olhar primeiramente a Cristo como prioridade em nossas vidas, nosso próximo como aquele que tem que estar bem mesmo que eu precise que tomar suas dores para que este esteja bem. Quando Cristo ordena que nós o amemos com todas as nossas forças, ele está nos ordenando, na verdade a negar a nós mesmos, desconsiderar nossa vontade em prol de obedecermos o nosso Redentor. Assim mostraremos não só amor ao Deus vivo e consequentemente ao nosso próximo, mas mostraremos também zelo pela nossa alma.
Davi Quaresma
Nenhum comentário:
Postar um comentário