Nestes versículos do capítulo 13 encontramos grandes acusações de Jesus aos escribas e fariseus, vale ressaltar que Jesus estava os denunciando publicamente, sem poupar palavras. A acusação de Jesus é dividida em oito partes, oito “ai de vós”. Ele também os chama sete vezes de “hipócritas”, duas vezes de “guias cegos”, duas vezes de “insensatos e cegos” e uma vez de “serpentes, raça de víboras”. Vemos nas palavras de Jesus como é abominável para Ele o comportamento que os fariseus tinham. Vamos analisar cada uma das oito acusações e extrair os ensinamentos de Cristo por meio delas.
O primeiro ai fala de um grande pecado dos fariseus, eles não criam no evangelho e faziam de tudo para impedir que outros cressem. Como o texto diz, eles “fechavam” o reino dos céus diante dos homens, usavam de sua influência no meio dos judeus para ensinar coisas vãs e afastar o povo de Jesus.
O segundo ai era contra a cobiça e orgulho daqueles homens. Eles tiravam proveito da credulidade de mulheres frágeis por meio de uma devoção fingida para que os tivessem como guias espirituais. E constantemente abusavam dessa influência para obterem vantagens pessoais e para ganhar dinheiro.
O terceiro ai condena o zelo daqueles homens em obter partidários. Eles trabalhavam incessantemente para que homens adotassem suas opiniões e se vinculassem a seu partido. Eles não faziam isso para a obra do reino de Deus, faziam para aumentar o número de seus seguidores e ganhar mais importância no meio do povo.
O quarto ai se dirige contra a doutrina deles a respeito de juramentos, os escribas e fariseus colocavam sutis distinções entre diferentes juramentos. Eles colocavam mais importância no jurar pelo ouro do que pelo templo. Assim, promoviam seus próprios interesses porque faziam superestimarem o valor das ofertas.
O quinto ai foi dirigido contra a prática de exaltar as coisas menos importantes em detrimento das questões realmente importantes da religião. Esses homens faziam questão de dar do melhor em seus dízimos, mas seu coração não estava atento à lei de Deus e não amava seus ensinamentos.
O sexto e sétimo ais têm muito em comum, ambos condenam o fundamento geral da religião dos escribas e fariseus. Para eles, a pureza exterior e a decência estavam acima da santificação interior e a pureza de coração. Eram como sepulcros caiados, limpos externamente, porém por dentro eram cheios de corrupção. Hipócritas, se diziam justos, mas por dentro eram cheios de iniquidade.
O oitavo e último ai trata da veneração fingida que demonstravam pelos santos já mortos. Eles edificavam os sepulcros e adornavam os túmulos, porém por meio dos seus ideais e atitudes mostravam ter a mesma mentalidade daqueles que mataram os profetas. Esses homens que fingiam honrar os profetas mortos, não viam beleza em um Cristo vivo.
Por meio desta passagem, o Senhor nos mostra o quadro dos mestres judeus. Esse quadro nos deveria fazer sentir tristeza e humilhação, pois mostra como é a natureza humana. E infelizmente é um quadro que constantemente vemos nas nossas igrejas, vemos que muitos ditos cristãos possuem os mesmo procedimentos daqueles homens. Também nos ensina quão perigosa é a posição de um ministro infiel, já é terrível sermos cegos espiritualmente, mas é muito pior ser um guia cego. Que possamos nos policiar para não cometer esses terríveis pecados tão abomináveis aos olhos de Deus e que nossas ações reflitam uma vida de honestidade e santidade.
Gabriel Benjamin
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