quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mateus 21.33-46

       Chegamos agora ao final do capítulo 21 de Mateus. A parábola registrada nesse trecho foi proferida com referência aos judeus – os lavradores mencionados. São os pecados deles que estão sendo retratados aqui. Porém, nessa parábola estão contidas lições tanto para os judeus, como para nós.

       Vemos nessa passagem os privilégios que Deus se agrada em dar a certas nações Ele escolheu Israel como seu povo, os separou dentre as outras nações e lhes concedeu diversas bênçãos. Ele deu a Israel revelações de Si, enquanto o restante da humanidade continuava em trevas. Deus tratou os judeus à semelhança daquele que tratou de um pedaço de terra, que cercou e cultivou, enquanto os campos ao redor são deixados sem cultivo. E nós, não temos nenhum privilégio? Temos muitos! Temos a Bíblia e a liberdade de lê-la, temos o evangelho e a permissão de desfrutá-lo. Nos cercamos que grandes bênçãos espirituais que muitos homens não tem acesso. Quão gratos deveríamos ser!

       Percebemos aqui também que as nações fazem mau uso dos privilégios que possuem. Quando o Senhor separou os israelitas dentre os demais povos, “o que se esperava” era que eles o servissem e obedecessem as suas leis. Quando um homem cultiva uma vinha, tem o direto de esperar frutos. Israel, porém, não retribuiu adequadamente a todas as misericórdias divinas. Eles se endureceram no pecado e na incredulidade, voltando-se para ídolos e não guardando as ordenanças de Deus. Maltrataram aqueles a quem Deus enviou para chamá-los ao arrependimento e levaram a sua iniquidade ao ponto de matar o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.

       E o que será que nós estamos fazendo com os nossos privilégios? Será que confessaremos, envergonhados, que estamos vivendo totalmente sem Deus neste mundo? O fruto que o Senhor está recebendo de sua vinha, em nosso país, comparado ao que deveria ser, é terrivelmente pequeno. Temos então, razões para pensar que somos tão provocativos quanto os judeus, aos olhos do Senhor.

       Deparamo-nos agora como terrível acerto de contas que Deus faz com as nações e igrejas que fazem mau uso de seus privilégios. A longanimidade de Deus para com o seu povo se esgotou. Quarenta anos após a morte de nosso Senhor, o cálice das suas iniquidades transbordou, e eles receberam um pesado castigo por seus muitos pecados. Jerusalém, a cidade santa, foi destruída, o templo foi queimado e eles foram espalhados por toda a face da terra. O reino de Deus foi tirado e entregue a um povo que lhe produzisse os respectivos frutos. Sabemos que o julgamento tem sobrevindo muitas igrejas e nações nos últimos anos. Por isso, convém que todos os crentes intercedam insistentemente em favor de nosso país. A negligência do povo aos privilégios concedidos por Deus é uma ofensa! Muito nos tem sido dado e muito nos será requerido!

       Que nós não sejamos ouvintes do evangelho e nos encontremos exatamente nas mesmas condições desses judeus. Eles sabem que o que ouvem é verdade, domingo após domingo. Sabem que estão errados e sabem que cada sermão os condena ainda mais. Entretanto, não tem a vontade e nem a coragem de reconhecer a sua situação. São orgulhosos e muito amigos do mundo para confessar erros passados, tomar a cruz e seguir a Cristo! Que tomemos
precaução contra esse estado mental deplorável. O dia final está próximo e haverá milhares de pecadores que, como os principais sacerdotes judeus, foram condenados pela própria consciência, mas que, ainda assim, morreram sem se converter.

                                                       
                                                        Ana Talitha Rosa

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