quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Mateus 23.1-12

       Começando mais uma etapa do livro de Mateus, nos deparamos com esse incrível capítulo onde vemos nosso Senhor falando de forma dura aos escribas e fariseus. Entretanto, por hoje, ficaremos apenas com os primeiros 12 versículos.

       Primeira coisa que nos chama a atenção é o "ponto positivo" que Jesus traz destes homens (quem lê entenda). "Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem" (verso 3). Jesus está incentivando as multidões e os seus próprios discípulos a fazerem tudo aquilo que os escribas e fariseus diziam. Mas por que??? A resposta é simples: Eles eram os mestres da Lei de Deus, então tudo aquilo que eles falavam falavam com autoridade! (Lembrando que essa autoridade não repousava primariamente sobre eles, mas sobre a Palavra de Deus.) Logo... Era como se Jesus dissesse: "Aquilo que eles falam é correto porque é Bíblia!".

       Entretanto Jesus não para por aí! Ele completa dizendo: "porém não os imiteis em suas obras". E desde que começamos a estudar esse evangelho temos visto claramente que as obras destes homens eram más! A todo tempo presenciamos confrontos diretos do nosso Senhor e seus discípulos com esses doutores da Lei que eram cheios de si e de sua própria justiça! No capítulo 3 vemos João o Batista negando-se a batizá-los pela ausência de arrependimento de pecados em suas vidas, "Raça de víboras" é a expressão usada por João para falar desses homens; Nos capítulos 5 e 15 percebemos o legalismo extremo destes letrados na Bíblia que durante muitos anos foram adicionando deveres inexistentes aos mandamentos divinos (tornando a piedade um fardo pesado de se carregar); No capítulo 6 nos deparamos com o seu extremo orgulho, pois queriam que todos os homens vissem suas obras de piedade e dessem louvores a ELES e não ao Pai que está nos céus; nos capítulos 9, 12, 19, 21, 22 lemos da astúcia e malícia destes homens que queriam enredar Jesus em suas próprias palavras, tentando-o e até mesmo blasfemando do seu nome. Além destes, muitos outros textos deixam a prova cabal de que as obras desses homens não refletiam em nada a glória do evangelho que vivia em suas confissões labiais.

       Não somente isso. Os fariseus assumiam uma posição de liderança para a auto-promoção! Amavam os primeiros lugares, as saudações nas praças, o título de mestres! Essa era a bandeira pela qual eles viviam. Mas sabemos que não é assim no reino de Deus, pelo contrário: "Bem-aventurados os HUMILDES DE ESPÍRITO [ou pobres de espírito], porque deles é o reino dos céus." (Mt 5.3) Os redimidos pelo sangue do Cordeiro apresentam como marca de sua salvação uma humildade real e não fingida! Assim como o nosso Deus se esvaziou de sua própria glória e assumiu uma forma de SERVO... nós, comprados pelo seu sangue, também devemos agir desta forma. Pois a verdadeira grandeza não está em exaltar-se a si mesmo, mas se dar em favor de outros. [Como Cristo fez em favor dos eleitos]

                                                       

                                                               Israel Quaresma


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