Consideraremos nessa passagem algumas lições claras que servirão para a nossa edificação pessoal. Em primeiro lugar, vemos que muitas vezes o crente precisa fugir do perigo. Nosso Senhor ordenou ao seu povo que fugissem sob determinadas circunstâncias. O servo de Deus deve confessar a Cristo diante dos homens e estar disposto a morrer por causa da verdade. Porém, não é necessário que o servo de Deus sempre se atire para dentro do perigo, a não ser que isso faça parte de seu dever. Nem sempre os mártires cristãos aqueles que cortejam a morte e são queimados ou decapitados. Há momentos em que o crente demonstra sabedoria ao ficar quieto, esperando, orando e aguardando um tempo oportuno de agir. Que nós tenhamos sabedoria para agir em tempos de perseguição!
Vemos nesse trecho uma menção especial ao sábado: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado”. Este fato merece nossa atenção. Infelizmente vivemos em uma época em que a obrigação de honrar o sábado é frequentemente negada. Muitos dizem que o sábado não é mais obrigatório para nós, como não o são as leis cerimoniais. É difícil enxergar como tal ponto de vista pode ser conciliado com as palavras de nosso Senhor aqui. Quando Ele predisse a destruição final do templo e das cerimônias mosaicas, Jesus menciona intencionalmente o sábado, como para marcar com honra esse dia. Embora o seu povo houvesse de ser absolvido do jugo de sacrifícios e ordenanças, para eles ainda restava o guardar o sábado, o dia do Senhor! Então, continuemos o guardando!
No versículo 22, vemos que os eleitos de Deus são objetos especiais do Seu cuidado: “por causa dos escolhidos”. Aqueles a quem Deus escolheu para a salvação, mediante Cristo, são os que Deus ama especialmente neste mundo. Ele ordena todos os acontecimentos entre as nações para o bem e santificação dos seus escolhidos. Ele os guarda por meio do Espírito; não importa que tribulação venha sobre o mundo, os eleitos de Deus estão seguros! Que nós jamais descansemos enquanto não tivermos a certeza de pertencer ao povo de Deus. Esforcemo-nos por confirmar a nossa vocação e eleição!
Aprendemos também aqui que a segunda vinda de Cristo será um acontecimento súbito. Sabemos que o Senhor Jesus Cristo em pessoa, retornará a este mundo, em um tempo de grande tribulação. Não sabemos o dia, hora, mês e ano, mas sabemos que será um acontecimento repentino. O nosso dever, então, é viver sempre preparados para a volta de Cristo. Que creiamos em Cristo, sirvamos a Cristo, sigamos a Cristo e amemos a Cristo. Somente assim, não importará o momento em que Cristo retorne, estaremos prontos para encontrá-lo!
A partir do verso 29, nosso Senhor descreve a sua própria segunda vinda para julgar o mundo. Cristo regressará a este mundo, com especial glória e majestade. Ele veio a primeira vez como homem de tristezas, cercado de aflições. Nasceu em uma manjedoura, assumiu a forma de servo, sendo desprezado e rejeitado pelos homens desde o início! Na segunda vez, Ele virá como Rei de toda a terra, com toda a majestade. Diante dEle toda a boca se calará, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor! Jamais nos esqueçamos disso. Não importa o que os homens possam fazer no presente... Não permanecerá zombaria alguma contra Cristo, nem infidelidade alguma no dia do juízo! Nosso Mestre será reconhecido como Rei dos reis, por todo o mundo.
No dia do julgamento final, os verdadeiros crentes gozarão de perfeita segurança. Nenhum único osso do corpo místico de Cristo será quebrado. Quando a ira de Deus, finalmente, descarregar-se sobre este mundo vil, haverá em Jesus um abrigo para todos os crentes. Os anjos que se regozijavam no céu a cada pecador que se arrependia, recolherão alegremente o povo de Deus para o encontro com o Senhor. Esse dia, sem dúvida alguma, será um dia terrível, mas os crentes podem aguardá-lo sem temor.
No dia do juízo os verdadeiros cristão serão enfim reunidos. Portanto, meditemos sobre quão feliz será esse encontro, quando o povo de Deus estiver todo reunido! Se tem sido agradável nos encontrarmos ocasionalmente com um ou dois crentes, aqui na terra, quando mais agradável será nos reunirmos com uma multidão inumerável no céu. Que nos contentemos em carregar a cruz e suportar aflições nesse mundo sabendo que um dia Cristo voltará para nos buscar e já não haverá mais luto, pranto, nem dor! (Ap 21. 4)
Ana Talitha Rosa
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