sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Mateus 26.47-56 - A santidade de Cristo perante o sofrimento

       Nesta passagem, vemos que o sofrimento de Cristo começa a afligi-lo. Ele é traído por um de seus discípulos, abandonado pelos demais e aprisionado por seus inimigos de morte. Ninguém jamais sofreu ou sofrerá como Cristo nesse mundo. Quando lemos estes versículos não podemos esquecer que nossos pecados foram a causa do sofrimento de Jesus, Ele se entregou pelas nossas transgressões.

       Percebemos no texto que nosso Senhor Jesus condena a utilização de armais carnais em defesa do evangelho. Ele reprovou a atitude de um de seus discípulos por ferir um dos servos do sumo sacerdote. “Embainha a tua espada”. Sabemos que a espada tem uma utilização legítima quando é usada para proteção de nações e para evitar conflitos ou confusões. Porém, não pode ser usada na propagação do evangelho, o cristianismo não pode ser imposto pelo derramamento de sangue. As armas dos crentes na luta pelo evangelho são espirituais. (Ef 6. 10-20)

       Vemos também que Cristo deixou-se fazer prisioneiro por vontade própria. Ele mesmo diz que poderia se libertar com uma legião de anjos vindos do Pai se quisesse, e sabemos que Ele poderia por uma só palavra se libertar facilmente. Mas Ele se entrega para cumprir as promessas da Escritura. Jesus velou o seu poder para cumprir o propósito de sua vinda porque Ele era o verdadeiro Cordeiro de Deus. Que essa atitude sirva de encorajamento para nós, que possamos estar dispostos a sofrer pelo nome Dele.

       Olhando agora para os discípulos, vemos como é difícil para um crente reconhecer sua fraqueza, até que seja provado. Que tristeza quando nos vemos na atitude dos discípulos. Temos que lembrar que esses que fugiram são os mesmos que a pouco tempo antes tinham declarado estar dispostos a morrer com Cristo. O temor de homens e da morte os dominou e foi maior que o amor e fé para com o Mestre deles. Como é fácil nos enxergar nesses versículos. Muitos cristãos após uma pregação ou congresso pelos seus sentimentos prometem jamais se envergonharem de Cristo, mas pouco tempo depois na primeira provação facilmente são influenciados e caem.

       Que possamos extrair do texto valiosas lições. Que possamos cultivar um espírito de humildade e que possamos suportar as provações neste mundo com paciência. Assim como Cristo, estejamos dispostos a sofrer pela fé que nos foi entregue, não nos utilizando de armas desse mundo mas da armadura de Deus. E se for preciso que sejamos excluídos, ultrajados, que derramem nosso sangue porque temos em mente as coisas lá do alto e sabemos que nada que passarmos aqui pode ser comparado a glória porvir.

                                               
                                                        Gabriel Benjamin

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