quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mateus 27.1-10 - Arrependa-se hoje

       Nesse primeiro trecho do capítulo 27 vemos como Jesus foi entregue nas mãos dos gentios. Porém, o principal tema que vamos tratar aqui é o triste fim do falso apóstolo, Judas Iscariotes. O fim dele foi uma prova clara da inocência de Jesus diante de todas as acusações que foram levantadas contra Ele. Um apóstolo escolhido de Jesus, um companheiro constante em suas jornadas, um ouvinte de todo o Seu ensinamento; Judas era alguém que saberia dizer se Jesus tinha feito algum mal, seja em palavra ou em ação. Sendo um traidor, era do seu interesse, na defesa de sua própria reputação, provar que Jesus era culpado. Ele poderia disfarçar sua própria conduta se pudesse demonstrar que seu antigo Mestre era um impostor.

       Qual seria o motivo de Judas ao acusá-Lo ao invés de provar aos romanos que Jesus não era um malfeitor? Judas não se apresentou como testemunha na sua própria acusação porque a sua consciência não permitiu. Ele sabia que nada poderia provar algo contra Cristo, sabia que seu Mestre era santo, inocente, verdadeiro e isento de qualquer culpa. A ausência de Judas no julgamento de Cristo é mais uma prova de que Ele não tinha mácula alguma, de que era um homem sem pecado.

       Com relação à morte de Judas, vemos um tipo de “arrependimento” que vem muito tarde, ele ficou “tocado de remorso”. Apesar de ter, até mesmo, ido aos sacerdotes e dito “Pequei, traindo sangue inocente”, está claro que ele não se arrependeu para a salvação. Devemos sempre ter em mente que, ainda que “tarde”, de nada adianta uma expressão externa de arrependimento, se o mesmo não for verdadeiro. Infelizmente, o arrependimento tardio frequentemente não é real. Uma pessoa pode sentir pelos seus pecados, se entristecer por eles e sentir apenas uma forte culpa, expressando profundo remorso. Sua consciência o atormenta e, ainda assim, não há arrependimento de coração. Esses sentimentos podem ser decorrentes de qualquer coisa, menos de uma ação do Espírito Santo.

       Estejamos atentos para não confiarmos pura e simplesmente em um arrependimento tardio. “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2Co 6.2). O ladrão da cruz foi salvo na hora da morte, para que ninguém se desesperasse da salvação, mas apenas um, para que ninguém seja orgulhoso e presunçoso. Não podemos, de forma alguma, deixar o arrependimento de lado acreditando erroneamente que ele depende do nosso próprio poder. Reflitamos a respeito do seguinte verso: “ Então me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar” (Pv 1.28). O momento de se arrepender de seus pecados é hoje, agora! Não caia no erro de crer que pode adiar a sua busca por Deus!

       Outra lição que podemos tirar desse trecho é que o pecado de Judas não lhe trouxe prazer algum. O dinheiro que ele ganhou de maneira penosa o amarguravam o espírito. O pecado contém muitas promessas maravilhosas, mas que não se concretizam. Os prazeres advindos do pecado são momentâneos. Por outro lado, a tristeza, o remorso, a auto-acusação e, até mesmo a morte, muitas vezes são eternos. Não podemos deixar que o pecado nos vença. A tentação de cometê-lo certamente virá, porém cabe a nós resistir a ela. Lembremo-nos que, no Grande dia, pecados e pecadores se encontrarão face a face com o Justo Juiz!

       Em que estado se encontram os nossos corações? Estamos confiando puramente em nosso “conhecimento” e religião exterior, como se isso fosse o suficiente? Lembrem-se dos ensinamentos desse texto! Não podemos nos apegar ao mundo e brincar com o pecado, enganando a nós mesmos. Jovens, não deixem o arrependimento para mais tarde. Reconheça o seu pecado agora, se arrependa
e clame pela misericórdia e perdão de Deus. Olhe para o exemplo que a Escritura nos da de Judas e faça o possível para remar na direção contrária!



                                                               Ana Talitha Rosa

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