Logo no primeiro verso de hoje vemos uma maravilhosa evidência da humanidade de Cristo. Quando Jesus havia pedido para que Ele e seus discípulos passassem para outra margem não era porque não aguentava mais ficar rodeado de pessoas ou coisas do tipo, muito pelo contrário, Cristo estava tendo necessidades. Necessidades como as de um homem qualquer: ele precisava de tempo para orar, descansar e dormir.Cristo era cem por cento Deus, mas também, cem por cento homem.
No verso seguinte, um escriba (os escribas eram grupo geralmente hostil a Jesus) se achega a Cristo e após chamá-Lo de Mestre, reconhecendo-O como tal, pede para que seja um de seus seguidores. Aparentemente o escriba realmente queria ser um dos discípulos, ou apenas estava encantado com a ideia de estar associado a alguém que arrastava multidões, mas vemos que o discipulado lhe renderia sacrifícios, muito trabalho e sofrimento.
A resposta de Cristo o intimidou, parafraseando o verso 20, até os animais tem onde repousar a cabeça, mas o filho do homem não tem onde repousar a cabeça. A passagem não nos diz se o Espírito Santo agiu na vida do escriba, mas precisamos refletir nas palavras de Cristo ao escriba. O próprio Cristo foi rejeitado pela Judeia (Jo. 5:18), a Galileia o expulsou (Jo. 6:66), Gadara roga que ele deixe sua região (Jo. 8:28 e 34), a Samaria lhe nega hospedagem (Lc. 9:53), o mundo não o quis (Mt. 27:23).
Esta é a vida daquele que vive para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Queridos, quero encorajá-los a não serem como um escriba! Nossa fraca natureza nos forçará a não querermos nos sacrificar em amor ao nosso Deus, mas é para isso que fomos chamados! Que o amemos de toda a nossa força e com todo nosso entendimento, prontos para dar a vida pelo evangelho.
Davi Quaresma
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