Nos versos 13 e 14 de Mateus 7, Jesus fala sobre a porta estreita e a porta larga, e sobre o caminho espaçoso e o caminho apertado. As metáforas usadas por Cristo são bastante claras, e vemos mais uma vez que Jesus não pretende aliviar seu discurso a fim de agradar a seus ouvintes, pelo contrário, além de mostrar que a porta e o caminho que conduzem à salvação são estreitos, ele nos alerta que poucos são os que acertam com eles!
Sabemos que apenas os que foram destinados à vida eterna passarão pela porta estreita, apenas aqueles que foram escolhidos por Deus antes da fundação do mundo serão encontrados no caminho apertado.
O mundo é inimigo de Deus (Tiago 4.4)! Muitos não suportam ouvir a mensagem do evangelho, ou sequer ter contato com alguém que vive esse evangelho porque a palavra de Deus traz cheiro de morte aos que se perdem (II Coríntios 2.15-16). Além de termos a difícil missão de, ajudados e conduzidos pelo Espírito Santo, desenvolvermos nossa salvação e vivermos de modo digno do evangelho de Cristo, certamente, nesse mundo passaremos por aflições! Se até mesmo Jesus, o Filho do Deus vivo e que nunca cometeu pecado algum foi desprezado pelo seu próprio povo e foi perseguido e morto numa cruz como um criminoso, o que nós, seus servos devemos esperar durante nossa vida?
Apesar de o evangelho ser a boa nova da salvação através de Cristo, não há como negar que mortificar nossa própria carne, lutar contra nossos desejos pecaminosos e negar a nós mesmo todos os dias são tarefas árduas. Sermos humildes, mansos, misericordiosos, pacificadores, sal da terra e luz do mundo, não adulterar, não matar, não dar falso testemunho, amar ao próximo e orar pelos que nos perseguem, praticar a justiça, jejuar, buscar o reino de Deus sem sermos ansiosos quanto ao que havemos de comer, beber ou vestir e julgar corretamente são apenas alguns dos deveres que temos de cumprir, deveres que certamente não são atraentes à nossa carne. Acrescente a tudo isso a perseguição e as dificuldades e concordaremos com Paulo quando ele diz que “Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (I Coríntios 15.19).
O evangelho é impopular, confrontador e difícil de ser vivido! Não é a todos que Deus dá o privilégio e a bênção de sofrer pelo Seu nome, por isso, devemos ser gratos por termos sidos chamados para essa árdua, porém belíssima missão.
O caminho que conduz à salvação pode ser apertado, e a porta, estreita, mas certamente quando tivermos combatido o bom combate e completarmos a carreira (II Timóteo 4.7), seremos recebidos na glória e receberemos a recompensa pela obra de Cristo na cruz e pela obra do Espírito Santo em nós!
Que as dificuldades nos sejam motivo de alegria e regozijo, não de desânimo, pois nossa esperança não se resume a esta vida, e, portanto, somos os mais felizes de todos os homens.
Lucas Quaresma
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