terça-feira, 6 de maio de 2014

Mateus 7.15-23

       O texto de hoje começa nos alertando dos falsos profetas. Estes sim são abomináveis: não só porque se disfarçam de povo de Deus, fingindo serem ovelhas, quando são lobos roubadores, mas também porque pregam um evangelho que leva almas e mais almas para a morte eterna.

       Os versos 16 e 20 nos dizem como podemos reconhecê-los: através de seus frutos, da vida que vivem. Muitos até pregam verdades, mas usam pequenas verdades para auxiliá-los a contarem grandes mentiras sobre o evangelho que é um só, tentando tirar o foco da Palavra, pondo o foco no homem. Não há como vir coisas boas de tais homens, pois "toda árvore má, produz frutos maus”.

       Insistindo um pouco mais na questão dos falsos profetas, como podemos identificá-los? Claro, como vimos, por seus frutos - pela vida que vivem, por exemplo - mas também por aquilo que pregam. Em Colossenses 2:8 o apóstolo Paulo nos mostra bem quem são estes: os que acrescentam filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo. Resumidamente, quando virmos, por exemplo, dedos de homens inseridos no culto, ou seja, rituais, hábitos, palavras que não estão baseadas nas Escrituras, suspeitem! Porque são essas vãs sutilezas e filosofias que Paulo condena.

       "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus. Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos milagres?". Queridos, este é um alerta para os falsos profetas e para nós também. Muitos de nós agimos com boa intenção no coração, quando acrescentamos rituais e hábitos antibíblicos ao culto, por exemplo, mas isto é pôr a sabedoria humana acima da sabedoria Divina. Em 1 Crônicas 13:5-11 vimos a boa intenção de Uzá ao estender suas mãos para não deixar a arca cair no chão, pois os bois haviam tropeçado, mas Deus não permitia que se tocasse na arca. Uzá, com intenção pura, desobedeceu a Deus, pondo suas mãos na arca e como diz o texto: "e morreu ali perante o Senhor".

       Viver uma vida de "sabedor", pensando que somos alguém e determinando para nós mesmos nossa maneira de viver, nossa maneira de cultuar a Deus, é rejeitar o que Ele mesmo diz em Sua Palavra. Se vivermos uma vida sem cuidado examinando-nos a nós mesmos e nossas atitudes à luz da Palavra, Cristo só nos dirá uma coisa no fim dos tempos: "nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade."
                       
                                               Davi Quaresma

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