sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mateus 12.1-8

       Iniciaremos agora o estudo do capítulo 12 de Mateus e, nesses primeiros oito versículos, abordaremos a questão do dia de sábado. Precisamos ter em mente, primeiramente que Cristo não anula a observância de um dia semanal de descanso sabático. Isso não ocorre em nenhum dos registros dos evangelhos. Cristo sempre ensinou a seus discípulos que eles deveriam guardar e observar o dia do descanso. Nosso Senhor não aboliu a lei do sábado! Ele a liberou das interpretações incorretas, purificando-a de adições inventadas pelos homens. Apesar do que muitos “crentes” têm feito hoje, o Senhor não arrancou o quarto mandamento do decálogo, apenas retirou dele as tradições que os fariseus haviam imputado ao dia, transformando-o numa carga, ao invés de uma bênção. Jesus deixou o quarto mandamento exatamente onde o encontrou, ou seja, como parte integrante da eterna lei de Deus, da qual não se pode retirar nada, e a qual jamais passará. Não podemos nos esquecer disso!

       Precisamos ter em mente aqui também que nosso Senhor permite que todas as obras de real necessidade e as obras de misericórdia sejam feitas no dia do sábado. Vemos aqui nosso Senhor justificando aos seus discípulos por colherem espigas em dia de sábado. Esse era um ato permitido nas Escrituras (Dt 23.25). Eles estavam famintos e necessitados de comida, portanto, não se poderia culpá-los.

       Quando acusado pelos fariseus de ter quebrado a lei junto com os seus discípulos, Jesus relembra como Davi e seus homens, quando necessitados de alimento, haviam comido dos pães da proposição que estavam no tabernáculo. Jesus estabelece então o princípio de que não devemos negligenciar os claros deveres da caridade para com o próximo: “Misericórdia quero, e não holocaustos.” O quarto mandamento não deve ser explicado de maneira a nos tornar insensíveis e destituídos de misericórdia para com o próximo.

       Devemos vigiar para que jamais sejamos tentados a menosprezar a santidade do sábado cristão. Precisamos ter cuidado para não fazer das instruções de nosso gracioso Senhor uma desculpa para a profanação do dia de descanso. Também não devemos abusar da liberdade que Ele assinalou tão claramente para nós, fingindo que fazemos obras necessárias e de misericórdia, no dia do Senhor, que, na verdade, fazemos para satisfazer ao nosso próprio egoísmo. Os erros dos fariseus quanto a isso tendiam para um extremo, os erros dos cristãos para outro. Os fariseus fingiam querer aumentar a santidade do dia e, os cristãos, tendem a subtrair a santidade do dia, agindo de maneira irreverente, profana e ociosa.

       A observância do sábado foi estabelecida como lembrança da redenção de Deus de seu povo e mostra que, para as pessoas que vivem nesse mundo, o sábado representa a esperança de um descanso eterno na consumação do reino de Deus. O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado! Precisamos vigiar a nossa própria conduta quanto a essa questão. O verdadeiro cristianismo está intimamente ligado à observância autêntica do dia do Senhor. Lembremo-nos que o nosso objetivo deveria ser a obediência ao mandamento que diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. Dedicar o dia do Senhor ao mero lazer, ao ócio ou ao mundo é contra a lei de Deus. Representa uma atitude contrária ao exemplo de Cristo, e um pecado contra um mandamento CLARO de Deus.

       “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Ex 20. 9-11

       Será que temos observado esse mandamento? Será que temos nos dedicado durante a semana aos nossos afazeres desse mundo para que, no dia do Senhor, possamos deixar todas essas obras de lado e nos dedicarmos exclusivamente à honra e louvor ao nosso Deus? Será que temos nos alegrado nesse dia? Será que realmente entendemos o real sentido do grande e maravilhoso dia do Senhor? Esse é o dia em que devemos descansar das coisas desse mundo e nos debruçar inteiramente a Ele. Nossa mente e coração devem estar voltados em apenas UM propósito: glorificar a Deus.

       Não podemos esquecer que a nossa vida nesse mundo é passageira, somos peregrinos em terra estranha, jovens! O tempo que passamos nesse mundo é infinitamente inferior à vida eterna... Nada nesse mundo pode retirar a glória do dia do Senhor, NADA


                                          Ana Talitha Rosa

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