segunda-feira, 30 de junho de 2014

AVISO IMPORTANTE

Queridos irmãos...

Esta semana alguns de nossos escritores estarão presentes no XXIII Simpósio dos Puritanos, logo...não teremos nenhum texto durante este período.

Pedimos perdão e paciência. Enquanto isso... você pode colocar suas leituras em dia ou rever tudo o que estudamos até o momento

Estejam orando para que o simpósio seja uma bênção e que possamos voltar bem física e espiritualmente

Abraços em Cristo, Equipe 'Jovens Peregrinos'

Obrigado

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mateus 15.29-39

       Chegamos agora ao final do capítulo 15. Logo no início desse trecho, podemos direcionar nossa atenção a três questões:

       A primeira delas é a discrepância entre os esforços feitos pelas pessoas para curar doenças físicas e os esforços para curar suas almas. Muitas dessas pessoas viajavam muitos quilômetros a fim de vir até Jesus e ter suas enfermidades curadas. Entretanto não há razão para admirarmos essa atitude. Aquelas pessoas viam a saúde como a maior de todas as bênçãos terrenas. A dor que elas sentiam era a pior provação que elas poderiam suportar. Observando esse cenário, não podemos nos esquecer de que as nossas almas estão muito mais enfermas do que os nossos corpos. Nossas almas são afligidas por uma enfermidade com raízes muito mais profundas e complicadas – elas foram atacadas pela praga do pecado. Precisamos obter a cura eficaz e, caso contrário, pereceremos para sempre. Será que estamos conscientes de nossa enfermidade espiritual? A grande maioria da humanidade não tem essa consciência, uma vez que os seus olhos estão cegos e são totalmente insensíveis ao evangelho. Feliz é o homem que já se deu conta da depravação de sua alma! Esse não medirá esforços para buscar o Senhor Jesus e obedecê-lo. As dificuldades desse mundo lhe serão insignificantes ao ver que, quanto a sua alma, a própria vida eterna está em jogo.

       A segunda questão é a incrível facilidade e poder com que o nosso Senhor curava a todos os que lhe eram trazidos. Não existe mal do coração que Cristo não possa curar, não existe problema espiritual que Ele não possa solucionar. Quando Ele envia o seu Espírito Santo sobre uma pessoa, toda incredulidade e câncer da carne e do espírito se esvaem. Ele e somente Ele pode abrir os olhos e o entendimento de um homem para ver o reino de Deus e almejá-lo. Cristo pode abrir os ouvidos de um homem e torná-lo desejoso de ouvir a voz de Cristo e segui-Lo por onde quer que Ele vá, pode fazer com que as mãos que antes foram instrumentos do pecado, agora o sirvam e façam a Sua vontade. Temos convivido com um falso evangelho da mídia em que curas e milagres são prometidos. Devemos, porém, compreender que o único grande e maravilhoso milagre que vigora em nossos dias é o milagre da conversão! Você já testemunhou um caso real de conversão? Entenda que tal milagre não é de forma nenhuma menor do que se você tivesse visto o nosso Senhor fazendo mudos falarem ou paralíticos andarem...

       Finalmente, a terceira questão pode ser entendida pela transbordante compaixão de Jesus. O fato de que cada um daqueles que iam até Ele eram pecadores que estavam morrendo e que cada um deles tinha uma alma que precisava ser salva deveria mover o nosso coração. Pela grande e misericordiosa compaixão de nosso Senhor vemos que a Palavra destaca para nós uma das características mais distintivas do caráter de Cristo, enquanto Ele esteve entre os homens. Sabemos que nada é registrado por acaso na Palavra de Deus. A palavra “compaixão”, sem dúvida, foi especialmente utilizada para nosso proveito e edificação. Ela deveria servir de encorajamento a todos aqueles que hesitam em dar os primeiros passos nos caminhos de Deus. Quando um homem, através da ação do Espírito Santo de Deus, tem sua mente e coração inclinados a servi-Lo, na medida em que reconhece a sua condição caída e miserável, Ele o receberá graciosamente e o perdoará, jamais se lembrando das iniquidades passadas. Como não sermos gratos tendo isso em mente? É graça! Somente a graça!

       Que nos lembremos de que o  Senhor se compadece de seu povo. Não desanimemos! A caminhada e árdua, as tentações da nossa carne e do mundo estão sempre diante de nós, mas o que nos espera é infinitamente maior do que as circunstâncias desse mundo! Que não nos esqueçamos da palavra de que diz: “as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).

                                                 Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mateus 15.21-28

       Saindo Jesus e seus discípulos de Genesaré, foram para Tiro e Sidom, duas cidades que eram, historicamente, inimigas do povo de Israel (Joel 3.4).  Mateus nos conta que em determinado momento, uma mulher cananéia passou a seguir Jesus e seus discípulos clamando: "Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está terrivelmente endemoninhada".

       Interessante observarmos que, ao clamar pelo socorro de Jesus, essa mulher já demonstra maior conhecimento do que muitos judeus, até mesmo do que João Batista, que teve de enviar mensageiros para perguntar a Cristo se era realmente ele o Messias prometido (Mateus 11.2,3)! Ela o chama de "Senhor" e "Filho de Davi", reconhecendo não só que ele era aquele a respeito do qual fora profetizado em toda a Escritura, mas também sua linhagem real. Como se todo esse conhecimento não bastasse, ela mostrou também que tinha fé de no poder de Cristo para sua curar sua filha, quando muitos de seus discípulos duvidavam do poder de seu Mestre, como vimos em Mateus 14.22-33.

       Apesar de clamar e mostrar um conhecimento raro das Escrituras até para um judeu, Jesus inicialmente não responde ao pedido daquela mulher, parecendo ignorá-la. Seus discípulos, porém,  pedem a ele que a despeça! Jesus, então, ignorando o pedido de seus discípulos, passa a responder à mulher, dizendo: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas de Israel". Ela, porém, o adora e implora por seu socorro, ao que ele, novamente responde: "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos". A resposta de Jesus, novamente, pode parecer dura ao compará-la com um animal, mas no caso, a palavra "cachorrinho" não está sendo usada num sentido pejorativo, pelo contrário, comparando-a aos filhos (povo de Israel), ela e os demais gentios eram como animais domésticos. Jesus não a trata com desprezo, mas com carinho, apesar de deixar clara a prioridade que os israelitas possuíam.

       Apesar de termos diversos relatos bíblicos de estrangeiros (ou gentios) que passaram a fazer parte de Israel, a prioridade das bênção divinas sempre foi direcionada aos israelitas (Romanos 9.4,5), e é por isso que Jesus inicialmente se "nega" a curar a filha daquela mulher.
Entretanto, seu objetivo era testar sua fé. E a isso, ela responde:"Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos".
Aquela mulher, que pertencia a um povo pagão, a um inimigo histórico de Israel, uma mulher que não descendia de Abraão e que não foi agraciada com as bênçãos da eleição nacional, mostra uma fé maior que a de muitos que descendiam diretamente de Abraão, que eram circuncidados e eram ensinados ao sábados nas sinagogas desde a infância. Ela sabia que apesar da prioridade ser dos filhos, a misericórdia de Cristo transbordaria para os "cachorrinhos", e abrangeria outros povos e nações. Ela mostra também saber que qualquer migalha da graça divina seria o suficiente pra curar sua filha, e que ela estava plenamente satisfeita com essa situação.

       Apesar de Jesus ter sido enviado para as "ovelhas perdidas da casa de Israel", ele mostra aos seus discípulos que o evangelho não era só para os israelitas, como Oséias, há algumas centenas de anos já havia profetizado:"Semearei Israel para mim na terra e comparecer-me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus!" (Oséias 2.23). O evangelho não era apenas para os israelitas, como o texto de Atos 10 nos mostra, o que contrariava o entendimento de muitos judeus naquela época. Porém, Cristo mostra a seus discípulos através dessa situação que para o evangelho da graça de Cristo "não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher" (Gálatas 3.28), aquele porém ainda não era o momento em que o Cristo seria pregado a todo o mundo indistintamente.

       Jesus disse a ela:"Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres". A resposta de Cristo àquela mulher difere totalmente do que, pouco tempo antes, Jesus havia dito a Pedro, seu discípulo: "Homem de pequena fé, por que duvidaste?"(Mateus 14.31). Podemos observar também uma clara distinção entre a fé e o conhecimento apresentados pela cananéia e a total falta de entendimento das Escrituras apresentada pelos escribas e fariseus em Mateus 15.1-20.

       De todas as maravilhosas lições que podemos tirar desse trecho, uma me chama a atenção: nosso conhecimento das Escrituras e nossa situação como frequentadores de uma igreja fiel não nos confere automaticamente a fé que Deus requer de nós, já que a mesma não é dom propriamente nosso!
Como Deus disse a Moisés:"terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu compadecer"(Êxodo 33.19). Pois "não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia"(Romanos 9.16). Que Deus tenha misericórdia e se compadeça de nós, pois apenas através de sua eleição incondicional, poderemos receber as migalhas que caem da mesa.

                                                 Lucas Quaresma


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mateus 15.1-20

       Iniciamos o capítulo 15 com uma passagem muito famosa. Depois da morte de João Batista, da multiplicação de pães e peixes e de Jesus ter andado por sobre o mar, os fariseus e escribas vieram direto de Jerusalém somente para experimentar a Cristo e pegá-lo nalguma falta. Eles já começam com acusações diretas ao nosso Senhor e a seus discípulos perguntando por que eles comiam sem lavar as mãos. E naquele tempo isso era a quebra de uma lei de homens, uma tradição dos anciãos e não um pecado contra a Lei de Deus.

       Jesus responde de forma categórica colocando-os na parede! Por que Cristo, transgredia a lei dos fariseus que em nada era pecado. Mas estes mestres da Lei, transgrediam a Palavra do Senhor ao colocarem seus próprios preceitos à cima daquilo que foi estabelecido como ordem divina!
Na tradição dos escribas e fariseus, o 5º mandamento (honrar pai e mãe) tinha uma exceção: Se alguém se negasse a ajudar financeiramente seus pais alegando os mesmos deveres para com Deus, o mesmo estava livre desta ajuda. Foi uma forma que eles acharam de NÃO honrar pai e mãe tomando o nome de Deus em vão. Ou seja: para não ajudar seus pais, eles diziam que o dinheiro era para Deus e acabavam invalidando a Sua Lei por conta de tradições criadas por eles! E foi nessa 'ferida' que Jesus tocou!

       Logo em seguida nosso Senhor usa palavras duras e ousadas quando se dirige a esses homens chamando-os de hipócritas e aplicando a profecia de Isaías a eles. "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" e "em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens". E, foi nesse contexto que, convocando a multidão, disse "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem". Na mesma hora seus discípulos avisaram a Jesus que os fariseus se escandalizaram com aquilo que ele havia dito. Os 12 estavam preocupados com as declarações polêmicas do seu Senhor com relação aos mestres da Lei, entretanto nosso Senhor mostra total desprezo dizendo "deixa-os; são cegos, guias de cegos". Jesus não estava preocupado com a reação dos seus ouvintes... Ele simplesmente falava aquilo que havia sido chamado pelo Pai a falar!


       E é nesse texto que nos encontramos com a depravação total da condição humana! Jesus nos alerta dizendo que a nossa verdadeira preocupação deve ser com o nosso íntimo! É o que vem de dentro que contamina o homem e não o que vem de fora. "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe" (Sl 51.5) . A descrição horrível que vemos no versículo 19 de Mateus 15 está se referindo ao SEU CORAÇÃO, caro leitor! De dentro de VOCÊ vem homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias e muito mais!

       Sabendo disso só podemos ter duas reações: a primeira é orar pedindo ao Senhor que nos dê forças por seu Espírito Santo para vencermos a batalha contra nossa própria carne. E a segunda é ficarmos muito atentos com nossos próprios desejos! Devemos SEMPRE desconfiar de nós mesmos e nunca ouvirmos os anseios íntimos de nossos corações e vontades. Eles nos podem ser um laço tremendo no qual podemos nunca escapar.

       Precisamos passar mais tempo refletindo sobre nossas atitudes diárias e meditando em cada ato fazendo, assim, um auto-exame rigoroso todos os dias. Precisamos, ainda, nos encher da Palavra e nos revestir da armadura de Deus (Ef 6.10-20) para que, mesmo depois de termos vencido tudo permanecermos inabaláveis! Que não abaixemos nunca a guarda contra o nosso próprio coração e pecados.

                                    Israel Quaresma

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mateus 14.22-36

       Neste trecho de Mateus vemos Cristo fazer algo extraordinário ao andar sobre as águas – algo que lhe é peculiar, e que vemos constantemente nos evangelhos principalmente. O que vemos de interessante em um primeiro fato que a princípio não parece tão importante é Jesus despedir a multidão. Dentre alguns motivos explicados por historiadores e teólogos para Cristo ter se despedido da multidão, um que me chamou atenção foi que estas multidões após verem seus milagres e curas não queriam deixa-lo, muito pelo contrário, proclamá-lo rei, não entendiam, como temos visto que o reinado de Cristo na terra era espiritual. E logo no verso vinte e três outro motivo pelo qual Ele havia despedido as multidões: queria estar a sós com o Pai e, em oração, como um homem qualquer, falar com seu Deus.

       Quando Cristo já estava a cerca de 25 estádios do barco (menção feita pelo evangelho de João), cerca de quatro a cinco quilômetros e meio, foi Cristo em direção ao barco onde os discípulos se encontravam, em meio a um mar revolto (v. 24, 25). Admirados, assustados os discípulos de pequena fé (como disse Cristo sobre Pedro no v. 31), assim como nós, achavam ser Cristo um fantasma. Para provar aos discípulos que era o Messias fez Pedro andar por sobre as águas. Pedro agiu assim como nós agimos frequentemente! Indo em direção a Cristo de maneira sobrenatural teve medo de um simples vento que o fez submergir. Somos exatamente como ele! Mesmo após nossa regeneração, em meio ao processo de santificação, falhamos, deixamos de confiar em nosso Deus com medo de coisas mundanas, esquecendo-nos de que estas coisas estão sob o controle do nosso Pai. Não devemos temer nada em nossa caminhada em direção a Cristo, ele nos providenciará meios para que o façamos da melhor maneira possível, para a honra e glória de nosso Senhor.

       Já em Genesaré, Cristo e seus discípulos, com a fé em Cristo fortalecida, e por conta de Cristo, por serem reconhecidos pelo povo daquela terra o cercavam em busca de curas. Seu poder era tamanho que o registro bíblico nos conta que ao tocar nas orlas das vestes do Salvador pessoas eram curadas. Neste episódio os habitantes de Genesaré nos mostraram maior fé que os próprios discípulos. Conhecemos a Deus tão bem quanto aqueles homens escolhidos por Ele. Que não fracassemos no dever de confiar somente em Cristo, nosso Senhor e Salvador!

                                                        Davi Quaresma

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Mateus 14.13-21

       Neste trecho do capítulo 14 de Mateus estamos diante de um dos maiores milagres de Nosso Senhor Jesus Cristo, a multiplicação de pães e peixes. A título de curiosidade, esse milagre é o mais repetido no Novo Testamento, quatro vezes. Foi retratado por Mateus, Marcos, Lucas e João. Nada na bíblia é por acaso, é evidente que   ele merece uma atenção especial de nós leitores.

       Primeiramente, podemos perceber que esse milagre é uma demonstração incontestável do poder divino de Jesus. Multiplicar uma refeição que não daria nem para cinco pessoas satisfazendo muito mais de cinco mil não é algo que um impostor conseguiria fazer. Um falso profeta poderia simular uma ressuscitação ou uma cura, mas essa multiplicação somente alguém com poderes sobrenaturais poderia realizar.

       Podemos perceber também nessa passagem a compaixão de Deus com os homens. Ele estava diante de uma multidão faminta no deserto e sabia que muitos ali não tinham fé e amor verdadeiros por Ele e só estavam seguindo por curiosidade ou costume. Porém, nenhum deles saiu dali com fome, muito pelo contrário, todos eles se fartaram de pão e peixe. Jesus não trata ninguém de acordo com seus pecados, nem retribui mediante as iniquidades dos homens. Que possamos nos espelhar em Cristo e sermos ricos em misericórdia e piedade.

       Por último, esse trecho nos mostra a suficiência do evangelho para satisfazer nossas almas. Esse milagre de Jesus tem por trás um grande significado e importante ensinamento. A multidão representa toda humanidade, desamparada e faminta de pães e peixes. Esse alimento representa a doutrina da crucificação de Cristo em favor de pecadores, que por Sua morte fez expiação pelos pecados. Cristo crucificado é o pão de Deus, o pão da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Que possamos crer que Cristo é a verdadeira comida e verdadeira bebida e que possuí tudo que precisamos, que tenhamos Nele toda nossa suficiência.

                                                 Gabriel Benjamin

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Mateus 14.1-12

       Nessa passagem encontramos a história da morte de João Batista. Vemos tanto a iniquidade do rei Herodes, como a corajosa repreensão que João lhe deu, o seu consequente encarceramento e as lamentáveis circunstâncias em que este homem foi executado. Tudo isso ficou registrado para que pudéssemos aprender que “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos” (Sl 116.15)

       Podemos extrair duas lições da narrativa aqui tratada. Temos aqui, em primeiro lugar, o poder da consciência. O rei Herodes ouviu da “fama de Jesus”, e então disse aos que o serviam: “Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos e, por isso, nele operam forças miraculosas”. Herodes lembrou das maldades que tinha cometido contra aquele homem santo e o seu coração se angustiou profundamente. O seu coração lhe dizia que, embora já tivesse matado João Batista, o dia do acerto de contas ainda estava para vir.

       Todos os homens possuem uma consciência natural, embora nasçamos neste mundo como criaturas decaídas, há sempre uma testemunha contra nós dentro do nosso próprio peito. Esse sentimento, sem o auxílio do Espírito Santo não pode salvar ninguém e nem mesmo conduzir-nos a Cristo. Porém, em todos os homens existe uma consciência que os acusa ou os justifica; e a Bíblia e a experiência humana são testemunhos disso: “ Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (Rm 2.15)

       Que os ímpios não se esqueçam disso, a fim de não transgredirem contra as suas próprias consciências. Podem rir e zombar da religião por algum tempo e até dizer “Quem tem medo? Onde está a iniquidade das nossas ações?” Ai desses! Estão semeando a miséria para si e logo terão uma amarga colheita. Assim como Herodes, descobrirão o quão mau e amargo é pecar contra Deus.

       Em segundo lugar, aprendemos que os filhos de Deus não devem esperar que a sua recompensa seja dada neste mundo. Reflita sobre o homem que João Batista foi e, então, pense no trágico fim que lhe sobreveio. Ele era profeta do Altíssimo e maior do que qualquer dentre os nascidos de mulher e, no entanto, foi aprisionado como um malfeitor! Se já houve no mundo algum acontecimento que desse motivo para o ignorante dizer “Que proveito há em servir a Deus?”, foi este. Essas coisas nos mostram que haverá um julgamento um dia e o nosso Senhor haverá de instaurar um tribunal e retribuirá a cada um de acordo com as suas obras. O sangue desses homens ainda será requerido e o mundo ainda saberá que existe um Deus que é Juiz de toda a terra.

       Que nós jamais nos esqueçamos que o melhor ainda está por vir. Não estranhemos os sofrimentos desse mundo, lembrando-nos de que nossa vida aqui é um período de provação. Somos peregrinos! Que possamos nos consolar e nos alegrar ao lembrar que existe um descanso eterno a nossa espera e aguarda-lo com o coração tranquilo.

       “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2Co 4.17)

                                                        Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mateus 13.53-58

       Após proferir aquelas parábolas, Jesus vai para Nazaré, cidade onde havia crescido. O texto de Mateus não nos traz muitos detalhes, mas a passagem correspondente em Lucas (4. 16-30) nos diz que era dia de sábado quando Jesus foi à sinagoga e passou a ensinar os que ali estavam.

       Segundo o relato feito por Lucas, foi dado a Jesus o rolo do livro de Isaías, e tendo ele lido Isaías 61.1-2 que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (segundo a referência encontrada em Lucas 4.18-19), Jesus fechou o livro e disse que hoje, a profecia que ele acabara de ler havia se cumprido, ou seja, a pessoa a quem Isaías de referia, era ninguém menos do que Jesus de Nazaré, aquele mesmo que estava ali diante de todas aquelas pessoas ensinando as Escrituras. O Salvador, aquele sobre quem havia sido profetizado de Gênesis a Malaquias, o Messias prometido por Deus para livrar o seu povo da condenação eterna estava entre os judeus ensinando-os. Segundo Mateus, os que ouviam as palavras de Jesus maravilhavam-se sobremaneira, e começaram a perguntar uns aos outros: “Donde vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?” (Mateus 4.55-56).

       Jesus, que conhecia o íntimo do coração de todas aquelas pessoas, já que ele mesmo era Deus, sabia que o coração daquele povo era incrédulo. Muito provavelmente, eles criam que Jesus operava milagres portentosos, porém, não acreditavam que o “filho do carpinteiro”, aquele “simples” menino a quem todos conheciam desde a tenra infância, era o próprio Deus encarnado. Lucas nos diz que Jesus sabia o que se passava no íntimo daquelas pessoas: “Sem dúvida, citar-me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze-o também aqui na tua terra.” Aquele povo achava que, por ser conterrâneo de Jesus, possuía um direito especial sobre seus milagres, como se por ser Nazareno,  o povo de Nazaré deveria ter prioridade sobre os milagres que Jesus fazia, e que os outros deveriam ser tratados como estrangeiros. A isso o Senhor Jesus responde: “Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa” (Mateus 13.57). Em Lucas 4.25-27, Jesus cita dois exemplos extremamente interessantes.

       O primeiro deles é do período de fome e seca que passou o povo de Israel nos tempos de Elias, e Jesus diz que mesmo havendo muitas viúvas em Israel, Elias foi enviado apenas à uma viúva em Serepta, em Sidom, onde fez o milagre da botija e ressuscitou seu filho. Jesus cita também o exemplo de Eliseu, que foi enviado a curar apenas Naamã, o siro, enquanto que em Israel havia muitos outros leprosos.

       Jesus, com esses exemplos, deixa claro que, como ocorreu com Elias e Eliseu, seus milagres eram direcionados apenas para aqueles que criam no senhor Jesus! O povo de Israel mostrou incredulidade nos tempos de Elias e Eliseu, por isso seus milagres foram feitos para “os de fora”, que não mostraram a mesma incredulidade dos judeus. Todos os milagres que Jesus fazia eram para os seus, ele não curava apenas que acreditavam que poderiam ser curados, mas para aqueles que acreditavam que o “filho do carpinteiro” era também o “unigênito do Pai”.

       Nesse texto vemos claramente que nem todos os de Israel, são, de fato, israelitas (Romanos 9.6), apenas a graça e a benevolência divina através da salvação em Cristo podem nos salvar. A eleição nacional não garantia salvação eterna, apesar de todas as bênçãos que essa eleição trazia ao povo de Israel. Aquele povo que ouvia atentamente os ensinamentos de Cristo, e que o viu crescer, apesar de ouvir as Escrituras desde pequenos e de ver todas as profecias se cumprindo nele, não conseguiam acreditar no que seus olhos viam, e seus corações se endureciam contra o Filho do Homem, pois estavam espiritualmente mortos, como toda raça humana que não foi alcançada pelo sacrifício de Cristo.

       Diane deste relato, devemos temer e olhar pra dentro de nós mesmos! Será que estamos nos sentido seguros por irmos à igreja domingo a domingo, achando que isso salvará nossa alma? Será que acreditamos realmente que Cristo morreu por nós? Que diferença essa verdade tem feito em nossa vida?
       Que Deus tenha piedade de nós, para que não sejamos como os nazarenos que, apesar de ter todas as evidências diante de seus olhos, estavam totalmente cegos para as verdades das Escrituras.


                                          Lucas Quaresma

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Mateus 13.44-52

       Nestes versículos vemos os privilegiados discípulos aprendendo de Cristo uma maneira bastante característica: através de parábola. Eis que nestes versos temos quatro:

       Verso 44 :A parábola fala do tesouro escondido no campo. Muitos levam com leveza o evangelho porque olham somente a superfície do campo. Mas todos os que esquadrinham as Escrituras, para achar nelas a Cristo e a vida eterna, descobrirão tal tesouro, que torna este campo imensuravelmente valioso; se apropriam dele a qualquer custo. Quando entendemos o que é o evangelho e a importância do mesmo para nossas vidas, as coisas do mundo perdem o valor que sempre tiveram para nós. Pois o que é material fala do que é finito e percebemos que por ser a nossa alma eterna e Cristo o motivo disto, não damos o valor que antes dávamos as coisas do mundo, e sim a coisas que nos aproximam do Ser infinito.

       Versos 45-46: Na parábola seguinte Cristo insiste ao destacar o valor imensurável do evangelho. Quando a entendemos, graças a Cristo, a amamos com todas as nossas forças, a ponto de darmos qualquer coisa que nos pertence em troca da verdadeira pérola que é nosso Salvador.

       Versos: 47-50: Nesta parábola, o mar é o mundo, nós, homens, somos os peixes. Pregar o evangelho é lançar a rede ao mar e pescar algo para a glória de Quem tem a domínio deste mar. O trigo será separado do joio. Aí do joio que será lançado no fogo do inferno; e eternamente bem-aventurados serão aqueles a quem Deus, em Sua bondade sem fim, escolheu antes da fundação do mundo.

       Versos 51-52: Certo pregador disse o seguinte sobre esta parábola: “O fiel e destro ministro do evangelho é um escriba bem versado nas coisas do evangelho e capaz de ensiná-las. Cristo o compara com um bom dono de casa, que traz os frutos da colheita do ano anterior e o recolhido este ano, abundante e variado, para atender a seus amigos. Todas as experiências antigas e as observações novas têm sua utilidade. Nosso lugar está aos pés de Cristo, e devemos aprender diariamente de novo as velhas lições, e também as novas“.

                                                        Davi Quaresma

terça-feira, 17 de junho de 2014

Mateus 13.31-35

       Nestes versículos vemos duas parábolas muito interessantes se referindo ao reino de Deus. A primeira nos fala a respeito do grão de mostarda plantado que veio a se tornar uma grande árvore. A segunda trata de uma mulher que escondeu fermento em 3 medidas de farinha até ficar tudo levedado.

       Na primeira vemos que o reino de Deus é comparado pelo próprio Cristo a uma grande e formosa árvore na qual as muitas aves do céu vem a aninhar-se em seus ramos e sombra (Mc 4.30-32). Entretanto Jesus não começa comparando o seu reino com a árvore já finalizada, como fiz agora. Ele mostra que o início é como quem planta uma semente de mostarda que é a menor de todas as hortaliças. Nestes versos Jesus quer nos mostrar o crescimento externo do evangelho no mundo de forma que outros povos acharão nele descanso e salvação como as aves encontram alento nos galhos desta grande árvore.

       No versículo 33 nos deparamos com a imagem da massa levedada. Ao contrário do que vemos em grande parte da Bíblia, aqui não se refere ao fermento como algo mal nem como corrupção. Pelo contrário: nesse contexto nos mostra o caráter transformador do reino de Deus no interior dos seus súditos. E que, mesmo com pouca quantidade de fermento introduzida na massa, ele penetra de forma singular e causando crescimento desmedido. Nas duas parábolas nos deparamos com pequenos começos que redundam em fins gloriosos e grandiosos. Assim é o reino de Deus.

       Devemos olhar para dentro de nós dia após dia e examinarmos se temos crescido em nossa caminhada rumo à cidade celestial, se temos desfrutado dos meios de graça que Deus nos deu para que cresçamos (como a leitura e meditação na Palavra, a oração, o dia do Senhor, a santa ceia etc etc). Só assim floresceremos juntamente com o reino de Deus aqui na terra.

                                                 Israel Quaresma

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Mateus 13.24-30 e 36-43

       Estamos diante de uma parábola muito conhecida por nós, a parábola do joio, e na segunda parte a explicação de Jesus para os discípulos. Como Jesus bem explicou, a parábola fala Dele semeando a boa semente (os eleitos) e o diabo semeando no meio deles o joio (incrédulos). Podemos perceber primeiramente o zelo de Deus para com os seus filhos. Ele sabe que o pecado pode fazer danos irreparáveis na sua igreja, por isso, deve ser cuidada e protegida. Não podemos evitar que existam descrentes na igreja, mas devemos exortar e instruir a todos os irmãos, com amor, para o fortalecimento da igreja. Não existe inteligência humana que possa distinguir perfeitamente o joio do trigo nesse mundo. Por isso Deus mostra sabiamente que só no dia do juízo eles serão separados. Devemos ter isso em mente: que na eternidade conheceremos os justos e os ímpios. Que possamos estar na parte do trigo, na parte dos filhos de Deus. Porque se não, como o texto diz, seremos queimados no lago de fogo e enxofre, eternamente. Trabalhemos para sermos achados justos e irrepreensíveis para que nossa santificação seja aperfeiçoada no grande dia e vivamos com Cristo na sua glória.

                                              Gabriel Benjamin

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Mateus 13.1-23

       Iniciaremos agora, no capítulo 13, uma sequência de parábolas. Nesse trecho temos a primeira ilustração, baseada em verdades espirituais. A parábola do semeador se cumpre continuamente diante de nossos olhos: Uma vez exposta, a palavra de Deus pode percorrer um destes caminhos, provando a veracidade das palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Temos aqui descrito o que ocorre em todos os lugares onde o evangelho é anunciado.

       Tenhamos em mente que o trabalho do semeador é tão importante quanto a “qualidade do solo” em que se semeia. É necessário que o pregador semeie boa semente, se deseja obter frutos. A Palavra de Deus deve ser pregada com fidelidade e verdade, não se acrescentando e nem retirando nada da mesma. O Espírito Santo age no coração do homem através da pregação do evangelho puro e genuíno; qualquer adição, invenção ou perversão humana que ultrapasse os limites da escritura não poderá produzir os efeitos de uma verdadeira conversão. Assim como o que semeia, aquele que prega precisa ser diligente, não poupando esforços para que o seu trabalho prospere. A Palavra deve ser pregada quer seja oportuno, quer não! Sabemos que o resultado do trabalho não depende daquele que prega, mas é preciso que ele espalhe a semente que lhe foi confiada, tendo em mente que Deus, na sua soberana vontade, agirá no coração do que ouve – quer seja para juízo, quer para salvação.

       Vemos aqui que há várias maneiras de ouvir a Palavra de Deus inutilmente e é sobre isso que falaremos agora. Podemos escutar uma pregação ou ler um texto com corações endurecidos, como o chão “à beira do caminho”, sem preocupação e sem refletir sobre o estado de nossa alma. O sacrifício de Cristo pode ser exposto e podemos ouvir sobre os seus sofrimentos com total indiferença. Com a mesma rapidez em que as palavras chegam aos nossos ouvidos, o diabo as arranca de nós e, então, permanecemos como se nem tivéssemos tido contato com a Palavra. Sobre esses podemos dizer: “Têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem” (Sl 135.16,17) A verdade não parece exercer efeito sobre os corações deles.

       Também podemos ouvir um sermão com prazer, enquanto os efeitos produzidos em nós são temporários. Nosso coração é como o “solo rochoso”; podem-se produzir inúmeros sentimentos, mas não existem raízes profundas em nossa alma. A primeira oposição ou tentação faz com que a nossa aparente religião desapareça. A simples apreciação de sermões não é sinal da presença da graça divina. Sobre esses podemos dizer: “Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra” (Ez 33.22)

       Podemos ouvir uma pregação aprovando cada palavra, sem retirar dela o real benefício, como consequência da influência desse mundo sobre nós. Nosso coração, assim como o solo recoberto por “espinhos”, pode se deixar afogar pelos cuidados e prazeres mundanos. Pode ser que realmente apreciemos o evangelho e sintamos o desejo de obedecê-lo, mas podemos acabar por não dar a ele qualquer oportunidade de produzir fruto, fazendo com que outras coisas ocupem lugar em nossa alma e nosso coração. Esses são aqueles que esperam que um dia se tornarão cristãos verdadeiros, mas NUNCA desistem de tudo por amor de Cristo, não buscando o reino de Deus em primeiro lugar, morrendo em seus próprios pecados. 

       Esses são exemplos que deveriam nos causar bastante temor! Não basta ir à igreja toda semana e escutar a pregação se estamos desatentos a ela. Não basta também apenas prestar atenção, pois os resultados da pregação podem ser temporários e superficiais. Não basta também que nossas impressões sejam passageiras, na medida em que elas poderão continuar não produzindo quaisquer resultados em consequência do nosso odioso apego a este mundo. 

       Só existe UMA evidência verdadeira de que estamos ouvindo a Palavra de Deus corretamente: os nossos frutos. E quais seriam esses frutos? Arrependimento e abandono de pecados, fé em nosso Senhor Jesus Cristo, santidade de vida, dedicação à oração, humildade, amor cristão, mente espiritual... Estas são as únicas provas de que a semente do evangelho está realizando trabalho em nossas almas. Caso contrário, a nossa religião é vã! “Eu vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16)

       Tendo tudo isso em mente, devemos refletir sobre as nossas vidas! Será que o nosso coração se encaixa em algum desses exemplos dados por Jesus nessa parábola? Será que temos vivido a vida cristã de forma superficial? Será que o evangelho realmente tem raízes profundas em nossos corações? Será que temos lutado contra as paixões desse mundo e impedido que o mesmo apague a nossa luz? Será que temos tido contato com a Palavra e não temos produzido fruto nenhum? Será que ao sairmos da igreja ou após termos feito as nossas devocionais diárias, permanecemos da mesma forma, como se não tivéssemos tido contato com a Palavra? Se esse é o seu caso, se arrependa do seu pecado! Ore a Deus e peça que Ele tenha misericórdia da sua vida e que te capacite a buscá-lo verdadeiramente e a tornar-se um servo fiel!

       Lembre-se! Se a pregação do evangelho não tem produzido frutos em sua vida, ela servirá tão-somente para aumentar ainda mais a sua condenação no dia do juízo!

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1.22)


      

                                                 Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Mateus 12:46-50

       Pelo que podemos ver no versículo 46, Jesus continuava ensinando àqueles que estavam a sua volta, provavelmente dentro de uma casa, quando foi interrompido por alguém que tentava avisá-lo que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora e queriam falar-lhe.

       A resposta de Jesus pode parecer fria e demonstrar uma suposta falta de ligação com seus familiares, mas na verdade revela uma ligação muito maior e mais profunda do que uma ligação sanguínea. Cristo pergunta “quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”, e apontando para seus discípulos, mostra a todos que estavam presentes quem era sua verdadeira família: “qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, este é meu irmão, irmã e mãe”.

       Cristo veio ao mundo com o objetivo de salvar os perdidos, garantindo a eles a vida eterna e a filiação ao Pai celeste! E aqueles que fizessem a vontade de seu Pai, mostrariam ser seus filhos adotivos, e Jesus mostra através de sua resposta que os laços espirituais são muito mais profundos do que os laços de sangue. Devemos observar também esse exemplo de Cristo: ele aponta para aqueles que deixaram tudo pra trás e o seguiram, porque queriam fazer a vontade de Deus.

       É impressionante como nos apegamos a irmãos em Cristo tão rapidamente, e não poderia ser diferente, já que nossos anseios, nossos medos, nossas batalhas, dificuldades, e principalmente nossa esperança é a mesma! O amor e o desejo de servir a Deus unem de forma profunda pessoas de países e culturas totalmente diferentes, pois somos todos peregrinos nesse mundo, e por mais que nos habituemos a ele, nossas almas anseiam por algo muito maior. O sacrifício de Cristo nos torna membros de uma mesma família e os laços que nos unem são mais fortes até mesmo do que os laços de sangue.

       Que Deus nos conceda a bênção de termos sempre ao nosso redor pessoas que anseiam por fazer a vontade de nosso Pai celeste, e que nossa união, baseada no sacrifício perfeito de Cristo, glorifique ao nosso Pai espiritual e ao nosso Redentor, Jesus Cristo.
                                                     

                                                  Lucas Quaresma

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Mateus 12:38-45

       Cristo, ciente de que o homem não sabe como e o que pedir, vai repetir muitas vezes nos evangelhos que não sabemos o que pedimos pelo fato de pedirmos mal (Mt 20:22). Por este motivo ele mesmo nos ensinou a orar (Mt 6:9). Quando os fariseus e os escribas pedem sinais, não estavam com a mesma intenção de Abraão e Gideão, onde foi dado sinais para que a fé deles fosse confirmada. Os fariseus e os escribas sequer se importavam com a podridão de seus corações, e sim, eles queriam achar brechas para acusar a Cristo de incredulidade, certamente o pedido feito a Cristo não seria atendido.

       Tamanha foi a misericórdia de Cristo que mesmo assim já havia ocorrido o sinal, o próprio Cristo fez menção: Jonas! Que ficou três dia e três noites no ventre do peixe. Os versos seguintes confirmam que este sinal servia para provar que Cristo era o próprio Deus. Depois de três dias de Sua morte, ressuscitaria. Queridos, não precisamos de sinais, pois temos a própria Palavra de Deus, ela nos é suficiente. A nossa história, a história da humanidade, com o verdadeiro Deus se tornando gente nos é sinal suficiente. Esqueçamos os escribas e fariseus que apresentavam mudanças eternas, mas que por dentro se encontravam na mesma situação que de suas nascenças. Certo comentarista fez o seguinte comentário baseado nos últimos versos do trecho e na vida levada pelos fariseus e escribas: “O espírito imundo se vai por algum tempo, mas quando volta, encontra que Cristo não está ali para impedi-lo de entrar; o coração está varrido pela reforma externa, porém enfeitado pelos preparativos para cumprir as más sugestões, e o homem se torna inimigo mais decidido da verdade. Todo coração é a residência de espíritos imundos, salvo os que são templo do Espírito Santo, pela fé em Cristo.”

       Que peçamos a Deus que molde nosso coração e não somente nossas atitudes (Mt 15:19), precisamos de transformação interna para pacientemente esperarmos, a medida em que somos santificados, a volta de nosso Redentor.

                                                        Davi Quaresma

terça-feira, 10 de junho de 2014

Mateus 12.22-37

       Temos nestes versículos verdades impressionantes. Depois da confusão que vimos no início do capítulo com relação ao sábado, Jesus é colocado de frente a um homem endemoninhado, cego e mudo. Como temos estudado durante este livro, os milagres do nosso Senhor são extremamente significativos! E aqui entendemos que Cristo libertou aquele homem da escravidão de satanás abrindo-lhe os olhos para que visse a verdade e pudesse dar glórias a Deus que está nos céus! E é o paralelo que se faz com a obra do Espírito Santo em nossas vidas: Resgata-nos do reino das trevas para o reino da luz e nos abre os olhos da alma para conhecermos verdadeiramente o Verbo! É a terceira pessoa da Trindade que nos dá a conhecer a Cristo.

       E esta foi uma obra tal que todos os que estavam em volta se admiraram sobremaneira e indagaram se era Ele o Filho de Davi! “Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios” (v.24). [Seria melhor que nunca tivessem nascido ao dizer isto].

       Imediatamente Jesus, de forma muito sagaz, enche seus opositores de argumentos que os deixa sem saber o que falar. Primeiramente Cristo mostra quão absurda é a ideia que eles expressaram. Se Satanás expele a Satanás ele mesmo está dividindo e dizimando o seu PRÓPRIO reino! É algo que realmente não faz sentido, pois é como se fizesse batalha com soldados do mesmo exército.

       Em seguida nosso Senhor deixa os fariseus em uma situação complicadíssima quando diz “E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem expulsam vossos filhos¹?” É como se Jesus estivesse dizendo: “Ou vocês concordam comigo e me dão razão, porque seus ‘filhos’ também fazem isso OU tanto eu quanto eles fazemos pelo poder de Belzebu”. Dando uma reposta, os fariseus estariam aprovando o ministério de Jesus. Mas se respondessem o contrário, para reprovar a Cristo, iriam atacar a si próprios falando que os seus ‘filhos’ TAMBÉM expeliam demônios pelo poder de Satanás!!! De qualquer maneira eles sairiam perdendo nessa argumentação. Isso sim é sagacidade e inteligência! O nosso Senhor era muito astuto e sabia como laçar os homens em suas próprias palavras (afinal Jesus é o próprio Deus).

       Logo depois Cristo mostra, com uma ilustração, que aquilo que ele fez foi exatamente porque ele NÃO tem parte com Satanás. (v.28 e 29) É o Senhor mostrando que Satanás está em suas mãos e que o reino de Deus é chegado. (Lembrem-se das pregações de nosso pastor em Apocalipse).

       E finalizando, nosso Senhor fala que o pecado que aqueles homens acabaram de cometer não será perdoado nunca, nem agora e nem no porvir! Pois atribuíram A SATANÁS uma obra do ESPÍRITO SANTO DE DEUS! Quão grave é esse pecado: Termos conhecimento do Reino de Deus e de sua glória e, não obstante, o negarmos indo energicamente contra seus preceitos e blasfemando contra a terceira pessoa da Trindade!

       Entretanto isso não é um pecado isolado, que se comete quando dizemos uma simples frase! Os versos 33 a 37 nos mostram que os fariseus só disseram tais coisas porque seus corações estavam CHEIOS desse pecado. Porque não se pode colher frutos maus de uma árvore boa! Antes de proferirem aquela blasfêmia contra o Espírito Santo... eles já tinham feito isso dentro de suas almas, corações e mentes!

       Oremos para que o Senhor nos mantenha firmes na fé.

                                          Israel Quaresma

1-“vossos filhos” tem o mesmo sentido de “vossos patrícios” referindo-se a discípulos dos fariseus que também expeliam demônios.

OBS.: Vale lembrar que nem exorcismo de demônios não é uma obra que credencia um filho de Deus. Como já vimos em Mateus 7.22 que muitos dirão que no nome de Deus expeliram demônios, mas o Senhor dirá que nunca os conheceu, pois não eram Seus filhos. O próprio Judas Iscariotes recebeu autoridade para realizar essa tarefa (Mateus 10.1) e mesmo assim se precipitou no inferno.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Mateus 12.9-21

       Vemos mais uma vez Jesus sendo interrogado por fariseus acerca do dia de sábado. Mais uma vez esses homens tentam maliciosamente fazer Jesus "cair" para que pudessem acusa-lo. Mas assim como nos versículos anteriores Jesus mostra o verdadeiro proceder.

       Nosso Senhor mostra que obras de misericórdia são aceitas e são lícitas no dia do Senhor. Ajudar o enfermo, o necessitado, ensinar aos jovens, cuidar dos mais velhos são obras que devem ser feitas em amor. Não podemos buscar nelas benefício próprio, assim, elas serão aceitas (Gn. 4.7)

       No verso 13 vemos Cristo curando a enfermidade de um homem. O ato de Jesus tem um significado específico, como todos os outros milagres que fez. Assim como aquela mão, as nossas também estão ressequidas para fazer o bem. Somente por Cristo podemos fazer coisas que o glorifiquem, Ele opera em nós tanto o querer como o realizar.

       Após estas coisas vemos Jesus retirando-se dali porque os fariseus planejavam matá-lo. Estes homens, mais uma vez, por estarem silenciados pelas palavras de Cristo queriam tirar-lhe a vida. Que maldade Jesus praticou? Nenhuma!  Pelo contrário: Ele era santo e sem mácula, nenhuma acusação havia contra ele.

       Devemos estar cientes e preparados porque da mesma forma que nosso mestre foi perseguido e odiado, nós também seremos. As trevas não suportam a luz, e nós somos luzeiros neste mundo. Devemos estar felizes por passarmos por perseguições, pois isso nos mostra que somos filhos de Deus. Que possamos ser firmes nas provações sabendo de que somos peregrinos aqui e algo muito maior está guardado para nós.

                                                               Gabriel Benjamin

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mateus 12.1-8

       Iniciaremos agora o estudo do capítulo 12 de Mateus e, nesses primeiros oito versículos, abordaremos a questão do dia de sábado. Precisamos ter em mente, primeiramente que Cristo não anula a observância de um dia semanal de descanso sabático. Isso não ocorre em nenhum dos registros dos evangelhos. Cristo sempre ensinou a seus discípulos que eles deveriam guardar e observar o dia do descanso. Nosso Senhor não aboliu a lei do sábado! Ele a liberou das interpretações incorretas, purificando-a de adições inventadas pelos homens. Apesar do que muitos “crentes” têm feito hoje, o Senhor não arrancou o quarto mandamento do decálogo, apenas retirou dele as tradições que os fariseus haviam imputado ao dia, transformando-o numa carga, ao invés de uma bênção. Jesus deixou o quarto mandamento exatamente onde o encontrou, ou seja, como parte integrante da eterna lei de Deus, da qual não se pode retirar nada, e a qual jamais passará. Não podemos nos esquecer disso!

       Precisamos ter em mente aqui também que nosso Senhor permite que todas as obras de real necessidade e as obras de misericórdia sejam feitas no dia do sábado. Vemos aqui nosso Senhor justificando aos seus discípulos por colherem espigas em dia de sábado. Esse era um ato permitido nas Escrituras (Dt 23.25). Eles estavam famintos e necessitados de comida, portanto, não se poderia culpá-los.

       Quando acusado pelos fariseus de ter quebrado a lei junto com os seus discípulos, Jesus relembra como Davi e seus homens, quando necessitados de alimento, haviam comido dos pães da proposição que estavam no tabernáculo. Jesus estabelece então o princípio de que não devemos negligenciar os claros deveres da caridade para com o próximo: “Misericórdia quero, e não holocaustos.” O quarto mandamento não deve ser explicado de maneira a nos tornar insensíveis e destituídos de misericórdia para com o próximo.

       Devemos vigiar para que jamais sejamos tentados a menosprezar a santidade do sábado cristão. Precisamos ter cuidado para não fazer das instruções de nosso gracioso Senhor uma desculpa para a profanação do dia de descanso. Também não devemos abusar da liberdade que Ele assinalou tão claramente para nós, fingindo que fazemos obras necessárias e de misericórdia, no dia do Senhor, que, na verdade, fazemos para satisfazer ao nosso próprio egoísmo. Os erros dos fariseus quanto a isso tendiam para um extremo, os erros dos cristãos para outro. Os fariseus fingiam querer aumentar a santidade do dia e, os cristãos, tendem a subtrair a santidade do dia, agindo de maneira irreverente, profana e ociosa.

       A observância do sábado foi estabelecida como lembrança da redenção de Deus de seu povo e mostra que, para as pessoas que vivem nesse mundo, o sábado representa a esperança de um descanso eterno na consumação do reino de Deus. O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado! Precisamos vigiar a nossa própria conduta quanto a essa questão. O verdadeiro cristianismo está intimamente ligado à observância autêntica do dia do Senhor. Lembremo-nos que o nosso objetivo deveria ser a obediência ao mandamento que diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. Dedicar o dia do Senhor ao mero lazer, ao ócio ou ao mundo é contra a lei de Deus. Representa uma atitude contrária ao exemplo de Cristo, e um pecado contra um mandamento CLARO de Deus.

       “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Ex 20. 9-11

       Será que temos observado esse mandamento? Será que temos nos dedicado durante a semana aos nossos afazeres desse mundo para que, no dia do Senhor, possamos deixar todas essas obras de lado e nos dedicarmos exclusivamente à honra e louvor ao nosso Deus? Será que temos nos alegrado nesse dia? Será que realmente entendemos o real sentido do grande e maravilhoso dia do Senhor? Esse é o dia em que devemos descansar das coisas desse mundo e nos debruçar inteiramente a Ele. Nossa mente e coração devem estar voltados em apenas UM propósito: glorificar a Deus.

       Não podemos esquecer que a nossa vida nesse mundo é passageira, somos peregrinos em terra estranha, jovens! O tempo que passamos nesse mundo é infinitamente inferior à vida eterna... Nada nesse mundo pode retirar a glória do dia do Senhor, NADA


                                          Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Mateus 11.25-30

       Nesta primeira parte do texto, O Senhor Jesus nos ensina claramente que o Evangelho não é revelado ao homem sábio deste mundo. Não depende da riqueza, sabedoria e inteligência para que o Evangelho penetre o coração dos homens. Esta é uma obra absolutamente soberana. Por mais que se estude as Escrituras, por mais que se queira entender a Deus, apenas aquele a quem o Filho o quiser revelar, o conhecerá de fato. Paulo expressa desta forma: “...não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” I Coríntios 1.26-29. Percebeu o final do texto? Deus escolheu os pequenos deste mundo para que a glória pertença somente a Ele!

       Na segunda parte do texto aprendemos como este nosso Pai amoroso trata seus queridos filhos. Ele convida não os fortes e os que não “precisam de salvação”, mas os cansados e oprimidos. Da mesma forma que Ele não veio para os sãos, que não precisam de médicos, ele também não veio para os sábios e inteligentes, nem para os fortes. Estes, na verdade, não são tudo isso, mas TÊM CERTEZA QUE SÃO! Por isso não buscam lugar de arrependimento.

       Quando Jesus diz que seu jugo é suave e seu fardo é leve, ele está fazendo um contraponto às tradições orais que os escribas e fariseus impunham ao povo e que eram difíceis de ser obedecidas, porque eram ordenanças de homens. Quando estas leis de homens eram tomadas como MEIO DE SALVAÇÃO, tornaram-se pesadas demais... No entanto, quando o próprio Jesus fala sobre a Lei, que é sim exigente, Ele mesmo se apresenta como manso e humilde, e o que dá descanso às nossas almas. Nele acharemos prazer em cumprir a Lei de Deus! Você se sente feliz em obedecer a Deus? Seus mandamentos têm sido seu prazer ou têm sido penosos? Este pode ser um bom termômetro para você descobrir se está em Cristo, ou se obedece a tradições humanas, que se tornam jugos pesados!

                                                 Simone Quaresma

Mateus 11.20-24

       Neste trecho do livro de Mateus Jesus continua a pregar às cidades. Desta vez, as verdades absolutas chegaram aos ouvidos dos cidadãos de Corazim e Betsaida, como vimos. E onde o evangelho não foi ouvido. Logo em seguida, o alerta do próprio Cristo: "Ai de ti".

       Nessas cidades o verdadeiro Deus foi pregado, onde milagres foram operados e onde corações foram endurecidos. Nos versos seguintes, Cristo faz menção de Tiro e Sidom - cidades destruídas pela idolatria de seu povo, onde o evangelho não foi pregado: "Porque se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que eles teriam se arrependido com pano e saco e cinza." "E, contudo, vos digo: no dia Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras." Em seguida, nosso Senhor fez menção a Sodoma, uma cidade na qual seus habitantes estavam entregues às suas concupiscências, onde os seus ídolos eram seus próprios corações e suas próprias vontades, estavam entregues a si mesmos, a caminho da perdição e morte eterna: "Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo".

       Estes alertas que foram dados à cidades como Corazim e Betsaida servem para nós! Graças ao bom Deus, o evangelho nos vem sendo pregado de maneira fiel, mas não podemos dar as costas à pregação! Precisamos nos arrepender de nossos atos normais à nossa natureza, mas que agridem a Santidade do Deus vivo. Precisamos pedir ao nosso Deus que nos santifique e que através do Espírito Santo nos capacite a amá-Lo, ouvindo e praticando o que temos aprendido dia a dia em Sua Palavra. Que possamos temer esse Deus todo poderoso, pois "horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (Hb. 10.31)

                                                 Davi Quaresma

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Mateus 11.7-19

       Na leitura anterior vimos que João Batista enviou seus discípulos para perguntarem a Jesus se era ele mesmo que haveria de vir, pois as obras que Cristo fazia não eram de julgamento final, mas de misericórdia e graça. E isso não era o que João esperava.

       “Então, partindo eles [os discípulos de João Batista], passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João”. Depois dessa pergunta um tanto inusitada nosso Senhor sai em defesa do último profeta do Velho Testamento. Dos versos 7 até 15 Jesus Cristo vai pontuando algumas características de seu primo e servo, João Batista.

       Nosso Senhor começa dizendo que João não era como um caniço agitado pelo vento (uma planta parecida com a cana-de-açucar. Bastante frágil e bem fina). Pelo contrário, Cristo testifica que ele era um profeta, na verdade, muito mais que um profeta: João foi o único profeta que pregou sobre o Messias prometido e viu essa promessa ser quase que totalmente cumprida (pois ele morreu antes de Jesus). E aqui o próprio Filho de Deus testifica da grande e verdadeira fé deste profeta, que falava da parte do Rei e, como um mensageiro, preparou o caminho diante do Senhor. (como diz em Malaquias 3.1)

       Jesus diz que dos nascidos de mulher, não havia quem fosse maior que ele! Sendo assim, Cristo mostrou de acordo com as Escrituras que seu primo, João Batista, não deveria ser visto como um homem vacilante na fé (como muitos, provavelmente pensaram depois do que aconteceu no registro dos versículos 2 a 6)

       Já no final de sua fala, nosso Senhor se dirige aos homens perversos daquela geração. Que não queriam se curvar a nada que fosse vindo dos céus. Da mesma forma que vemos nos dias de hoje, são muitos aqueles que nos acusam de tudo perante toda e qualquer situação. No texto vemos que João era caluniado por não comer e nem beber (da forma como de costume). E Jesus, que comia e bebia, também era acusado e blasfemado por conta disso. Não importava o que Cristo ou seus servos fizessem, aqueles homens ímpios sempre iriam acusá-los de alguma coisa. Não é muito diferente dos que vemos nos dias de hoje. Desde Caim, os filhos da perdição se levantam contra os filhos de Deus. Entretanto chegará o dia em que Jesus virá segunda vez para reinar para todo o sempre, glorificando os seus e precipitando no inferno aqueles que nunca foram seus. Que estejamos à destra de Deus no último dia. Amém

                                                               Israel Quaresma

Mateus 11.1-6

       Começamos este capítulo logo após Jesus terminar de instruir seus discípulos. Depois de suas instruções Cristo, simplesmente incansável sai dali para ir pregar nas cidades de seus discípulos. Jesus nunca se cansou da sua obra, Ele não deixava de pregar o evangelho por motivo algum. Que possamos assim como Ele, ser perseverantes, sendo luz nesse mundo, não só em palavras, mas em ações.

       A partir do verso 2 vemos mais um relato de João Batista. E, ao lermos de forma rápida e descuidada podemos achar essa passagem um tanto inusitada. Alguns acreditam que ele enviou seus discípulos para satisfazer sua consciência, como quem duvida. Não podemos pensar que a pergunta de João Batista veio de algum tipo de dúvida, não poderíamos dizer tal coisa de um homem em que o próprio Cristo disse: "entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista;". Entretanto a sua dúvida era um tanto compreensível. João achava que essa primeira vinda de Cristo já era a última, ou seja, ele achava que Jesus estava vindo para julgar e aniquilar os ímpios totalmente e resgatar o seu povo. Vejam a forma como ele fala em Mateus 3.10: “Já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” e no verso 12 desse mesmo capítulo: “A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível”. João Batista sabia que um dia isso iria acontecer, mas pelo que percebemos, ele não sabia exatamente quando. Por isso a pergunta do versículo 3 (do capítulo 11).

       Vemos, a seguir, a resposta de Jesus que primeiramente nos mostra como o Senhor dispensava suas misericórdias nesse mundo. Os milagres que realizava curando coxos, cegos, leprosos, surdos e ressuscitando mortos e a compaixão que tinha com os pobres, trazendo a palavra a eles, testificavam a seu respeito como o Cristo, Filho do Deus Vivo.

       Jesus frustrou as expectativas [erradas] de João Batista e mostrou que ao Seu próprio tempo tudo iria se concretizar. Isso é uma grande lição para nós que, muitas vezes, queremos que a vontade do Senhor seja feita em nossas vidas, mas não entendemos sua Palavra ou então estamos tão centrados em nossos próprios desejos que nos esquecemos que Deus é soberano e confirmará Suas obras apesar de nossas aspirações. Que Cristo não seja nossa pedra de tropeço, mas, pelo contrário, rocha firme na qual a nossa salvação está fundamentada.
                                                
                                                 Gabriel Benjamin