segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mateus 20.20-28

       Iniciamos essa passagem vendo a mãe de Tiago e João aproximando-se de Jesus e lhe fazendo um pedido. Com ele, ela mostra que talvez não tinha entendido o que nosso Senhor falara acerca dos sofrimentos, com uma mente ambiciosa. Os seus filhos também não podiam pensar em outra coisa além do trono de Cristo e no seu poder. Nesse pedido, havia muita fé, mas também havia muita debilidade – aquele misto de ignorância e fé que pode ser encontrado mesmo nos crentes mais “bem intencionados”. Felizmente eles podiam ver em Jesus um futuro rei, porém esqueceram-se de que ele deveria ser crucificado antes que pudesse reinar. Constatamos aqui, uma grande verdade das Escrituras: a carne milita contra o Espírito, sempre procurando ser glorificada antes de ser crucificada.

       Será que temos nos assemelhado a esses personagens? Será que em parte conhecemos as coisas de Deus, temos fé para seguir a Cristo e até mesmo conhecimento suficiente para odiar o pecado e deixar o mundo e, ainda assim, ignoramos muitas verdades do cristianismo? Será que conhecemos as Escrituras apenas superficialmente e temos pouco discernimento da mesma? Se conhecemos alguém assim, devemos o tratar de maneira gentil, assim como o Senhor as recebeu para si. Não devemos considerá-las como ímpias, somente por ignorância. Lembremo-nos de que pode haver uma fé verdadeira no coração de tais pessoas. Sejamos humildes para agir com misericórdia para com esses, encaminhando-os para o caminho correto.

       Vemos nessa passagem também a reprovação com que o nosso Senhor responde ao pedido da mulher de Zebedeu e seus dois filhos. Eles pediram para participar da recompensa de seu Senhor, mas não haviam considerado que primeiro teriam de ser participantes dos Seus sofrimentos. Esqueceram-se de que para estar em pé, com Cristo, na glória, precisariam beber do seu cálice e serem batizados em seus sofrimentos. Só os que levarem a sua cruz, receberão a coroa!

       Agora, mais uma vez, será que nós mesmos nunca caímos nesse erro? Será que temos feito pedidos impensados e ilícitos? Muitas vezes, em nossas orações, pedimos muitas coisas sem refletirmos sobre o que as nossas petições envolvem... Pedimos que nossa alma seja salva e esse é um bom pedido, sem dúvida. Mas, estamos preparados para tomar a cruz e seguir a Cristo? Estamos dispostos a desistir do mundo por amor a Cristo? Estamos dispostos a suportar os insultos e a zombaria desse mundo e parecer sofrimentos em nome de Cristo? Se não estamos preparados, Ele também poderá nos dizer: “Não sabeis o que pedis.”

       A partir do verso 24, temos outras grandes lições para todos os verdadeiros cristãos. Gostaria de ressaltar agora uma questão em especial. Podemos aprender aqui que uma vida de auto-negação e gentileza para com o próximo é essencial para o exercício da fé cristã. Vemos que os padrões do mundo e os critérios de Cristo são extremamente diferentes. Para o mundo, grande é aquele que possui mais dinheiro, servos e poder. Entre os filhos de Deus, maior é quem faz mais por seus semelhantes. A verdadeira grandeza não consiste em receber, mas em dar. Não em sermos servidos, mas em servir. Tenhamos cuidado em não procurar a falsa grandeza! Que tenhamos em mente esse ensinamento e passemos a ter Cristo como padrão de conduta em todos os aspectos de nossas vidas.


                                                 Ana Talitha Rosa



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