"Concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galiléia e foi para o território da Judéia, além do Jordão". As multidões continuavam a segui-Lo e nos é dito que Ele curou muitos lá mesmo. Entretanto, como sempre faziam, alguns fariseus se aproximaram de Jesus com o propósito de testá-lo e pegá-lo em suas próprias palavras.
"É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?" Foi a pergunta deles. Naquele tempo havia duas linhas de ensino judaico que permitiam ao homem se divorciar de sua esposa (uma era um pouco mais rigorosa que a outra, porém ambas se chocavam com as Sagradas Escrituras). Nosso Senhor responde com muita astúcia empurrando-os 'contra a parede' e citando o texto de Gênesis 2.24 que eles, como mestres da Lei, deveriam saber. Não satisfeitos com a resposta de Cristo, eles voltam a perguntar-lhe: "Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?" Esse diálogo dever ter sido muito tenso para as pessoas que estavam escutado-o por conta da astúcia (também) por parte dos fariseus que faziam parecer que Jesus iria ficar sem saída ou sem resposta!
Entretanto Jesus, como o Verbo encarnado, retruca aqueles homens dando a interpretação correta da Lei de Moisés (dada pelo próprio Deus) e diz que o divórcio citado em Deuteronômio 24.1-4 foi por causa da dureza do coração do homem!!! Ou seja: Por causa do pecado que há no coração do homem, há adultérios... sendo assim, por essa dureza, Deus permitiu dar carta de divórico.
Mas em toda a Escritura vemos quão abominável é aos olhos do Senhor a separação no casamento! "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19.6); "Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio(...)" Ml 2.16. Quando Deus instituiu o casamento, foi com o propósito de ser uma aliança eterna! Homem e mulher juntos até a morte. Assim como vemos em Efésios 5.22-33 o casamento é uma figura que ilustra a relação de Cristo com a sua igreja!
Que imagem gloriosa! Temos a certeza absoluta que Cristo nunca deixará sua igreja, temos a certeza que Ele a perdoará por todos os seus pecados e jamais se apartará dela. Essa é uma aliança indissolúvel e inquebrável. "Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separa-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.38,39). A aliança de Deus com o seu povo é eterna e assim ele exige de nós no casamento! Devemos refletir a glória do nosso Senhor: Maridos amando suas esposas como Cristo amou a igreja e as esposas sendo submissas a seus maridos como a igreja é ao Senhor Jesus!
Que perfeição na Lei de Deus! Oremos para que os nossos casamentos sejam uma reflexo do Evangelho. Amém
Israel Quaresma
Nenhum comentário:
Postar um comentário