Este pequeno e forte trecho é riquíssimo e confrontador. Não podemos lê-lo sem imediatamente fazermos aplicações à nossa vida. Vemos claramente o ódio de Cristo ao pecado, por razões óbvias, inclusive. Por sermos filhos dEle, e por ser Cristo o nosso espelho devemos ter este mesmo ódio do pecado.
No início do trecho vemos a palavra “pequeninos” e temos o hábito de imediatamente fazer aplicações apenas às criancinhas, mas não é só isso. Somos comparados a ovelhas, temos grande “habilidade” e extrema facilidade em nos perder e nos desviarmos do caminho que nosso pastor, que é Cristo, quer que percorramos. Sempre tem aqueles que são mais firmes na fé e neste trecho Cristo deixa claro o quanto Ele não se agrada ao ver os mais fortes na fé fazerem com que aqueles pequeninos, seja de estatura ou na fé, tropeçarem. Somos irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai. É nossa obrigação termos o zelo, amor e carinho exigidos por Cristo. Que família é mais amável e reflete o caráter de Deus com mais perfeição que a família da fé? Onde nos amamos mutuamente e acima de tudo nos preocupamos com a alma de nossos irmãos, fazendo-os se aproximar cada vez mais de nosso Pai Celestial.
Nos versos oito e nove, voltamos ao que vimos no início. É evidenciado aqui o ódio ao pecado! Quando Cristo fala para que cortemos e lacemos fora nossos pés e mãos pois nos fazem pecar, é obvio que não devemos encarar de maneira literal, porém, o que está claro e o que podemos deduzir destes dois versos é que devemos tomar atitudes drásticas se necessário, para deixarmos de pecar. Se aquela roda de amigos do colégio frequentemente fala sobre assuntos imorais e que desagradam a Deus, certamente nos fazendo pecar, é sábio e se faz necessário deixarmos estas companhias e ir em busca de outras melhores. É sábio e urgentemente necessário tomarmos providências extremas perdendo amigos e popularidade para que o nome de nosso Deus seja glorificado.
Para aqueles que querem e acham que um cristão pode viver em um meio onde o nome de Deus é zombado, para aqueles que querem comungar das opiniões d e atitudes dos nossos colegas mundanos, uma promessa: vocês serão lançados no fogo do inferno (v.9). Não podemos nos esquecer que somos soldados de Cristo, estamos ao mesmo tempo que peregrinando por esta terra, representando o Rei de um exército de almas santas. E essa santidade do crente, fazendo-o se assemelhar com Cristo, que deve ser o tesouro que buscamos, arrancando olhos, mãos e pés se necessário para morarmos eternamente com o Todo-Poderoso.
Davi Quaresma
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