quinta-feira, 24 de julho de 2014

Mateus 19.13-30

       Começamos o trecho de hoje com Cristo abençoando as criancinhas. Meu foco será outro, mas não posso deixar de falar sobre esta parte: anos, décadas e séculos se passam, mas o homem continua com os mesmos pecados. Digo isso porque naquele tempo a comunidade do mar Morto excluía as crianças das assembleias, assim como vemos que hoje é feito com os filhos da Aliança nos cultos solenes. Os discípulos ciam as crianças como um empecilho ao trabalho de Jesus, como muitos líderes de igrejas veem erroneamente. Mas vemos na passagem que Jesus as recebeu como sujeitos do reino. Com isso, devemos sempre nos lembrar que podemos nos achegar a Deus por sua graça e não por capacidade humana como achavam os discípulos e como acham os líderes do dia de hoje.

       Nos próximos versículos vemos o diálogo de Cristo com um jovem rico que aparentava estar com o coração inclinado a Deus e as coisas do Reino. Mas vemos que ele se assemelhava bastante com os escribas, fariseus e mestres da lei da época, pois estavam apenas preocupados com os atos externos de adoração a Deus. Sua própria pergunta (“que farei eu de bom, para herdar a vida eterna?”) apontava para um coração que queria vida eterna através de suas obras. Reparem que o jovem rico havia dito que não matava, não adulterava, não furtava, não dava falso testemunho, honrava os pais e amava o próximo como a si mesmo. Não só o nome de Deus não foi citado, mas coisas qualquer “cidadão de bem” poderia fazer o jovem rico fazia e viver essa vida “justa” aos olhos da sociedade. Pois então, Cristo para certificar ao próprio homem de que seu coração não estava em Deus, disse para que ele vendesse tudo que tinha. Aí que se mostrou quem era o deus daquele jovem. Apesar de seu pecado, o homem conseguia viver uma vida moralmente correta a ponto de ser considerado bom aos olhos dos homens, mas seu coração estava descansado nas riquezas. As Escrituras não afirmam qual foi o fim daquele homem, mas até onde sabemos ele se recusou a entregar seu coração a Deus, pois já estava ocupado por seus ídolos: bens e riquezas.

       No fim do capítulo, já se direcionando aos seus discípulos, Cristo afirmou quão difícil era para os ricos entrarem no reino dos céus. Ele não disse isso por que o evangelho era somente para pessoas limitadas financeiramente, mas porque conhecia o coração do homem e sabia que se ele fosse tentado por esse perigoso status que é a riqueza e o poder, sem a graça, eles estariam mortos eternamente.

       A lição do jovem rico serve para nós. Será que nossos corações estão inclinados a Deus, servindo-o com alegria, a ponto de deixarmos nossos ídolos, maus comportamentos, amizades mundanas, riquezas por amor de nosso Pai? O que Cristo quis dizer ao jovem, não era que ele pura e simplesmente tinha que vender tudo o que tinha para ganhar a vida eterna, mas entregar seu coração a Deus, mas isto ele não fez e já vimos o porquê. Que Deus nos dê sabedoria para darmos valor ao verdadeiro ouro e à verdadeira prata, que amemos e busquemos a verdadeira riqueza do homem, que é Cristo.





                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Davi Quaresma

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