terça-feira, 29 de julho de 2014

Mateus 20.29-34

       Chegamos ao final do capítulo 20, neste pequeno trecho vemos Jesus curando dois cegos,mais uma demonstração de sua imensa misericórdia.

       A primeira lição que podemos tirar do texto é que podemos encontrar muita fé onde menos esperamos. Mesmo sendo cegos e nunca tendo conhecido Jesus, só foi preciso que ouvissem que Ele estava passando para clamarem pela compaixão de Cristo. Devemos aprender a ter mais fé na palavra de Deus, podemos ser muito cultos e estudados dela e mesmo assim estarmos frios em nossa fé.

       Podemos ver também que precisamos aproveitar as oportunidades para fazer bem a nossa alma. Nisso, vemos quão importante é a diligência no uso dos meios de graça. Não podemos negligenciar a leitura bíblica, oração e o culto a Deus. Estas coisas são os instrumentos usados por Deus para a conversão de seus filhos.

       Observamos no texto o valor do esforço na busca por Cristo. No trecho, os dois cegos são repreendidos pela multidão para que se calassem. Mas essas tentativas não os silenciaram, eles sabiam o quanto precisavam de ajuda. Com este exemplo, vemos que as dificuldades e oposiçoes não podem nos desencorajar. Sabemos que vamos passar por muitas aflições neste mundo, mas nenhuma delas pode nos deter e nos tirar do caminho pois sabemos que algo maior está guardado para nos na eternidade.

       Finalmente, está estampado no texto o fato de Cristo ser tão gracioso com aqueles que o buscam. Jesus é misericordioso e gentil em um grau que vai além da compreensão humana, o amor Dele excede todo entendimento. Precisamos orar para que conheçamos de fato esse amor, para passar pelo caminho estreito e difícil, precisamos nos apegar a esse amor firmemente. Que esse amor seja nossa meditação diária.

                                                        Gabriel Benjamin

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mateus 20.20-28

       Iniciamos essa passagem vendo a mãe de Tiago e João aproximando-se de Jesus e lhe fazendo um pedido. Com ele, ela mostra que talvez não tinha entendido o que nosso Senhor falara acerca dos sofrimentos, com uma mente ambiciosa. Os seus filhos também não podiam pensar em outra coisa além do trono de Cristo e no seu poder. Nesse pedido, havia muita fé, mas também havia muita debilidade – aquele misto de ignorância e fé que pode ser encontrado mesmo nos crentes mais “bem intencionados”. Felizmente eles podiam ver em Jesus um futuro rei, porém esqueceram-se de que ele deveria ser crucificado antes que pudesse reinar. Constatamos aqui, uma grande verdade das Escrituras: a carne milita contra o Espírito, sempre procurando ser glorificada antes de ser crucificada.

       Será que temos nos assemelhado a esses personagens? Será que em parte conhecemos as coisas de Deus, temos fé para seguir a Cristo e até mesmo conhecimento suficiente para odiar o pecado e deixar o mundo e, ainda assim, ignoramos muitas verdades do cristianismo? Será que conhecemos as Escrituras apenas superficialmente e temos pouco discernimento da mesma? Se conhecemos alguém assim, devemos o tratar de maneira gentil, assim como o Senhor as recebeu para si. Não devemos considerá-las como ímpias, somente por ignorância. Lembremo-nos de que pode haver uma fé verdadeira no coração de tais pessoas. Sejamos humildes para agir com misericórdia para com esses, encaminhando-os para o caminho correto.

       Vemos nessa passagem também a reprovação com que o nosso Senhor responde ao pedido da mulher de Zebedeu e seus dois filhos. Eles pediram para participar da recompensa de seu Senhor, mas não haviam considerado que primeiro teriam de ser participantes dos Seus sofrimentos. Esqueceram-se de que para estar em pé, com Cristo, na glória, precisariam beber do seu cálice e serem batizados em seus sofrimentos. Só os que levarem a sua cruz, receberão a coroa!

       Agora, mais uma vez, será que nós mesmos nunca caímos nesse erro? Será que temos feito pedidos impensados e ilícitos? Muitas vezes, em nossas orações, pedimos muitas coisas sem refletirmos sobre o que as nossas petições envolvem... Pedimos que nossa alma seja salva e esse é um bom pedido, sem dúvida. Mas, estamos preparados para tomar a cruz e seguir a Cristo? Estamos dispostos a desistir do mundo por amor a Cristo? Estamos dispostos a suportar os insultos e a zombaria desse mundo e parecer sofrimentos em nome de Cristo? Se não estamos preparados, Ele também poderá nos dizer: “Não sabeis o que pedis.”

       A partir do verso 24, temos outras grandes lições para todos os verdadeiros cristãos. Gostaria de ressaltar agora uma questão em especial. Podemos aprender aqui que uma vida de auto-negação e gentileza para com o próximo é essencial para o exercício da fé cristã. Vemos que os padrões do mundo e os critérios de Cristo são extremamente diferentes. Para o mundo, grande é aquele que possui mais dinheiro, servos e poder. Entre os filhos de Deus, maior é quem faz mais por seus semelhantes. A verdadeira grandeza não consiste em receber, mas em dar. Não em sermos servidos, mas em servir. Tenhamos cuidado em não procurar a falsa grandeza! Que tenhamos em mente esse ensinamento e passemos a ter Cristo como padrão de conduta em todos os aspectos de nossas vidas.


                                                 Ana Talitha Rosa



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mateus 20.1-19

       O capítulo 20 é iniciado com a parábola dos trabalhadores na vinha. O dono desta vinha saiu em diferentes horários durante todo aquele dia(de madrugada, terceira, sexta, nona e undécima hora) a procura de trabalhadores para sua vinha, e com todos eles foi acordado o mesmo valor. No fim do dia, o senhor da vinha chamou seu administrador e lhe pediu que desse aos seus trabalhadores o valor que fora acordado com cada um deles: um denário.

       Mateus nos relata que quando os primeiros trabalhadores que foram contratados viram os contratados na undécima hora receber um denário, acharam que receberiam mais, porém, receberam exatamente o que havia sido combinado com eles. Esses trabalhadores, indignados, murmuraram contra o dono da vinha: “Estes últimos trabalharam apenas uma hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o calor do dia”. Olhando por um lado, não parece justo que aqueles que trabalharam durante todo o dia recebam a mesma quantia que os que trabalharam apenas uma hora, porém, não havia sido este o valor combinado entre o senhor da vinha e os seus trabalhadores? Portanto, é totalmente justo que se pague o combinado! Porém a sequência do texto, através da resposta do dono da vinha, nos revela que havia ainda mais pecado na murmuração daqueles trabalhadores. O proprietário da vinha lhes respondeu: “Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”.

       Após essa resposta, fica clara a inveja que tomou conta do coração desses homens que não aceitavam receber a mesma quantia e se sentiam injustiçados por causa da bondade daquele senhor! Da mesma forma, nós, servos do Senhor, não devemos murmurar com Ele em situação alguma! Não merecíamos a morte eterna? Não merecíamos consequências terríveis por nossos pecados diários? Tudo o que recebemos não vem da parte dEle? Certamente, devemos ser gratos a Deus por tudo o que temos, pois nada disso é merecido, tudo nos é ado pela bondade e pela graça de nosso Senhor. Que sentido há em murmurar se nosso irmão foi abençoado de determinada forma e nós não? Não é tudo de nosso Criador? Não dá Ele, o que é seu a quem quer?

       Devemos também lutar contra nossa inveja para que nossa gratidão não seja sufocada por nossa cobiça em ter o que foi dado a outrem! Nos versículos de 17 a 19, pela terceira vez, Jesus fala aos seus discípulos a respeito de sua missão. E Jesus lhes dá detalhes de como tudo acontecerá, deixando claro que tudo já havia sido planejado. O maior acontecimento da história da humanidade estava às portas, e Jesus estava preparando seus discípulos, não só para suportarem aquele momento, mas também para o entenderem! Era necessário que o Deus encarnado fosse morto, e depois ressurreto, para que a Palavra de Deus se cumprisse, e aqueles a quem Deus entregou a Cristo, fossem cobertos pelo seu sacrifício, pela sua oba, e pela sua santidade. Deus seja louvado por tão grandioso ato de bondade, benevolência e misericórdia para com criaturas tão perversas como nós!

                                               
                                                 Lucas Quaresma

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Mateus 19.13-30

       Começamos o trecho de hoje com Cristo abençoando as criancinhas. Meu foco será outro, mas não posso deixar de falar sobre esta parte: anos, décadas e séculos se passam, mas o homem continua com os mesmos pecados. Digo isso porque naquele tempo a comunidade do mar Morto excluía as crianças das assembleias, assim como vemos que hoje é feito com os filhos da Aliança nos cultos solenes. Os discípulos ciam as crianças como um empecilho ao trabalho de Jesus, como muitos líderes de igrejas veem erroneamente. Mas vemos na passagem que Jesus as recebeu como sujeitos do reino. Com isso, devemos sempre nos lembrar que podemos nos achegar a Deus por sua graça e não por capacidade humana como achavam os discípulos e como acham os líderes do dia de hoje.

       Nos próximos versículos vemos o diálogo de Cristo com um jovem rico que aparentava estar com o coração inclinado a Deus e as coisas do Reino. Mas vemos que ele se assemelhava bastante com os escribas, fariseus e mestres da lei da época, pois estavam apenas preocupados com os atos externos de adoração a Deus. Sua própria pergunta (“que farei eu de bom, para herdar a vida eterna?”) apontava para um coração que queria vida eterna através de suas obras. Reparem que o jovem rico havia dito que não matava, não adulterava, não furtava, não dava falso testemunho, honrava os pais e amava o próximo como a si mesmo. Não só o nome de Deus não foi citado, mas coisas qualquer “cidadão de bem” poderia fazer o jovem rico fazia e viver essa vida “justa” aos olhos da sociedade. Pois então, Cristo para certificar ao próprio homem de que seu coração não estava em Deus, disse para que ele vendesse tudo que tinha. Aí que se mostrou quem era o deus daquele jovem. Apesar de seu pecado, o homem conseguia viver uma vida moralmente correta a ponto de ser considerado bom aos olhos dos homens, mas seu coração estava descansado nas riquezas. As Escrituras não afirmam qual foi o fim daquele homem, mas até onde sabemos ele se recusou a entregar seu coração a Deus, pois já estava ocupado por seus ídolos: bens e riquezas.

       No fim do capítulo, já se direcionando aos seus discípulos, Cristo afirmou quão difícil era para os ricos entrarem no reino dos céus. Ele não disse isso por que o evangelho era somente para pessoas limitadas financeiramente, mas porque conhecia o coração do homem e sabia que se ele fosse tentado por esse perigoso status que é a riqueza e o poder, sem a graça, eles estariam mortos eternamente.

       A lição do jovem rico serve para nós. Será que nossos corações estão inclinados a Deus, servindo-o com alegria, a ponto de deixarmos nossos ídolos, maus comportamentos, amizades mundanas, riquezas por amor de nosso Pai? O que Cristo quis dizer ao jovem, não era que ele pura e simplesmente tinha que vender tudo o que tinha para ganhar a vida eterna, mas entregar seu coração a Deus, mas isto ele não fez e já vimos o porquê. Que Deus nos dê sabedoria para darmos valor ao verdadeiro ouro e à verdadeira prata, que amemos e busquemos a verdadeira riqueza do homem, que é Cristo.





                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Davi Quaresma

quarta-feira, 23 de julho de 2014

AVISO

Bom dia, leitores!

Por motivos de força maior, não teremos texto no dia de hoje!

Aproveite para colocar sua leitura em dia.

Grato, Equipe do Blog

terça-feira, 22 de julho de 2014

Mateus 19.1-12

       "Concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galiléia e foi para o território da Judéia, além do Jordão". As multidões continuavam a segui-Lo e nos é dito que Ele curou muitos lá mesmo. Entretanto, como sempre faziam, alguns fariseus se aproximaram de Jesus com o propósito de testá-lo e pegá-lo em suas próprias palavras.

       "É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?" Foi a pergunta deles. Naquele tempo havia duas linhas de ensino judaico que permitiam ao homem se divorciar de sua esposa (uma era um pouco mais rigorosa que a outra, porém ambas se chocavam com as Sagradas Escrituras). Nosso Senhor responde com muita astúcia empurrando-os 'contra a parede' e citando o texto de Gênesis 2.24 que eles, como mestres da Lei, deveriam saber. Não satisfeitos com a resposta de Cristo, eles voltam a perguntar-lhe: "Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?" Esse diálogo dever ter sido muito tenso para as pessoas que estavam escutado-o por conta da astúcia (também) por parte dos fariseus que faziam parecer que Jesus iria ficar sem saída ou sem resposta!

       Entretanto Jesus, como o Verbo encarnado, retruca aqueles homens dando a interpretação correta da Lei de Moisés (dada pelo próprio Deus) e diz que o divórcio citado em Deuteronômio 24.1-4 foi por causa da dureza do coração do homem!!! Ou seja: Por causa do pecado que há no coração do homem, há adultérios... sendo assim, por essa dureza, Deus permitiu dar carta de divórico.

       Mas em toda a Escritura vemos quão abominável é aos olhos do Senhor a separação no casamento! "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19.6); "Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio(...)" Ml 2.16. Quando Deus instituiu o casamento, foi com o propósito de ser uma aliança eterna! Homem e mulher juntos até a morte. Assim como vemos em Efésios 5.22-33 o casamento é uma figura que ilustra a relação de Cristo com a sua igreja!

       Que imagem gloriosa! Temos a certeza absoluta que Cristo nunca deixará sua igreja, temos a certeza que Ele a perdoará por todos os seus pecados e jamais se apartará dela. Essa é uma aliança indissolúvel e inquebrável. "Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separa-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.38,39). A aliança de Deus com o seu povo é eterna e assim ele exige de nós no casamento! Devemos refletir a glória do nosso Senhor: Maridos amando suas esposas como Cristo amou a igreja e as esposas sendo submissas a seus maridos como a igreja é ao Senhor Jesus!

       Que perfeição na Lei de Deus! Oremos para que os nossos casamentos sejam uma reflexo do Evangelho. Amém

                                          Israel Quaresma

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mateus 18.21-35

       Nestes versículos, Jesus aborda um assunto de muita importância: Perdão. Vivemos em um mundo mal, e é inútil esperar conseguir escapar de maus tratos. Por isso, devemos saber como nos portar quando somos maltratados ou ultrajados. Primeiramente, Jesus estabeleceu como regra, que devemos perdoar as pessoas ao máximo. Pedro o pergunta se deveríamos perdoar nossos irmãos até 7 vezes, ao que Jesus responde: até 70 vezes 7. Precisamos perceber que Jesus não está abrindo espaço para que as pessoas cometam furtos com impunidade ou que transgressões contra as leis devem ser desconsideradas. O que Ele quis dizer é que devemos ter uma atitude misericordiosa, disposta a perdoar. Precisamos suportar as injustiças, e evitar o conflito com os ofensores. Precisamos nos apartar do sentimento de vingança ou retaliação, coisas indignas a servos de Cristo.

       Quão mais abençoada seria a vida neste mundo se essa norma fosse reconhecida, quantas desgraças teriam sido evitadas. Tudo por causa de disputas, ações judiciais, o que as pessoas costumam erradamente chamar de "meus direitos". Muitos conflitos seriam evitados se os homens estivessem com um coração disposto a perdoar, desejosos de paz.

       Falando mais especificamente da parábola, vemos uma analogia maravilhosa. Aquele servo que foi perdoado de sua dívida de um valor exorbitante não teve compaixão suficiente para perdoar uma dívida de um valor supérfluo. Podemos muito bem nos enxergar nestas palavras. Quantas vezes deixamos de perdoar nossos irmãos no íntimo do nosso coração? Essa parábola mostra que é completamente inaceitável o nosso ato de não perdoar, porque como pessoas que foram remidas do maior preço que poderia se pagar, algo que nem a humanidade inteira poderia e Deus enviou seu próprio filho pra se entregar em nosso lugar, pagando assim nossa dívida, com a morte, deveríamos estar dispostos a perdoar qualquer ofensa contra nós.

       Nossa dívida é de um valor inimaginável e mesmo assim não temos amor suficiente para perdoar um irmão. Devemos estar cientes, como o texto nos alerta, que o desfecho de quem assim proceder será semelhante ao da parábola, que o Senhor Deus será fiel a sua palavra. Quem não tem amor para com seu irmão não tem o amor de Deus, quem não perdoa a seu irmão não tem lugar no céu com Cristo. Precisamos sempre estar dispostos a sair perdendo, a pagar o preço assim como nosso Mestre. Se somos discípulos almejando santidade em nossas palavras e obras, se queremos dar testemunho neste mundo de como um filho de Deus se comporta em meio a dificuldades, que não nos esqueçamos desta passagem. Um espírito rixento e não disposto a perdoar obscurece a alma e entristece o Espírito Santo de Deus.


                                                        Gabriel Benjamin

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Mateus 18.15-20

       Esse trecho nos trás lições importantíssimas a respeito de como solucionar questões de divergências entre irmãos. Se formos ofendidos por algum outro membro da igreja de Cristo, aprendemos aqui que o primeiro passo é visita-lo e “argui-lo entre ti e ele só”, na tentativa de ser corrigida a falha. Devemos nos lembrar que “a língua branda esmaga ossos” (Pv 25.15) e, seja como for, essa maneira fiel e amigável de entrar em entendimento é o curso mais provável para ganharmos de volta algum irmão que nos tenha ofendido em qualquer sentido. 

       Porém, se essa maneira de proceder não for capaz de produzir bom resultado, o segundo passo a ser dado é: “toma ainda contigo uma ou duas pessoas”, para que, através do depoimento dessas testemunhas, seja possível solucionar a questão. Talvez a consciência desse irmão seja tocada e o mesmo reconheça o seu erro e arrependa-se. Caso contrário, temos ainda o depoimento daquelas testemunhas de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que o irmão voltasse à sobriedade, tendo se recusado tanto na primeira como na segunda tentativa.

Agora, finalmente, se essa segunda tentativa também não tiver produzido o efeito esperado, a questão deve ser relatada à congregação local da qual fazemos parte, cumprindo a recomendação de Cristo. Pode ser que o coração que se mostrara inabalável na primeira e na segunda tentativa renda-se afinal através do temor do desmascaramento público. Mas, se o ofensor, ainda assim não quiser se dobrar, então o consideraremos como gentio e publicano, como alguém que preferiu desfazer-se de todos os princípios cristãos para seguir as paixões de seu próprio coração.

       Sabemos a profundeza do conhecimento de nosso Senhor a respeito da natureza humana. Coisa alguma é tão prejudicial para a causa cristã quanto desavenças entre os cristãos. Muitos problemas escandalosos poderiam ser evitados se estivéssemos mais dispostos a praticar o “entre ele e ti só”. Por causa da depravação total do homem, sempre haverá discórdias e entre nós, mas quantas dessas coisas seriam facilitadas se obedecêssemos às recomendações de Cristo. 

       Não podemos deixar de exercer a disciplina na igreja! Nosso Senhor determinou que os desacordos entre crentes que não possam ser solucionados de outra maneira, devem ser entregues à decisão da igreja local a qual aqueles irmãos pertencem. Fica evidente aqui que Ele queria que cada congregação tivesse autoridade de excluir membros desobedientes e rebeldes, para que não participem de suas atividades normais. Jesus não diz uma única palavra sobre castigos temporais ou sobre impedimentos civis. Penas de cunho espiritual são as únicas penalidades que Jesus ordenou. Mas, quando essa aplicação é feita corretamente, tal punição não pode ser considerada sem importância: “tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no céu”.

       Infelizmente a influência do mundo tem pesado sobre a ação de algumas igrejas quanto a esse assunto. Esse é um ponto alvo de muitos erros, algumas vezes para o lado da indiferença sonolenta e, outras vezes, para o lado de uma cega severidade. Quando devidamente exercida, a disciplina eclesiástica visa promover o bem-estar e a união da igreja. Sabemos que nunca poderemos atingir uma perfeita comunhão neste mundo, mas a pureza deve ser o nosso grande alvo. Um padrão crescentemente elevado para aqueles que desejam se tornar membro de uma igreja local, sempre será uma das melhores evidências de uma igreja próspera.

       E para concluir, no verso 20 lemos que "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles". Esse trecho deve ser interpretado no seu contexto, no caso: de disciplina! Jesus está dizendo que se exercermos a disciplina de forma bíblica teremos a certeza de que ele estará no nosso meio como se ele estivesse tratando da questão pessoalmente! Devemos ter em mente que, como humanos, estamos propensos a erros! Entretanto se seguirmos o que a Palavra de Deus nos diz, teremos a certeza de que é o próprio Cristo disciplinando seus membros, alguns para aproveitamento... outros para condenação eterna!

                                                                      Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mateus 18.10-14

       Jesus continua advertindo seus discípulos, mas desta vez, ele muda o foco da advertência: "não desprezeis a qualquer destes pequeninos"! Jesus está falando daqueles pequeninos que vêm a tropeçar por causa dos escândalos citados no trecho anterior, então, ao mesmo tempo em que os discípulos deveriam vigiar pra que não fizessem aqueles pequeninos tropeçar, eles não deveriam desprezá-los. No versículo 12, Jesus conta a parábola de um homem que tinha cem ovelhas, mas que por causa de uma que havia se perdido, deixa as outras 99 nas montanhas e passa a procurar a que estava perdida.

       Encontrando-a, Jesus afirma, o pastor sentiu muito mais prazer por tê-la encontrado do que pelas outras, que não se perderam. Os discípulos de Cristo, depois de sua morte, teriam a missão de espalhar o evangelho e conduzir a igreja que se formaria por aqueles que crescem em Jesus, e é por isso que Cristo os adverte a respeito destes pequeninos! Por mais que eles se escandalizassem e viessem a se extraviar, eles não poderiam ser desprezados ou desconsiderados dado o tamanho do resto do rebanho, ao contrário, os discípulos deveriam buscá-los incessantemente, como o pastor descrito na parábola. Pois, não é da vontade de nosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos (v. 14)!

       Todos nós somos pecadores e não fosse a benevolência de Deus, seríamos os mais detestáveis seres humanos. Por mais que um crente tenha o Espírito Santo dentro de si, ele ainda não é livre da presença do pecado, o que torna sua vida uma luta constante contra a carne, e é por isso que não se deve desprezar irmãos que estão em falta. Como veremos no próximo texto, um crente em pecado contumaz deve ser "entregue a Satanás para a destruição da carne"(I Coríntios 5.5), mas antes de ser considerado como gentio e publicano, deve ser disciplinado, deve ser dada a ele a chance de se arrepender. Essa ovelha não pode simplesmente ser desprezada e esquecida, deve, porém, ser alvo das orações e do cuidado não só dos líderes, mas também dos outros membros da igreja, e assim, a sua volta será extremamente prazerosa para nosso Pai celeste.

       Devemos ter cuidado de todos os irmãos, e não desprezá-los quando caírem em pecado, pois somos sujeitos às mesmas falhas que eles. Deus escolheu cada um de seus filhos que seriam salvos por Cristo, e não somos nós que devemos desprezá-los, ou considerá-los inferiores a nós, pelo contrário, devemos amá-los como Deus nos amou, perdoá-los como Deus nos perdoou, e buscar reconciliá-los com Deus, como Cristo o fez por nós!


                                                        Lucas Quaresma

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Mateus 18.6-9

       Este pequeno e forte trecho é riquíssimo e confrontador. Não podemos lê-lo sem imediatamente fazermos aplicações à nossa vida. Vemos claramente o ódio de Cristo ao pecado, por razões óbvias, inclusive. Por sermos filhos dEle, e por ser Cristo o nosso espelho devemos ter este mesmo ódio do pecado.

       No início do trecho vemos a palavra “pequeninos” e temos o hábito de imediatamente fazer aplicações apenas às criancinhas, mas não é só isso. Somos comparados a ovelhas, temos grande “habilidade” e extrema facilidade em nos perder e nos desviarmos do caminho que nosso pastor, que é Cristo, quer que percorramos. Sempre tem aqueles que são mais firmes na fé e neste trecho Cristo deixa claro o quanto Ele não se agrada ao ver os mais fortes na fé fazerem com que aqueles pequeninos, seja de estatura ou na fé, tropeçarem. Somos irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai. É nossa obrigação termos o zelo, amor e carinho exigidos por Cristo. Que família é mais amável e reflete o caráter de Deus com mais perfeição que a família da fé? Onde nos amamos mutuamente e acima de tudo nos preocupamos com a alma de nossos irmãos, fazendo-os se aproximar cada vez mais de nosso Pai Celestial.

       Nos versos oito e nove, voltamos ao que vimos no início. É evidenciado aqui o ódio ao pecado! Quando Cristo fala para que cortemos e lacemos fora nossos pés e mãos pois nos fazem pecar, é obvio que não devemos encarar de maneira literal, porém, o que está claro e o que podemos deduzir destes dois versos é que devemos tomar atitudes drásticas se necessário, para deixarmos de pecar. Se aquela roda de amigos do colégio frequentemente fala sobre assuntos imorais e que desagradam a Deus, certamente nos fazendo pecar, é sábio e se faz necessário deixarmos estas companhias e ir em busca de outras melhores. É sábio e urgentemente necessário tomarmos providências extremas perdendo amigos e popularidade para que o nome de nosso Deus seja glorificado.

       Para aqueles que querem e acham que um cristão pode viver em um meio onde o nome de Deus é zombado, para aqueles que querem comungar das opiniões d e atitudes dos nossos colegas mundanos, uma promessa: vocês serão lançados no fogo do inferno (v.9). Não podemos nos esquecer que somos soldados de Cristo, estamos ao mesmo tempo que peregrinando por esta terra, representando o Rei de um exército de almas santas. E essa santidade do crente, fazendo-o se assemelhar com Cristo, que deve ser o tesouro que buscamos, arrancando olhos, mãos e pés se necessário para morarmos eternamente com o Todo-Poderoso.

                                          Davi Quaresma

terça-feira, 15 de julho de 2014

Mateus 18.1-5

       Estamos diante de um relato muito precioso e que muitas vezes é mal interpretado. Nos textos paralelos de Marcos 9.33-37 e Lucas 9.46-48 percebemos que os discípulos estavam discutindo quem, dentre eles, era o maior no reino dos céus! Uma das primeiras coisas que pensamos é: "como assim?! os seguidores de Cristo em uma discussão tão boba?! Não são eles as colunas da igreja?! os apóstolos do Senhor?! Então porque esse deslize tão medíocre?"

       O que devemos ter em mente é que todos eles eram HOMENS! E como tais... nasceram em pecado e tinham em sua carne a semente do mal. Todos nós estamos inclinados a erros como esses. [E se achamos que não... com certeza já caímos no mesmo pecado que eles: o do orgulho]. Tendo isso em mente, imagine a tentação que não deveria ser para esses doze homens querer um pouco da glória do nosso Senhor?! Logo ali, no início do capítulo 10 lemos que Jesus lhes deu TODA a autoridade para expelir demônios, curar doenças e enfermidades! Era muita responsabilidade vinda de Deus para que eles exercessem seu chamado como discípulos. E, não poucas vezes, vemos entre eles essa briga orgulhosa por grandeza! Neste mesmo capítulo 10, Jesus gastou muito tempo falando sobre os sofrimentos e provações que seus discípulos passariam por levarem o nome do Messias consigo, mas parece que a parte que ficou em suas mentes foi somente aquela quando o Senhor dá autoridade e poder.

       Então... Jesus coloca uma criança no meio deles e diz "se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" (v. 3). Aqueles 12 homens que se achavam GRANDES, foram exortados pelo seu Senhor a se ARREPENDEREM de seu orgulho! Reparem nas palavras do texto: "se não vos CONVERTERDES e não vos TORNARDES como crianças"!!!! E o que seria, afinal, ser como criança? Jesus estava se referindo à atitude de dependência e fraqueza delas! As crianças se entregam aos braços de seus pais porque sabem que nada podem sozinhas! Sabem de sua debilidade e total dependência! E era dessa forma que Cristo ensina seus discípulos a se comportarem: em HUMILDADE E TOTAL SUFICIÊNCIA EM SEU MESTRE, O SENHOR JESUS!

       PERCEBAM QUE A PRIMEIRA BEM-AVENTURANÇA DESCRITA NO INÍCIO DO SERMÃO DO MONTE É: "Bem-aventurados os humildes [ou pobres] de espírito, porque deles é o reino dos céus". (Mt 5.3). Jesus não diz que o reino dos céus é para os grandes e confiantes. Para os fortes e auto-suficientes, mas para os humildes e pobres de espírito! Para aqueles que não tem nada a oferecer ao seu Senhor senão tristeza profunda pelos seus pecados! A humildade vem de um coração que foi realmente salvo, pois ele sabe que em si não habita bem nenhum (Rm 7.18). Somos apenas criaturas de Deus... TUDO QUE TEMOS E RECEBEMOS vem Dele! Suas noites de sono, seu alimento dia a dia, sua saúde, seus dons e habilidades, emprego, familia, bens, tranquilidade, estudos, amigos, seus sentidos e sentimentos... e o mais importante: a sua SALVAÇÃO! TUDO VEM DELE.

       Uma pessoa humilde é aquela que vive para seu próximo considerando-o superior a si mesmo! (Fp 2.3). A humildade é um fundamento essencial do Evangelho pois Jesus Cristo, "subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de sevo e tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2.6-8).
Leitor... se a humildade não é uma de suas características marcantes... fique atento à sua alma para que você não se torne um orgulhoso e que no final dos tempos estará longe da misericórdia e amor daquele que dá graça aos humildes (Tg 4.6). Amém.
     

                                   Israel Quaresma

domingo, 13 de julho de 2014

Mateus 17.24-27



“Este imposto citado aqui se refere a uma taxa do templo. O ponto é que da mesma forma que os filhos reais estão isentos de pagar as taxas impostas por seus pais, também Jesus está isento de pagar a “taxa” imposta por seu Pai. Em outras palavras, Jesus reconhece a taxa do templo como uma obrigação para com Deus, mas uma vez que ele, de modo único, é Filho de Deus, está isento do pagamento da taxa... Jesus, embora estivesse isento, pagará a taxa para não ofender.” D.A. Carson

Sua preocupação de não causar escândalo, fez com que ele abrisse mão de um direito seu, o de não pagar aquele imposto devido ao templo, por ser Filho do Deus Altíssimo. Para não escandalizar ou fazer alguém tropeçar, Jesus sofreu o dano, perdeu. Isto nos faz pensar no quanto cada um de nós está disposto a deixar de reivindicar um direito legítimo por amor ao outro, para não escandalizar ao outro.

                         Simone Quaresma

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mateus 17.14-23

Vemos nesse trecho a narração de mais um dos grandiosos milagres que Jesus Cristo realizava. Aqui, ele cura um jovem lunático, que vivia possuído por um demônio. Vemos a terrível influência que o demônio exercia sobre esse jovem. Um espírito maligno o estava pressionando, tentando destruir tanto o seu corpo como a sua alma. Podemos imaginar o quão aflitas e agoniadas as vítimas desses ataques ficavam. Já nos é doloroso ver os corpos daqueles a quem amamos em enfermidades... quão mais doloroso deve ser ver o corpo e mente de algum ente querido totalmente debaixo da influência do diabo!
Não nos esqueçamos de que há muitas maneiras de satanás exercer controle espiritual entre jovens, tão lamentáveis como o caso aqui tratado. Há milhares de jovens que parecem ter se entregado completamente às sugestões do diabo, da carne e do mundo. Esses se desfazem de todo o temor de Deus e perdem todo o respeito pelos seus mandamentos, e servem às paixões de seus próprios corações, aos prazeres desse mundo, recusando-se a ouvir conselhos de pais, amigos e ministros do evangelho. Fazem tudo quanto está ao seu alcance, a fim de se arruinarem de corpo e de alma, no tempo presente e na eternidade! São escravos voluntários de Satanás.
Porém, não percamos a esperança, nem mesmo quando a situação é a retratada acima. Antes, deveríamos recordar-nos de que o nosso Senhor é o Todo-Poderoso! Por pior que fosse o caso do jovem apresentado pelo texto, ele foi “curado”, e isso desde aquela hora em que foi apresentado a Cristo! Devemos continuar orando pelos nossos jovens, mesmo quando eles exibem o seu lado mais negro. Por mais endurecidos que pareçam ser os seus corações, esses corações ainda podem ser abrandados. Por mais desesperadora que seja a sua iniquidade, eles poderão chegar, se arrepender e se converter.
Encontramos nesse trecho também um extraordinário exemplo do efeito debilitador da incredulidade. Os discípulos indagaram ansiosamente nosso Senhor, ao notarem que o demônio cedera diante do poder de Cristo. Eles receberam uma resposta plena da mais rica lição: “Por causa da pequenez da vossa fé”. Desejariam eles conhecer o segredo do seu próprio e triste fracasso, na hora da necessidade? Era a falta de fé mais firme. Se permitimos que a nossa fé se enfraqueça, todas as nossas graças cristãs debilitar-se-ão juntamente com ela. A fé é a raiz da qual dependem todas as outras virtudes. Não podemos dar margem a vergonhosas dúvidas acerca do amor e do poder de Deus.
Aprendemos aqui também que a influência do diabo e do mundo não pode ser derrubada sem muita luta e diligência. A guerra contra Satanás jamais deve ser travada de forma superficial. Sem uma vida de oração e de auto-mortificação, certamente haveremos de receber o fracasso e a derrota. Muitas vezes imaginamos que não precisamos exercitar nossa força espiritual, mas precisamos estar atentos ao fato de que as batalhas espirituais não são vencidas sem uma luta árdua diária.
Sabemos que maior é aquele que está conosco do que o que é contra nós, mas não devemos subestimá-lo. Ele é o próprio príncipe deste mundo! Precisamos revestir-nos de toda a armadura de Deus e, não somente nos revestirmos dela, mas também precisamos usá-la. Que nós, aqui nesse mundo, na luta contra o pecado e a nossa carne, esmurremos o nosso corpo, a fim de obedecer ao nosso Pai e viver uma vida que O glorifique. Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mateus 17.1-13

Esta é uma das passagens mais interessantes e de grande importância para o entendimento do evangelho nos dias de hoje. Ao subir Jesus num monte com Pedro, Tiago e João, nosso Salvador foi transfigurado (mudou de feição, poderíamos assim dizer), a ponto de ficar ainda mais evidente sua glória: “seu rosto resplandecia como o sol, e suas vestes tornavam-se brancas como a luz.”
Em seguida lhes apareceu Elias (que representava os profetas) e Moisés (que representava a Lei). Reparem que Pedro, com a ignorância que é peculiar a nós limitados homens, aparentando colocar Elias e Moisés no mesmo “nível de importância” que o Senhor Jesus Cristo, disse que faria três tendas: uma para Moisés, outra para Elias e outra para Cristo. A partir daí o próprio Deus diz as seguintes palavras em relação a Cristo: “Este é o meu filho amado em quem me comprazo, a ele ouvi.”
Os discípulos, com grande temor caíram de bruços, e Jesus, os ajudando a levantar disse para que não temessem pois já estava sozinho, sem Elias e sem Moisés.
Impossível não se lembrar do motivo pelo qual Cristo veio e de seu significado para seu povo a partir dali e de sua morte e ressurreição. Estes acontecimentos, apontavam para o próprio Cristo. A lei e os profetas e tudo que os envolvia se tornaria suficiente em Cristo, uma vez que Ele veio e cumpriu a Lei e tudo que os profetas haviam dito havia de se cumprir com Ele. Cristo era suficiente, o tempo da Lei e dos profetas se findou em Cristo, por conta de Cristo, de sua vinda, morte e ressurreição.

                                                                Davi Quaresma

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mateus 16.21-28

       Depois de todos esses acontecimentos que vimos no capítulo 16, "começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário sofrer muitas coisas, ser morto e ressucitado no terceiro dia."Não foi  somente nessa ocasião que Jesus alertou que essas coisas aconteceriam com ele... Ao longo de seu  ministério, nosso Senhor foi preparando seus discípulos para o dia em que tais fatos sucederiam (como em Mt 9.15b e 12.40) Mas ao que parece, esta ideia não foi muito bem recebida!

       O mesmo Pedro que havia confessado ser Cristo o Filho do Deus vivo, agora tem a infelicidade de expor palavras dignas de Satanás (v 23).Como pode um homem de Deus dar um testemunho tão impressionante como aquele visto no versículo 16 e logo depois falar tamanha tolice? Primeiramente devemos ter em mente nossa fraqueza espiritual! Somos inclinados a termos pensamentos distantes daquilo que o Senhor revela em sua Palavra. Quando Jesus começa a  mostrar que deveria ser entregue as autoridades, morrer e recussitar... ele  não está fazendo nada além de expor as Escrituras! Tudo isso já havia sido profetizado há muitos anos atrás. Os discípulos eram judeus e conheciam a Lei de Deus, entretanto parece que até o momento, aquelas verdades não tinham sido internalizadas verdadeiramente em seus corações e mentes!

       E quantas vezes não somos iguais? Lemos nossas Bíblias todos os dias (ou deveríamos, não é?) porém mesmo assim passamos por cima de muitas coisas. Devemos ler as  Escrituras com muito mais atenção e oração do que fazemos normalmente para que o Espírito  Santo nos  revele de forma plena as verdades estampadas nela. Vivemos dias em que não temos tempo para nada e nosso tempo de leitura e meditação  na Palavra é menor do que o tempo que passamos no facebook. Mas...Bem-aventurado é aquele que se debruça de dia e de noite na Palavra de Deus em oração. Nossas vidas precisam DE FATO ter as  Escrituras como centralidade.

       Voltando ao texto, percebemos que, mais uma vez, o Evangelho e a mensagem que Cristo traz são totalmente escandalosas e opostas a nossa natureza!!! (1 Co 1.18) Mesmo um dos 12 REPREENDEU JESUS por aquilo que Ele estava dizendo. Pedro ficou impressionado com tamanho vexame e vergonha que viria sobre seu mestre nos próximos dias. Por isso não devemos nos impressionar com pessoas que, nos nossos  dias, dizem que o Evangelho é radical  demais, ou forte demais, ou escadaloso demais! 

       Realmente... isso  é uma verdade! Tanto é que nos versículos de 24 e 25 Jesus diz a seus disípulos que da MESMA FORMA que Ele mesmo tomou sua cruz (que era nossa) e sofreu pela Verdade, seus seguidores também deveriam fazer isso. E aí vem mais um dos grandes paradoxos bíblicos: "quem  quiser salvar a sua vida perde-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á".

       Se a sua fé não tem sido custosa é melhor voce se examinar! O próprio Deus-Homem nos diz que todos aqueles que vivem piedosamente passarão por uma vida de dificuldades contra o pecado, o mundo  e satanás! Se seus dias aqui neste mundo tem sido muito bons, confortáveis e sem nenhum problema...tema! Porque isso é um  indício muito forte que voce não pertence a Deus, mas ao Maligno!

       Que o Senhor tenha misericórdia que cada um de nós a ponto de nos despertar para as suas Verdades diariamente de tal  forma que coloquemos nele nossa salvação e suficiencia! Amém.

                                                        Israel Quaresma

terça-feira, 8 de julho de 2014

Mateus 16.13-20

Após ter advertido os fariseus e saduceus por conta de sua incredulidade a respeito dele mesmo, e de ter exortado seus discípulos quanto às falsas doutrinas pregadas por aqueles homens, Jesus pergunta a seus discípulos quem o povo dizia ser ele. É interessante vermos como a incredulidade não atingia apenas os líderes religiosos da época, mas também todo o povo, tanto é que, apesar de terem toda a Lei e os profetas, eles achavam que Jesus era apenas João Batista, Elias, Jeremias ou algum outro profeta ressurreto. O povo de Israel, que tinha todos os meios de graça, e que aguardava ansiosamente por seu Redentor, simplesmente não o reconheceu quando ele veio para os que eram seus!
Cristo se volta então para seus discípulos, aqueles a quem ele ensinava de forma especial, com quem ele convivia e a quem ele constantemente exortava e conduzia espiritualmente, e pergunta a eles, os seus verdadeiros irmãos(Mateus 12.49-50), quem eles achavam que Jesus era. Pedro responde de forma perfeita: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Com essa profissão de fé, Pedro não só reconheceu que Jesus era o Messias que havia sido prometido a seu povo, mas que também ele era um com o Pai (João 1.1,14). Jesus responde a Pedro dizendo que não foi carne ou sangue que o revelaram aquilo, mas "meu Pai", que está nos céus. Cristo mostra que a única forma de adquirir o conhecimento que Pedro demonstrou era através da revelação divina, que a única diferença entre Pedro, e o resto do povo de Israel era a benevolência de Deus que aprouve revelar a ele, e não aos outros, aquela magnífica verdade. Não há ensinamento, não há sistema didático, não há professor por melhor e mais capacitado que seja, que possa trazer a qualquer homem tal revelação! Apenas a obra do Espírito Santo pode desvendar nossos olhos para vermos as verdades de Deus. Sem essa revelação especial, somos cegos, totalmente desorientados e perdidos na sabedoria mundana, que é totalmente oposta à sabedoria divina.
No verso 18, porém, Jesus continua sua resposta a Pedro fazendo um trocadilho com seu nome:"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Muitos acreditam que a "pedra" sobre a qual Cristo edificará sua igreja se refere a Pedro, mas na verdade, a rocha é Cristo, e a afirmação feita por Pedro, de que Jesus é o Messias e Filho do Deus vivo, é que será o alicerce principal de sua igreja. Ao longo dos primeiros séculos depois da morte de Cristo, diversas heresias surgiram no meio da igreja, e todas elas achavam um ponto de discordância em comum: Cristo! Cristo é o cerne e o centro do evangelho, e sem ele, nem a Lei, nem os profetas, nem os novo testamento fariam sentido. Tudo gira em torno de Jesus, e não aceitá-lo como Filho de Deus, como 100% homem e 100% Deus, e único caminho que leva o homem à Deus, é distorcer totalmente a Palavra de Deus e fugir para o oposto de tudo o que a Bíblia prega. Jesus foi anunciado de Gênesis a Malaquias, e ensinado de Mateus a Apocalipse! Toda a Bíblia fala a respeito de Cristo, e sem ele, não há evangelho, não há boas novas, não há salvação! Há apenas inferno, condenação e ira divina caindo sobre toda a humanidade. Além de ser o Verbo(João.1-14), Jesus é também o protetor de sua igreja, e graças a ele, as portas do inferno não prevalecem contra sua noiva.
Jesus em seguida diz a Pedro que lhe dará as chaves do reino dos céus, mostrando que seus discípulos seriam os "pais" da igreja, e teriam autoridade sobre ela da parte dele, para guiá-la através de seus ensinamentos e através da disciplina(Mateus 18.15-17).
No final deste trecho, Jesus os adverte a não espalhar que ele era o Cristo, pois os judeus tinham uma visão errada da missão messiânica. Muitos achavam que ele libertaria seu povo do jugo do Império Romano, quando na verdade, sua missão era libertar seu povo do jugo do pecado.

Que Deus nos abençoe, e nos permita entender quem é Cristo e qual foi sua missão, para que possamos interpretar corretamente a Escritura, pois sem o Messias, não há salvação, e portanto, não há evangelho, nem esperança para qualquer ser humano. Sejamos sempre gratos a Deus pela sua compaixão e pelo seu amor, demonstrados na vida e na obre redentora de nosso salvador, Jesus Cristo
                                                                 Lucas Quaresma

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Mateus 16.1-12

Este capítulo de Mateus começa com os fariseus tentando a Jesus, mais uma vez. Interessante que fariseus e saduceus se opunham uns aos outros, porém não mediam esforços para se unir contra Cristo. Eles pediam um sinal de sua própria eleição, queriam um sinal que gratificasse seu orgulho mas eles presenciavam constantemente muitos sinais e milagres de Jesus. Eles desprezavam  o alívio do enfermo e a necessidade do angustiado. Que hipocrisia é buscar sinais de nossa invenção quando negligenciamos os sinais vindos da parte de Deus.

  Jesus responde aos fariseus dizendo que o único sinal que lhes seria dado é o de Jonas, e o que isso significa? Jonas esteve praticamente morto, mas foi restaurado à vida, prefigurando a ressurreição de Cristo. Não existiu maior sinal do que a ressurreição de Jesus, e o sinal de Jonas, mais do que todos os outros, mostraria que Jesus era realmente o filho de Deus.

  Na segunda parte vemos também mais uma vez, os discípulos sendo ensinados por Jesus acerca das coisas que Ele falava e eles não compreendiam. Jesus tratava de coisas espirituais e os discípulos entendiam como de coisas carnais. Parece que Cristo fica perplexo em como seus discípulos ainda não estavam familiarizados com seu modo de pregar e que pensassem que Ele se preocupava tanto com o que havia de comer, como eles se preocupavam. Só depois que Jesus, pelo espírito de sabedoria no coração, abre o entendimento deles para que entendessem de que falava das doutrinas vãs que os fariseus e saduceus pregavam.
Que possamos estar atentos as coisas que acontecem na nossa vida e ver a mão de Deus nos guiando por todas elas e também estar atentos aos ensinamentos de sua palavra para que possamos obter o entendimento das sagradas letras e não interpretá-las erradamente.

                                                                       Gabriel Benjamin