sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mateus 28.11-17 - A cegueira dos eleitos para a morte

       Estes versículos e os do próximo texto nos mostram a conclusão do evangelho de Mateus. Começam nos mostrando como o preconceito cego prejudica o crente, antes que ele creia na pura verdade. Também nos mostram as fraquezas que existiam no coração dos discípulos. E se encerra com grandes ensinamentos de Cristo. Vemos no texto as maldades que os homens podem cometer por amor ao dinheiro, foi dado muito dinheiro para aqueles soldados para que mentissem. Que coisa terrível é dar falso testemunho! Que possamos ser encontrados sempre como pessoas de uma palavra firme e confiável, que não nos deixemos apegar por coisas deste mundo ou tirar vantagem de situações para nosso benefício, mas estar sempre de acordo com a Palavra de Deus em nosso falar e agir.

       A grande prova de que Cristo era Filho de Deus é sua ressurreição, e ninguém podia dar prova maior dela que aqueles soldados. Mas eles aceitaram suborno e com essa atitude impediram que muitos viessem a crer na obra de Cristo. Podemos ver nisso que nem a evidência mais clara da verdade pode transformar o coração humano, somente a ação do Espírito Santo.

       Todos que olham para Jesus e o que Ele fez com olhos da fé, o adorarão, mas até a fé mais sincera pode se tornar fraca e instável. Entretanto, Cristo deu provas bem convincentes de sua ressurreição, para que a fé triunfasse sobre a dúvida. Que essa fé possa ser achada em nós, que cada vez mais possamos olhar a obra de Cristo, o seu sacrifício e nos humilharmos diante Dele e com coração humilde pedir perdão pelos nossos pecados. E que Ele nos dê uma vida junto dele eternamente.


                                                        Gabriel Benjamin

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mateus 28.1-10 - Jesus ressurgiu

       Neste pequeno trecho temos a maravilhosa ressurreição de nosso Senhor! A obra que foi profetizada em todo o Antigo Testamento havia chegado ao fim; a primeira vinda do Senhor Jesus havia sido concretizada com grande sucesso (e não poderia ser diferente). O Deus Todo-Poderoso se tornou carne, morreu como um impuro pecador para que nós vivêssemos como puros e santos. Em sua ressurreição ganhamos uma nova vida (Rm 6.4). Cristo morreu de uma vez por todas para que o pecado não mais tivesse domínio algum sobre o seu povo (Rm 6.10).

       Nos primeiros versos nos é dito que os guardas "tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos" ao ver um simples anjo enviado do Senhor. Homens incrédulos e duros de coração estiveram frente à frente com uma criatura jamais vista por eles que era "como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve". Então aquele anjo dirigiu-se às duas Marias dizendo que Cristo havia ressuscitado dentre os mortos! Logo elas foram correndo contar aos discípulos, cheias de MEDO e ALEGRIA. Penso comigo mesmo que essa será a bela reação de muitos crentes que presenciarão a segunda vinda de Cristo! Pois o SUPREMO JUIZ E SEUS ANJOS DESCERÃO DOS CÉUS COM GRANDE GLÓRIA! JESUS CRISTO GLORIFICADO E SEU MAJESTOSO EXÉRCITO APARECERÃO PARA QUE TODO OLHO VEJA! SERÁ UM ESPETÁCULO TERRÍVEL E AMEDRONTADOR. Porém, ao mesmo tempo, será lindo e indescritível porque os crentes verão aquilo que fora anunciado a eles durante toda a sua vida. E não mais o veremos pela fé, mas por nossos próprios olhos!

       Antes que Maria Madalena e a outra Maria pudessem se encontrar com os discípulos para falar das BOAS NOVAS, o próprio Senhor Jesus Cristo ressurreto aparece a elas. E elas prostraram-se aos seus pés e o adoraram! Qual de nós, resgatado pelo sangue de Cristo, não pensa no encontro triunfal com nosso Senhor ressurreto que nos justificou e tudo nos deu pela sua imensa graça e misericórdia? Todas as milhões de almas dos eleitos se satisfarão nele por toda eternidade (sema jamais chegar ao fim).

       Que possamos gastar mais tempo durante a semana meditando nos benefícios da ressurreição de Cristo em nossa vida presente e futura. Amém.


                                                               Israel Quaresma

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mateus 27. 57-66 - Pacientes na tribulação

       Nesse trecho vemos a narrativa do sepultamento de nosso Senhor. O seu corpo santo, no qual Ele carregou nossos pecados sobre a cruz, precisava ainda ser depositado na sepultura e ressuscitar. Através de Sua providência, que controla todas as coisas, Deus ordenou os acontecimentos de maneira que a morte e o sepultamento de Jesus Cristo ficassem acima de qualquer dúvida. Judeus e gentios, amigos e inimigos – todos testificaram do grande fato que Cristo realmente morreu e foi sepultado. Não há como se questionar esses acontecimentos; Ele realmente foi torturado, realmente sofreu, realmente morreu e realmente foi sepultado.

       Vemos aqui que Deus tem o poder de transtornar os esquemas de homens infiéis e fazê-los trabalhar para a sua própria glória. Aprendemos isso pela conduta dos sacerdotes e fariseus depois do sepultamento de nosso Senhor. A inimizade desses homens não cessou, nem mesmo quando o corpo de Jesus já estava na sepultura. Lembrando-se das palavras que Jesus havia dito a respeito de “ressuscitar”, resolveram tornar a sua ressurreição dos mortos impossível, crendo erroneamente que poderiam mesmo impedi-Lo. Fizeram então tudo o que puderam para que o sepulcro fosse “guardado com segurança”.

       Na imaginação deles, não tinham idéia de que estavam providenciando a evidência mais completa da veracidade da ressurreição de Jesus Cristo que estava para ocorrer. Na realidade, eles estavam fazendo com que fosse impossível provar que houvesse qualquer engano. Tanto a guarda, como o selo, ambos tornaram-se testemunhas do fato de que Cristo havia ressuscitado. Eles foram pegos em sua própria astúcia, suas próprias estratégias se transformaram em instrumentos de demonstração da glória de Deus.

       Muitas vezes circunstâncias desfavoráveis se transformam em benefícios para o povo de Deus. Poderíamos pensar no mal da perseguição ao povo de Deus nos dias de hoje, mas precisamos nos lembrar que ela apenas nos faz chegar mais perto de Cristo! Através dela e demais dificuldades, aproximamo-nos mais e mais de Cristo e nos apegamos mais e mais à Escritura e à oração.

       Que guardemos essas verdades e sejamos corajosos. Tudo é controlado pela mão de Deus e todas as coisas cooperam para o bem do corpo de Cristo. Os poderes desse mundo são simples instrumentos nas mãos de Deus e Ele os usa para os seus próprios propósitos. Através disso, Deus está lapidando as pedras vivas de seu templo espiritual e, assim, até mesmo os planos e esquemas dos inimigos resultam em louvor ao Senhor. Sejamos pacientes em dias de tribulação! As coisas que, agora, em nossa visão pequena, parecem contra nós, estão todas trabalhando juntas para a glória de Deus. No porvir descobriremos que toda a perseguição que suportamos hoje, assim como a escolta ao sepulcro, serve para maior glória a Deus!



                                                               Ana Talitha Rosa


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mateus 27.45-56 - A morte de Cristo e os sinais que testificaram a respeito dele

Os versículos de 45 a 56 narram a morte de Jesus Cristo e os fatos enigmáticos e simbólicos que cercaram este importante momento. Primeiramente, Mateus nos conta que houve trevas da hora sexta à hora nona, ou seja, entre 9 horas da manhã, até meio-dia, houve trevas sobre toda a terra! Os céus escureceram, o Cordeiro Santo fora crucificado, e o juízo de Deus caía sobre ele. Num período em que o sol deveria brilhar crescentemente até chegar aos seu ápice, havia trevas por toda a parte indicando que o que acontecia ali, não era a morte de um homem qualquer, mas era o sacrifício perfeito do Filho de Deus em favor dos seus eleitos.
Mateus relata que por volta da hora nona, Jesus clama em alta voz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?". A dor que Cristo sofria era maior do que qualquer homem poderia suportar! Os sofrimentos físicos em nada poderiam se comparar ao cálice da ira divina que Jesus bebia naquele momento. Não sei explicar com exatidão como o Deus Filho sentiu-se desamparado pelo Deus Pai, mas o que sabemos com certeza é que todos os pecados dos escolhidos de Deus estavam sendo julgados em Cristo naquele momento! "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós." Isaías 53.4-6. Alguns dos que estavam presentes ainda zombavam dele, enquanto outro buscou levar alívio dando de beber a Cristo.
E clamando mais uma vez em grande voz, Cristo entregou seu espírito! A missão do Cordeiro estava acabada. Ele se tornou um de nós, cumpriu a lei, pregou o evangelho e se entregou à morte por nossos pecados. Provavelmente muitos ali, inclusive os próprios discípulos, não entendiam totalmente o significado daquele momento. A tristeza certamente estaria presente no coração de qualquer um que tivesse sido ensinado por Cristo, porém, aquele era um momento de alegria, de vitória e de regozijo! Nossos pecados foram pagos, nossa dívida foi quitada, e sinais acompanharam a morte de Cristo para provar que aquele que morrera na cruz não era um homem qualquer.
Mateus nos diz que houve grande terremoto e as rochas fenderam-se! Uma intervenção direta de Deus no momento em que Jesus entregou seu espírito. O véu do santuário se rasgou e alguns santos levantaram de seus sepulcros que foram abertos!
O véu separava o Santo dos Santos do santuário. Só o sumo sacerdote tinha acesso ao Santo dos Santos, onde era feito o sacrifício em favor dos pecados do povo! Qualquer outra pessoa que entrasse ali, era imediatamente fulminada, pois aquele lugar representava a presença de Deus. Nem mesmo o sumo sacerdote poderia entrar ali de qualquer jeito. Ele não poderia estar em pecado ao entrar no Santo dos Santos pois seria igualmente fulminado! O véu rasgado de cima a baixo simbolizava o livre acesso ao trono de Deus e ao seu santuário celestial através da morte de Jesus Cristo. William Hendriksen diz:"pela morte de Cristo, simbolizada pelo rasgar da cortina, o caminho para o 'Santo dos Santos', isto é, o céu, é aberto a todos quantos buscam refúgio nele."
A ressurreição dos santos, além de um milagre espantoso, também apontava para uma verdade profética! Aquelas ressurreições simbolizavam a garantia de nossa ressurreição na segunda e gloriosa vinda de Cristo!
Analisando tudo que sucedeu após a morte de cristo, fica muito claro que aquele que foi morto não era um homem comum, e aqueles sinais descritos acima comprovam a majestade e a glória daquele se entregou pelos nossos pecados.
Mateus nos conta também que após esses acontecimentos o centurião e os que com ele guardavam a Jesus disseram: "Verdadeiramente este era Filho de Deus"!
Que possamos nos regozijar na morte de Cristo, lembrando-nos sempre da importância desse acontecimento com todo temor e reverência, e que possamos viver de forma a valorizar o sacrifício que Cristo fez por nós, morrendo para nossos pecados, e vivendo para a sua glória, até que ele volte e estabeleça seu reino de paz e justiça sobre toda a criação!
                                                       Lucas Quaresma

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Mateus 27.33-44

Nos versos de 33 a 44 do capítulo 27 de Mateus, vemos a descrição da crucificação de nosso Salvador. É interessante ver como Mateus trata da pena aplicada a Cristo: "depois de o crucificarem". Não há aqui intenção alguma de ressaltar o sofrimento físico de Jesus. Certamente, a dor que ele sentiu em sua carne foi terrível, mas nem de longe se compara à dor de receber a ira de Deus sobre si pelas multidões de pecados, não só de um, mas de milhões de eleitos desde Adão até ao último que será salvo.
Interessante também vermos nos "mínimos" detalhes como tudo já havia sido predito! Em Salmos 22.16 Davi, inspirado pelo Espírito Santo escreve:"Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassam-me as mãos e os pés". E no verso 18, ele prediz o verso 35 do capítulo 27 de Mateus: "Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes". Quão maravilhoso é vermos as Escrituram confirmando as próprias Escrituras, a fonte de toda verdade nos confirmando o que ela mesma diz! Devemos ver isso como um cuidado da parte de Deus, para fortificar a nossa fé, deixando claro não só que tudo o que aconteceu já havia sido predito, mas que também estava sob o controle da mão poderosa de nosso amado Deus. Sejamos gratos a Ele por isso!
A partir do verso 37, vemos quão grande foi a ignorância e insensatez dos acusadores e assassinos de Jesus Cristo. A placa, com intenção irônica, descrevia a acusação pela qual Cristo estava sendo crucificado:"Este é Jesus, o Rei dos judeus". Cristo havia confessado ser o Filho de Deus, o enviado do SENHOR para salvação dos que criam nele, e os judeus, cegos pela ignorância de seus corações corruptos, zombavam de Jesus por seu destino. O único homem que jamais havia pecado, foi tratado e condenado como criminoso. E não como um criminoso qualquer, mas como o pior tipo de criminoso! A crucificação era o pior tipo de pena dada a um homem naquela época. Era uma condenação tão vil e cruel, que os próprios romanos se envergonhavam desse tipo de execução.
A cena de um homem nu, moribundo numa cruz, fez com que muitos homens confirmassem sua incredulidade e zombassem de Jesus. Filho de Deus? Sendo morto por meros mortais? Se é mesmo Filho de Deus, porque não sais dessa cruz? Como podes ter poder para salvar a outros e a si mesmo não te salvas a ti mesmo? Era o que diziam aqueles que escarneciam de Jesus, tanto os transeuntes, como os anciãos, sacerdotes, escribas e até mesmo os outros homens que foram crucificados com Jesus.
Jesus saia vitorioso, cumprindo perfeitamente a sua missão, mas homem nenhum via vitória naquele momento. Os olhos carnais só podiam ver fraqueza e vergonha. Cristo não precisava salvar a si mesmo, ele tinha poder para sair daquela cruz, mas estava ali por amor, um amor que homem nenhum é capaz de entender.
É por isso que o evangelho é loucura para os que se perdem! Um Deus justo, irado contra um povo pecador, enviando seu próprio Filho para ser humilhado e assassinado por aqueles que necessitavam de sua misericórdia? O Verbo encarnado saindo vitorioso sobre o pecado ao ser morto de forma humilhante numa cruz? Homem jamais poderia tramar uma história como essa! Nenhuma religião criada pela mente humana poderia elaborar um plano tão maravilhoso de redenção como este!
Que Deus tenha misericórdia de nós, e não nos deixe olhar com desdém para o momento mais importante da história da humanidade, e que exultemos e glorifiquemos a Deus, onde muitos zombavam e blasfemavam contra Cristo por verem fraqueza onde havia misericórdia e vulnerabilidade, onde havia controle total sobre tudo o que acontecia

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Mateus 27.27-32 - "Salve, rei dos judeus"

       Estes versículos descrevem alguns dos muitos sofrimentos de nosso Senhor Jesus depois de sua condenação por Pilatos, sofrimentos às mãos dos brutais soldados romanos e o sofrimento final, na cruz. São cenas maravilhosas e horrendas ao mesmo tempo. Horrendas porque vemos nosso Senhor sofrendo e padecendo por conta das nossas transgressões. Maravilhosas quando nos lembramos que Ele suportou tudo isso para salvar o seu povo, se entregou e sofreu por conta dos nossos pecados para nos justificar no dia final.

       Precisamos perceber diante destas passagens a extensão dos sofrimentos de Cristo. A lista de dores infringidas ao corpo de nosso Senhor é algo terrível, raramente o corpo de uma pessoa sofre tanto durante suas últimas horas de vida. Não podemos esquecer que Jesus se encarnou, Ele tinha um corpo humano autêntico, tão sensível e vulnerável quanto o nosso.

       Jesus já havia passado a noite sem dormir e suportado extrema fadiga, foi levado do Getsêmani para o sinédrio judaico e dali para o tribunal de Pilatos. Foi interrogado duas vezes e por duas vezes condenado injustamente e já tinha sido espancado. Foi entregue na mão dos soldados romanos, homens que poderíamos esperar todo tipo de crueldade. Eles feriram a Cristo e o humilharam, cuspiram nele, escarneciam Jesus. Devemos nos lembrar do texto onde Judas entrega Jesus e Ele diz a seus discípulos que se quisesse mandava uma legião de anjos para o soltar. E mais uma vez vemos a humildade de Jesus em suportar todo aquele sofrimento porque Ele tinha um propósito muito maior.

       A lição que fica para nós nesse texto, é que devemos sempre nos lembrar de tudo que Jesus suportou por nós. Lembrar que tudo que Ele passou foi para nos redimir e que Ele tudo sofreu sem murmuração nenhuma. Vemos nesse texto todo sofrimento físico de Jesus, mas sabemos que de tudo que passou naquela cruz o que mais pesava eram todos os pecados que Ele levou sobre si. Que possamos suportar todo tipo de provação, aflição e sofrimento porque sabemos que o discípulo não é maior que seu Senhor. Então, se Cristo sofreu tudo isso não podemos nem pensar em murmurar por qualquer dificuldade que passemos. Que esteja viva em nossa memória a esperança de um dia esse mesmo Cristo que foi crucificado voltará e estaremos ao lado Dele na glória


                                                 Gabriel Benjamin

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mateus 27.11-26 - Jesus ou Barrabás?

       "Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem". E lá estava Jesus: Contado como um criminoso, alguém que precisava da piedade e misericórdia do povo para ficar livre da condenação (quem lê entenda)! Jesus estava sendo colocado lado a lado com um pecador. Ele, o criador de todas as coisas sendo colocado abaixo de uma de suas criaturas, um homem. Jesus já sabia que nada poderia impedir a missão do Pai de levá-lo ao madeiro, porém Pilatos não sabia disso.

       O governador, por saber que Jesus estava sendo injustiçado, quis libertá-lo da cruz, mas os seus próprios esforços estavam aprisionados a sua aceitação por parte do povo. Que grande pecado cometeu Pilatos ao lavar suas mãos, pois foi por meio delas mesmas que o Salvador foi ultrajado e humilhado na cruz. E, com certeza, há mais de dois mil anos esse grande governador está sofrendo as duras penas da ira do Deus Todo-Poderoso (e continuará sofrendo ano após ano durante toda a eternidade futura sem jamais chegar ao fim. Tudo isso por sua vida de pecado sem arrependimento e nem o Senhorio de Cristo). A inocência de Pilatos foi diante do seu povo, mas perante o Justo Juíz a sua culpa é tão clara como água com que ele lavou suas mãos!

       E quanto àquele povo... Que tristeza é contemplar a cegueira completa de todos eles diante daquele que é, que era e que há de vir. O Alfa e o Ômega, o desejado das nações sendo totalmente desprezado e humilhado. Ah se a exclamação "caia sobre nós o seu sangue" estivesse referindo-se à justificação de pecados e ao lavar regenerador de sua natureza pecaminosa! Muito pelo contrário: Eles estavam chamado para si toda a responsabilidade da morte do Senhor Jesus Cristo! Quanta insanidade e loucura! 

       Nós, que fomos alcançados pelo Santo Espírito através da graça de Deus Pai por meio de Cristo devemos viver para Ele durante todo o tempo de nossa peregrinação. Oremos para que não sejamos como aquele povo que tiveram os privilégios de nascer dentro do povo de Deus mas desprezaram tudo isso. Amém.


                                                               Israel Quaresma