sexta-feira, 28 de março de 2014

Mateus 5. 9

       Deparamo-nos agora com a sétima bem- aventurança. Segundo os comentários da Bíblia de Genebra, o versículo em questão fala da paz espiritual, não o cessar de mortes ou violência entre nações ou contendas entre partidos, por exemplo. Embora o termo “pacificadores” seja comumente entendido como se referindo àqueles que ajudam a encontrar paz com Deus, ele também pode se referir àqueles que estabelecem a sua própria paz com Deus. Isso se explica no verso 15 desse mesmo capítulo, onde vemos a atitude daqueles que promovem a paz com o seu próprio adversário.
       “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.”

       Esse mesmo princípio é encontrado  nos versos  44 e 45, onde é dito aos filhos de Deus para fazerem paz até mesmo com os seus inimigos. 
       “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.”

       Dessa forma, o Senhor Jesus chama de bem-aventurados os que exercem a sua influência pessoal a fim de promoverem a paz e o amor. Isso pode se demonstrar tanto em particular como em público, em casa ou fora dela. Podemos entender também como aqueles que se esforçam para que todos os homens se amem mutuamente, tendo em mente aquele evangelho que diz:  “o cumprimento da lei é o amor.” (Rm 13.10). Ainda em Romanos encontramos outra aplicação dessa bem-aventurança:
       “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.17,18)

       Esse, assim como todos os ensinamentos que nos são exigidos, não é algo simples de cumprir. Diariamente enfrentamos situações em que somos provados nessa questão. Negar a si mesmo e amar ao próximo são marcas de um verdadeiro crente e que podem se manifestar no cumprimento dessa bem-aventurança. Que Deus possa nos capacitar a não buscar os nossos próprios interesses, a pagar o mal com o bem, a sermos “pacificadores” legítimos. Bem- aventurados são todos esses, pois, estão realizando a mesma obra que o Filho de Deus iniciou, quando veio à terra pela primeira vez.
                                                                                             Ana Talitha Rosa

Um comentário:

  1. Realmente não algo simples de se cumprir,mas Deus e misericordioso e a cada dia Ele nos capacita.

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