segunda-feira, 31 de março de 2014

Mateus 5. 10-12

        Nestes três versículos vemos uma mensagem de encorajamento dada por Jesus a todos nós que peregrinamos neste mundo buscando algo além desta vida. Uma mensagem de perseverança, para que estejamos andando sempre no caminho do Senhor independentemente do que tivermos que passar por conta disso.

        Estes versículos falam muito a nós, jovens, principalmente por conta das influências que temos na nossa escola, com nossos amigos. Devemos sempre estar firmes na Palavra de Deus, não importa se seremos tidos como loucos ou tolos. Nesses momentos temos que ter certeza de que, mesmo passando vergonha diante do mundo por nossa posição firme, baseada nas Escrituras, receberemos maior galardão no céu. 

        Jesus e seus discípulos são nossos maiores exemplos: Eles sofreram afrontas, foram espancados, açoitados e mortos. Eles nos mostraram como devemos agir diante das provações e perseguições. Assim como eles, temos que nos regozijar por sofrer injustamente pelo nome de Deus. (Atos 5. 40-42 ; Tiago 1. 2,3) 

        Portanto, anos de sofrimento nunca poderão ser comparados a uma eternidade ao lado de Cristo em sua mansão celestial. Como é registrado nesse texto de Mateus, grande é o galardão daqueles que, assim como os profetas, exultaram quando foram perseguidos. Que possamos sempre ter em mente que nada que possamos passar aqui é comparado ao que receberemos no porvir. 
        "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós." Romanos 8. 18

                                                                                           Gabriel Benjamin Rosa

sexta-feira, 28 de março de 2014

Mateus 5. 9

       Deparamo-nos agora com a sétima bem- aventurança. Segundo os comentários da Bíblia de Genebra, o versículo em questão fala da paz espiritual, não o cessar de mortes ou violência entre nações ou contendas entre partidos, por exemplo. Embora o termo “pacificadores” seja comumente entendido como se referindo àqueles que ajudam a encontrar paz com Deus, ele também pode se referir àqueles que estabelecem a sua própria paz com Deus. Isso se explica no verso 15 desse mesmo capítulo, onde vemos a atitude daqueles que promovem a paz com o seu próprio adversário.
       “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.”

       Esse mesmo princípio é encontrado  nos versos  44 e 45, onde é dito aos filhos de Deus para fazerem paz até mesmo com os seus inimigos. 
       “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.”

       Dessa forma, o Senhor Jesus chama de bem-aventurados os que exercem a sua influência pessoal a fim de promoverem a paz e o amor. Isso pode se demonstrar tanto em particular como em público, em casa ou fora dela. Podemos entender também como aqueles que se esforçam para que todos os homens se amem mutuamente, tendo em mente aquele evangelho que diz:  “o cumprimento da lei é o amor.” (Rm 13.10). Ainda em Romanos encontramos outra aplicação dessa bem-aventurança:
       “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.17,18)

       Esse, assim como todos os ensinamentos que nos são exigidos, não é algo simples de cumprir. Diariamente enfrentamos situações em que somos provados nessa questão. Negar a si mesmo e amar ao próximo são marcas de um verdadeiro crente e que podem se manifestar no cumprimento dessa bem-aventurança. Que Deus possa nos capacitar a não buscar os nossos próprios interesses, a pagar o mal com o bem, a sermos “pacificadores” legítimos. Bem- aventurados são todos esses, pois, estão realizando a mesma obra que o Filho de Deus iniciou, quando veio à terra pela primeira vez.
                                                                                             Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mateus 5.8

       Moisés, no texto de Êxodo 33.18, pede a Deus que lhe mostre Sua glória, e no versículo 20 o Senhor lhe responde:"Não me poderás ver face a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá"! Moisés, que foi encarregado por Deus de tirar seu povo do Egito e conduzí-lo à terra prometida não pôde ver a Deus porque era pecador, e não poderia vê-lo e permanecer vivo, tamanho é o abismo que separa a santidade de Deus de nosso coração pecaminoso! Isaías, quando é chamado por Deus para profetizar em Seu nome tem uma visão, e o texto diz "vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono"(Isaías 6.1) e logo após ter essa visão, Isaías, cheio de temor diz "ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!"(verso 5).
       "Se nos cega o sol ardente quando visto em seu fulgor, quem contemplará Aquele que do sol é Criador?”. Mateus 5.8 nos responde: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" 

       Você se considera limpo de coração? Pare um instante e reflita apenas sobre seu dia e tente se lembrar de alguns pecados que você certamente já cometeu hoje. Salmos 51.5 diz "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe". Além disso, o mesmo salmista ainda nos esclarece "Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas"(Salmos 19.12).

       Sabemos muito bem que o pecado habita em todos nós e que como Isaías, somos homens de lábios impuros! Mas se toda a humanidade nasce em pecado, merecendo a ira de Deus e portanto, de todo o coração humano procedem os maus desígnios(veja em Mateus 15.19 quais são eles), pra quem é feita a promessa de ver a Deus? Quem são estes que são limpos de coração e como eles alcançaram tal pureza? 

       Acredito que essa resposta pode ser encontrada em Apocalipse 7.14 e 15: "São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão porque se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário". Ou seja, os limpos de coração são aqueles que foram eleitos por Deus antes da fundação do mundo, são aqueles que tiveram seus corações purificados e seus pecados levados à cruz por Cristo Jesus. A idéia por trás desse versículo não é que para ver a Deus precisamos ter um coração puro ou que precisamos purificar nossos corações, mas na verdade, o que esse texto quer dizer é que aqueles que tiveram seus pecados perdoados e portanto, seus corações purificados pelo sacrifício feito por Cristo na cruz, esses são os que verão a Deus. Não somos nós que purificamos nossos próprios corações, mas Deus é quem nos purifica! A recompensa de ver a Deus nos é dada portanto não por algo que fazemos ou produzimos, mas por algo que Cristo fez. Essa é a tônica do evangelho: Cristo é quem faz por nós, e nós é que recebemos a recompensa! 

       Gostaria de terminar esse texto com a última estrofe do hino citado acima(Hino 13 do Hinário Novo Cântico): "Para termos nós com ele franca e doce comunhão, Cristo, o Filho fez-se carne, fez-se nossa Redenção! Para que na glória eterna O vejamos já sem véu, Cristo padeceu a morte, o caminho abrindo ao céu"
                                                                                       
                                                                                                Lucas Quaresma

quarta-feira, 26 de março de 2014

Mateus 5. 7

       Nesta primeira parte do Sermão do Monte, como vimos, temos as bem-aventuranças. É essencial atentarmos para cada uma destas bem aventuranças, por dois aspectos que gostaria de citar rapidamente: o primeiro deles, é que estas bem-aventuranças vêm precedidas e procedidas por promessas. Como diz claramente no texto, seremos bem-aventurados se formos humildes de espírito (v.3), seremos bem-aventurados se formos mansos, e herdaremos o reino dos céus (v.5), seremos bem-aventurados se tivermos misericórdia, pois alcançaremos misericórdia. Outro aspecto rápido a se destacar em relação à importância destas bem-aventuranças é que ao longo do evangelho de Mateus veremos como temos visto essas características (mansidão, misericórdia, humildade) em Cristo Jesus, pelo motivo óbvio de Ele ser o próprio Deus e, como sabemos nosso exemplo maior.

       "Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia." Baseando-se no fato de que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, esse trecho, por mais que não esteja no imperativo - no sentido de dar ordem -, sabemos que devemos ser misericordiosos, como Cristo foi. E é fácil ser misericordioso sentindo pena de alguém ou até dando esmolas, mas devemos mostrar misericórdia no nosso dia-a-dia e gostaria de abordar este assunto de forma diferente: qual a melhor maneira de se mostrar misericórdia? Essa pergunta não é difícil! Cristo mostrou misericórdia pregando o evangelho. Sabemos que uns foram escolhidos para a Salvação e outros para a perdição, claro, é pela justiça Divina que tal coisa acontece, e glórias a Deus por isso, mas por mais felizes que sejamos por termos sido alcançados pela misericórdia de Cristo devemos anunciar as boas novas aos nossos amigos, vizinhos, familiares que não conhecem a Cristo, pois estarão caminhando para a morte eterna se não conhecerem a Cristo. Que forma linda de mostrar misericórdia, pregando o evangelho! Eu diria que é a mais bela de todas, mesmo que seja através de atitudes de submissão à Cristo. 

       Queridos amigos, reflitam nesta pequena passagem desta maneira. Claro, amor maior que o de Deus mostrado através de Cristo, jamais será visto igual, mas que Ele possa ser nosso guia, que sejamos imitadores de Cristo, tendo misericórdia e pregando o evangelho, pois só assim, alcançaremos misericórdia.
                                                                                                    Davi Quaresma

terça-feira, 25 de março de 2014

Mateus 5.6

       “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”.
Essa imagem não é tão estranha para nós, afinal, alguma vez na vida já ficamos com sede ou com fome. Mas creio que nenhum de nós passou muito tempo sem comer ou beber nada (graças a Deus que nunca deixou faltar).
     
       A ideia que o texto nos dá é de alguém totalmente sedento e faminto! Alguém que não pensa em outra coisa além de comer ou beber! Alguém que está disposto a fazer qualquer coisa para poder saciar o mínimo possível desta necessidade! Pense na realidade do nosso país: Milhares de pessoas que procuram comida nos lixos dos outros para se alimentarem e se manterem vivos.
     
       E é assim que devemos ser com o reino de Deus: Totalmente dependentes da verdadeira comida e da verdadeira bebida! A justiça de Deus deve ser aquilo que devemos procurar desde a hora em que acordamos até a hora que nos deitamos para dormir!
Olhe para dentro de si: Qual tem sido a sua prioridade na vida? Quais são as coisas com as quais você gasta mais tempo pensando? Quais aquelas que você passa mais tempo desejando? Do que você tem sede e fome? Você tem ansiado pela justiça de Deus? Você tem procurado insistentemente saciar as suas necessidades espirituais, orar, ler e meditar na bíblia?
     
       Se você não tem procurado isto, deve se preocupar. Peça todos os dias a Deus cada vez mais vontade de conhecê-lo e amá-lo! Porque, como veremos mais à frente, “todo o que pede, recebe; o que busca, encontra” (Mt 7.7).
     
       Que a nossa sede seja pela Palavra de Deus e a nossa fome por sua justiça, porque, certamente, ele nos fartará para todo o sempre por meio de uma obra já feita na cruz, por nosso Senhor Cristo Jesus!
                                                                                  Israel Quaresma

segunda-feira, 24 de março de 2014

Mateus 5. 5

      Neste versículo, o Senhor Jesus nos diz que felizes (bem-aventurados) são os mansos, e que, por isso, herdarão a terra. O que também é dito em Sl 37. 11: "Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância e dpaz"

     O manso é aquele que possuí mansidão, mansidão espiritual. Aquele que tem uma postura de humildade e submissão a Deus. Alguém cujo espírito é paciente e satisfeito com o que tem e com o que Deus dá para ele. O manso é aquele que se dispõem a não ter honras nesse mundo, é aquele que sofre injúrias pelo reino de Deus e mesmo assim persevera na doutrina.

     Quem é nosso exemplo? Com certeza, Jesus é nosso padrão de mansidão. Jesus se submeteu a vontade de seu Pai e veio ao mundo para padecer em nosso lugar. Ele não fez questão de ter glória, pelo contrário, Ele veio para servir, para morrer em favor de nós, pecadores. Devemos nos espelhar em Cristo para que possamos ser mansos.

     Neste versículo existe uma promessa: "porque herdarão a terra". Na vida há muitos momentos de angústia, tentações e dificuldades. E nessas horas achamos que tudo vai desabar em cima de nossas cabeças. Mas devemos esperar em Deus para que passemos por essas situações com mansidão. Não podemos nos esquecer que tudo de ruim que passamos aqui neste mundo, não se compara a glória futura! Tenhamos em mente que chegará o dia em que, como diz em Ap 5. 10, reinaremos sobre a terra.

                                                                               Gabriel Benjamin Rosa
    

sexta-feira, 21 de março de 2014

Mateus 5. 4

        Essa, tal como a primeira das bem-aventuranças, destaca-se de imediato caracterizando o crente como alguém inteiramente diferente daqueles que pertencem a este mundo. De fato, essa é uma afirmação que, ao primeiro olhar, pode nos causar um pouco de espanto. Vivemos em um mundo em que a felicidade é almejada a qualquer custo. Por todos os cantos escutamos e deparamo-nos com situações que comprovam esse fato. O choro e o sofrimento jamais são vistos como algo positivo pela sociedade e, nessa passagem, nos é informado que FELIZES são aqueles que choram... O que será que isso quer dizer? O que aprendemos com isso? 

        Nessa segunda bem-aventurança vemos Cristo chamando de bem-aventurados àqueles que choram. Com isso Ele quis dar a entender aqueles que se entristecem por causa do pecado, e que também se lamentam diariamente por causa das suas próprias falhas. São esses os que se preocupam mais por causa do pecado do que por qualquer outra coisa na face da terra. A memória dessas coisas deixa-os profundamente tristes. Tal carga lhes parece intolerável! Bem-aventurados são todos os tais.

        Torna-se evidente que encontramos aqui algo inteiramente espiritual em seu significado. Nosso Senhor não disse que aqueles que choram por motivo de alguma tristeza é que são felizes, como se esse “chorar” fosse um sentimento devido à perda de algum ente querido, por exemplo. Não! Aqui é evidenciada a tristeza espiritualmente provocada. Da mesma maneira que a humildade de espírito não tem ligação com questões financeiras, visto que trata-se de uma atitude inteiramente espiritual, novamente temos aqui uma qualidade espiritual, a qual nada tem a ver com a nossa vida natural neste mundo. Todas essas bem-aventuranças referem-se a uma condição espiritual, a uma atitude espiritual.

        Que possamos, assim como nos é ensinado nesse versículo, chorar pelos nossos pecados. Que, ao pecarmos, tenhamos em mente o quão odiosos nossos atos são diante de Deus. Devemos ter sempre em mente que o pecado não é terrível por si só; ele o é na medida em que mancha a santidade de Deus. Foi pelos nossos pecados que Cristo Jesus foi enviado a esse mundo, humilhado e morto na cruz. Nada pode ser mais “espantoso” que isso: Cristo morreu por um miserável como eu e você. Não podemos nos esquecer disso jamais! A cruz nos coloca em nosso lugar e é olhando para ela que precisamos viver nesse mundo. Ainda que nossos pecados nos causem tristeza e pesar, haverá um dia em que não mais derramaremos lágrimas, porque seremos todos consolados.

        “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17). 
                                                                                       Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 20 de março de 2014

Mateus 5. 1-3

  Após ensinar nas sinagogas - como era costume dos mestres da Lei naquele tempo - e promover curas, Cristo vê uma multidão se aglomerar, e subindo o monte, inicia uma série de ensinos aos que estavam com ele.

        Jesus inicia essa série de ensinamentos que ficou famosa como o sermão do monte, falando sobre as bem-aventuranças, e a primeira delas será tema do post de hoje.

  Jesus diz: "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus". Antes de qualquer coisa, é importante saber que o termo "humildes de espírito", no original, significa pobre de espírito. Ora, porque o reino dos céus, repleto de seus galardões e principalmente da presença do Deus vivo, seria dos pobres, miseráveis de espírito?

O tema da primeira reunião tanto das moças quanto dos rapazes foi a depravação total. Sabemos claramente que "Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há um sequer" (Salmos 14.3). Sabemos que o pecado habita em nós e que possuímos uma inclinação pecaminosa que luta contra a lei de Deus gravada em nossos corações e que por isso, merecemos a ira de Deus eternamente. Isso é ser humilde de espírito, é saber no que depender de nós mesmos, nos afastaremos cada vez mais de Deus, é saber que não merecemos sequer o dom da vida, que dirá o dom da vida eterna.  É ter a certeza de que tudo de bom que produzimos é única e exclusivamente pela obra do Espírito Santo em nossas vidas. E por não haver outro modo possível de nos livrarmos da condenação eterna que não seja pelo sangue de Cristo, é que dos humildes de espírito é o reino dos céus!

Alguém que é humilde de espírito sabe que "todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam" (Isaías 64.6). O humilde de espírito é também aquele que faz coro com Davi quando este diz "quando contemplo os teus céus, obras dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem que dele te lembres e o filho do homem, que o visites?"(Salmos 8.3 e 4).

A humildade deve ser característica de um cidadão do reino, porque só através do reconhecimento de nosso estado de miséria e da busca por um Salvador é que podemos ser salvos. O primeiro passo para uma conversão verdadeira é nos humilharmos perante Deus, e humildemente, implorarmos por misericórdia, sabendo que nada podemos fazer para sermos salvos, dependendo total e exclusivamente da bondade do Criador!

O reino dos céus pertence a homens como Bertimeu, o “cego de Jericó”, que exclama: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim” (Marcos 10.47) e depois mais uma vez “Filho de Davi, tem misericórdia de mim” (verso 49).

        Finalizando, gostaria de recomendar a leitura de Lucas 18.9-14, onde Cristo profere a parábola do fariseu e do publicano.  Observem atentamente o versículo 13: “o publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”.

        Que nossa atitude possa ser como a deste publicano, que possamos reconhecer nossa miséria e implorar pelo perdão de nosso Senhor, e que a humildade de espírito seja uma característica marcante em nós, filhos de Deus e cidadão do reino dos céus.
                                                                                      Lucas Quaresma

quarta-feira, 19 de março de 2014

Mateus 4:23-25

       Neste pequeno trecho vemos Jesus pregando, ensinado e curando. O ensino envolvia o propósito do reino de Deus. Pregando, ele anunciava as boas novas de que o reino estava próximo e que seus soberanos propósitos na história estavam sendo realizados. Curando, ele mostrava um pouco de seu imensurável e infinito poder.

       É impossível não voltar à reflexão de ontem, do espelho que Cristo é e deve ser para nós. Ele veio, como sabemos, para dar a sua vida por muitos, mas antes disto, para pregar o evangelho à toda criatura. Ele não pertencia  a este mundo e mesmo antes do sacrifício e da ressurreição, percebemos isto nitidamente pelo modo como ele agia, diferentemente dos que eram/são deste mundo. Não percebe!? Uma ótima lição para nós! Assim que devemos ser!

       Assim como Cristo, não somos deste mundo, estamos nessa breve jornada apenas nos preparando para a eternidade. Que possamos estar cientes disto, vivendo para a honra e glória de Deus, assim como Cristo fez, pregando e vivendo o evangelho.
                                                                           Davi Quaresma

terça-feira, 18 de março de 2014

Mateus 4. 12-22

        Quando lemos na Palavra de Deus que Cristo deve ser nosso guia, nosso espelho, óbvio, não é à toa. No trecho anterior vimos que Cristo foi tentando pelo diabo, como se o Messias fosse um homem como nós o somos, mas Cristo era o próprio Deus. É inimaginável qualquer ato ou pensamento pecaminoso de Cristo por sua perfeição. Por isso, não há homem melhor que possamos nos espelhar que o próprio Jesus.

        A partir do verso 12, vemos o porquê de Ele, sendo o próprio Deus, ser o único em quem podemos realmente descansar e confiar: Cristo, após saber que João Batista fora preso na Galileia, foi morar em Cafarnaum, para que , como diz o texto , "se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas". É aí onde quero chegar! Mais uma vez , o que podemos destacar é, não a sabedoria ou pré-ciência dos profetas, mas Deus guiando a história da humanidade, pois repare, essa 'mudança' de Cristo serviu para a Salvação de muitos, é só reler o verso 17: "Daí em diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus."

        Devemos ter o próprio Cristo como alguém para estar buscando ser igual, e não o amigo da escola, ou o jogador de futebol que gostamos, muito menos a menina da novela. Cristo deve ser nosso exemplo, pois ele era o único que amava a Cristo com perfeição - o que vimos nos 11 primeiros versos do quarto capítulo - e é isso, apenas isso que devemos buscar.

        Nos versos 18 ao 22 vemos Cristo chamando Pedro, André, Tiago e João para serem seus discípulos. Todos pescadores, eram homens que realmente mostraram amor à Cristo, pois deixaram suas profissões de lado, seus sustentos, para seguir ao Messias. Pondo Cristo como prioridade em suas vidas, mostraram, o que realmente importa nesta vida, que o alimento espiritual (a Palavra de Deus e as coisas acerca disto) é muito mais importante que o alimento físico.

        Que possamos buscar esta perfeição de Cristo, aprender com os discípulos, que mostraram a quem eles devem realmente amar, e que com nosso viver possamos pregar o evangelho àqueles que não conhecem ao Redentor.
                                                                                  Davi Quaresma

segunda-feira, 17 de março de 2014

Mateus 4.1-11

       Logo após Jesus ter sido batizado ele foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. Temos um relato interessantíssimo nesses poucos versos e vamos ver o que podemos aprender dele!

       A primeira coisa que eu gostaria de chamar a atenção é para a semelhança que nós temos desse episódio com o que vemos no antigo testamento, quando o povo de Deus ficou 40 anos no deserto. Deuteronômio 8 versos 2 e 3 nos diz: “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual O SENHOR, TEU DEUS, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te PROVAR, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos”. Assim como o povo de Deus foi levado ao deserto para ser provado, Jesus Cristo também foi com esse mesmo propósito! Mais uma vez vemos que tudo o que está escrito no velho testamento aponta para a vida e obra de nosso Senhor! Ele toma o lugar do seu povo e passa por tudo isso, mas sem pecado algum!

       Um segundo ponto a se ressaltar é a astúcia de satanás. Ele espera a ‘melhor hora’ para iniciar a tentação: Só depois de Jesus ficar 40 dias sem comer! Não podemos nos esquecer que Cristo não era apenas Deus, mas era homem também! E o texto diz que Ele sentiu FOME como qualquer outra pessoa sentiria. E foi nesse momento de fraqueza que satanás se aproximou para tentá-lo. 
Vamos perceber também que de todas as 3 vezes que Satanás tentou o nosso Senhor, ele citou as Escrituras! Sim! Satanás conhece a Bíblia! E ele a usa de maneira muito astuta na hora das tentações, como fez com Jesus!

       E é a partir disso que gostaria de finalizar. Esse texto nos mostra a IMPORTÂNCIA DE CONHECERMOS A PALAVRA DE DEUS PARA VENCERMOS AS TENTAÇÕES! É por isso que Jesus responde todos os ataques do diabo com textos Bíblicos (Dt 8.3; Dt 6.16; Dt 10.20)! Ele quer nos ensinar que a única forma de superarmos e vencermos qualquer tentação é por meio da Palavra de Deus! Seja o mundo, o diabo ou a nossa carne!  

       Então, leitor, se você conhece pouco a Bíblia comece a se preocupar! Pois você é alvo fácil do inimigo, está mais propenso a cair em pecado. Oséias 4.6 nos diz que “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” Não seja assim! Aprenda mais da Palavra de Deus todos os dias. Conheça-a e pratique seus mandamentos.
O Salmo 119.11 nos fala exatamente sobre isso: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”.

       Não é por mágica que vencemos as tentações e nem porque somos crentes, simplesmente! Mas Deus nos deu um instrumento para que possamos nos fortalecer e não sermos presas fáceis. E o instrumento é este livro que está com você agora: A BÍBLIA.

                                                                                                                 Israel Quaresma

sábado, 15 de março de 2014

Mateus 3. 13-17

        Começamos este pequeno trecho do final do capítulo 3 de Mateus com algo interessante, a primeira aparição pública de Jesus no capítulo acontece. E o fato do que aconteceu nestes versículos ter sido público é muito importante e nós vamos entender porque depois.

       Agora, vemos que Jesus se chega a João Batista para ser batizado. Sabemos que no antigo testamento, o batismo era uma das cerimônias que antecediam o sacrifício, porque um sacerdote não poderia sacrificar sem estar totalmente limpo. A água que lavava a sujeira era um símbolo da Começamos este pequeno trecho do final do capítulo 3 de Mateus com algo interessante, a primeira aparição pública de Jesus no capítulo acontece. E o fato do que aconteceu nestes versículos ter sido público é muito importante e nós vamos entender porque depois.
        
        O interessante é que o batismo representa a lavagem dos pecados, e é por isso que João se recusa a batizar Jesus, Ele não tinha pecado algum para ser lavado. A mensagem de João Batista era de arrependimento, mas Jesus precisava se arrepender de alguma coisa? Então por quê Jesus foi ser batizado, afinal? O que Jesus pretende ao se submeter ao Batismo?

O nosso Senhor está aparecendo pública e voluntariamente como o cordeiro sem defeito. Ele não precisava fazer nada disso, mas Ele veio para cumprir perfeitamente TODA a lei por nós. Jesus não precisava ser batizado, mas quem Ele representava precisava, ou seja, nós. limpeza espiritual que Deus faria no coração. Além disso, para fazer o sacrifício, o sacerdote tinha uma série de etapas e exigências a cumprir meticulosamente para poder fazer o sacrifício. Isso não poderia ser feito de qualquer jeito.

        Após o seu batismo, abriram-se os céus, o Espírito Santo desce como pomba e depois Deus Pai fala. João Batista estava presenciando a Trindade reunida. Mas o que aquilo significava? Significava que Jesus estava sendo publicamente ungido e aceito por Deus para seu propósito principal. Como vemos em Mateus 1. 21:
        "(...) porque ele salvará o seu povo dos pecados deles."

        Cristo é ao mesmo tempo a oferta e o ofertante, o cordeiro e o sumo sacerdote. Nós só somos aceitos por Deus por aquilo que Jesus fez por nós, porque Ele tomou o nosso lugar em tudo, desde seu batismo até sua morte.

        Temos que nos lembrar constantemente que não somos aceitos por Deus senão por meio de Jesus! Quando Deus olha para nós, vê miseráveis pecadores. Mas Cristo se coloca em nosso lugar e através Dele, Deus olha para nós e vê oferta perfeita. E por conta do seu sacrifício, Deus olha para nós e diz “Este é meu filho amado, em quem me comprazo”. 
                                                                                    Gabriel Benjamin Rosa

sexta-feira, 14 de março de 2014

Mateus 3. 1-12

  Ao iniciarmos o terceiro capítulo de Mateus, deparamo-nos com a pregação de João Batista que contém lições importantíssimas para nós. Logo no segundo versículo, vemos a primeira questão que nos é exigida: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” 
       O verdadeiro crente é aquele que, uma vez confrontado pela Palavra de Deus, arrepende-se do seu pecado. Uma das marcas de um servo de Cristo é a sua disposição em obedecer! Mais a frente no livro de Mateus veremos que o homem prudente é aquele que ouve e PRATICA a Palavra, do contrário, é tido como um homem insensato. (Mt 7.24-27) 
        Então, no que realmente consiste o arrependimento? Não podemos confundir arrependimento e remorso! O verdadeiro arrependimento não é aquele que apenas mostra tristeza exterior pelo pecado. Ele demonstra uma mudança decisiva, um abandono do pecado para uma vida de obediência. 
A necessidade do arrependimento é acompanhada de uma explicação: “porque está próximo o reino dos céus.” Diferente do que muitos acreditam, sabemos que a vida cristã não é fácil ou simples – e a própria Palavra deixa isso bem claro. Lembremos que o reino dos céus é tomado por esforço e, apenas aqueles que se esforçam se apoderam dele. (Mt 11.12) Precisamos produzir frutos dignos de arrependimento e não apresentar atos que indiquem uma conformidade meramente exterior. O arrependimento precisa ser comprovado através de seus frutos.

“Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.” (v.10)

Como reconhecer um servo de Cristo? Pelos seus frutos os conhecereis... Uma árvore boa não pode produzir frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Da mesma forma que o reino é iminente, o julgamento também o é. Devemos estar atentos aos frutos que produzimos! Está claro nesse versículo que a árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Isso nos mostra que somente aqueles que fazem a vontade do Pai entrarão no reino dos céus. Uma real intimidade com o nosso Senhor significa conhecer a Deus e ser conhecidos por Deus: “Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.” (1Co 8.3)

Finalizando, vemos nos versos 11 e 12 o testemunho que João dá a respeito de Cristo.  “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.”
João Batista não passava de um servo, mas Aquele que viria era o próprio Rei. João só podia batizar “em água”, porém o que viria batizaria “no Espírito Santo e no fogo”, removendo pecados e voltando para julgar o mundo. Mas o que significa batizar com o Espírito Santo e com fogo? O símbolo da purificação com água contrasta com a purificação com fogo que descreve o batismo sobrenatural de Deus. O fogo do Espírito, ao mesmo tempo em que renova o povo de Deus, consome os ímpios como palha.

Que jamais nos contentemos com uma religião puramente formal e externa, nos enganando com a ideia de que, se frequentarmos alguma igreja, seremos salvos. A menos que nos arrependamos e nos convertamos, todos pereceremos. Somente a graça de Deus é capaz de nos livrar do fogo eterno e nos capacitar a viver de forma santa nesse mundo. 

        Cristo é a fonte designada por Deus onde encontramos a misericórdia, a graça, a vida e a paz. Cada um de nós precisa estabelecer um relacionamento pessoal com Ele. O que sabemos acerca do Senhor Jesus? O que Ele tem me ensinado? Como Ele tem afetado a minha vida e a minha relação com aqueles que me cercam? Não se enganem! É disso que depende a nossa salvação eterna! 

Tenhamos em mente que existem tanto inferno quanto o céu, e que a punição eterna espera pelos ímpios, da mesma maneira que a vida eterna destina-se a piedosos. Que nos arrependamos verdadeiramente de nossos pecados e os abandonemos, lembrando-nos que Jesus Cristo nos conduzirá com toda a segurança, nesta vida, e, finalmente, nos encaminhará à glória eterna. 
                                                                                                      Ana Talitha Rosa

quinta-feira, 13 de março de 2014

Mateus 2

O capítulo 2 de Mateus começa narrando a busca que os magos do Oriente fizeram a fim de encontrar Jesus. Tendo Herodes ouvido que os magos perguntavam onde estava o recém-nascido Rei dos judeus, reuniu os principais sacerdotes e escribas com o intuito de saber onde Jesus haveria de nascer. Herodes era rei de Israel a serviço do império Romano e temia que o nascimento de um menino, da linhagem do rei Davi, com direito hereditário ao trono, gerasse uma revolta popular e seu reinado fosse ameaçado. Esse temor de Herodes mostra uma falta de entendimento quanto às profecias a respeito de Jesus, que tratavam de um reinado espiritual e não político. Essa mesma falta de entendimento pode ser vista ao longo dos evangelhos também nos próprios judeus, que muitas vezes acreditavam que Jesus os livraria da opressão do Império Romano.

Mas esse capítulo de Mateus chama atenção para dois aspectos importantíssimos: o cumprimento das profecias feitas no Antigo Testamento, e a poderosa soberania de Deus agindo de forma clara na história.

A primeira profecia presente neste capítulo está no verso seis, quando Mateus completa a resposta dada pelos escribas e sacerdotes citando Miquéias 5.2, que diz que de Belém "sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade", numa clara referência a Cristo!

No versículo 11, onde os magos do Oriente adoram a Jesus e lhe trazem presentes, vemos cumprimento das profecias registradas em Salmos 72.10,15 e em Isaías 60.6 que diz que "todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR".

O verso 18 traz à memória o cumprimento de outra profecia, esta, feita em Jeremias 31.15, que diz respeito ao decreto feito por Herodes que sentenciava à morte todos os meninos menores de dois anos em Belém e seus arredores. Por esse motivo, um anjo do Senhor falou a José em sonho que se mudasse para o Egito e lá ficasse até a morte de Herodes (verso 15), para que se cumprisse a profecia feita por intermédio de Oséias (11.1) que diz "Do Egito chamei o meu Filho".

Lendo todo o capítulo, vemos a intervenção de Deus nos acontecimentos para que as profecias fossem cumpridas e que Cristo viesse ao mundo e entregasse sua vida como sacrifício pelos seus. Vemos um exemplo claro disso no versículo 12, onde Mateus diz que os magos foram "por divina advertência prevenidos em sonho” a não voltarem à presença do rei Herodes que queria matar o menino.

Logo em seguida, o evangelista nos conta que José foi advertido por um "anjo do Senhor" a ir para o Egito, já que Herodes procurava matar Jesus, e após a morte de Herodes, José é chamado a voltar a Israel e, (verso 22) é divinamente advertido a ir para Galiléia, pois o filho de Herodes, Arquelau, reinava na Judéia.

Além de narrar fatos da vida de nosso Salvador, Mateus faz questão de nos mostrar que a as promessas que Deus fez com Seu povo foram cumpridas através de sua soberania e controle, e que Deus suscitaria para suas ovelhas "um só pastor, e eles as apascentará;” (Ezequiel 34.23). Esse é o começo do relato de como nosso Senhor Jesus cumpriu todas as promessas feitas a respeito dele.
                                                                                                 Lucas Quaresma.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Mateus 1. 18-25.

Há tantas coisas a se destacar neste trecho tão curto, mas tão rico, afinal, conta do nascimento de Cristo, o Messias Prometido (Isaías 42:1-9), mas creio que vale destacar os "pais" de Jesus: José e Maria. No trecho anterior, que fala sobre a genealogia de Cristo, vemos desde Abraão até o próprio Jesus: "Abraão gerou a Isaque, Isaque a Jacó; Jacó a Judá e a seus irmãos...”, e assim por diante. 

Até que no verso dezesseis vemos que o último na genealogia a "gerar" foi Jacó, que gerou a José, e José não gerou a Jesus! O fim do versículo dezoito nos diz de quem Ele era pai, pois foi gerado pelo Espírito Santo! Não poderia ter nascido de homem, pois seu DNA não poderia ser humano, Cristo viria ao mundo sem pecado, para dar a vida por alguns, seus filhos. Ainda no início do versículo dezoito a Bíblia relata que Maria estava "desposada" com José, o que, na época, era uma espécie de noivado, um estava prometido ao outro, e qualquer desfeita era visto aos olhos daquela sociedade como um divórcio. 

Com isso, vemos quão misericordioso e justo foi José, mesmo após a gravidez de Maria ele decidiu manter em segredo e não infamá-la, pois sabia que ela seria apedrejada - punição dada às mulheres que engravidavam antes de se casarem -, não sendo José o pai da criança, a situação de Maria aos olhos daquela sociedade era ainda mais odioso. Quando o texto fala que José decidiu deixa-la secretamente, percebe-se a serenidade de José diante da situação, o texto não cita a maneira como José se irou contra Maria, pelo contrário, sim que ele agiu de maneira misericordiosa e amorosa ao deixa-la, e esse "deixa-la secretamente", no contexto, significa que eles estavam dissolvendo o 'noivado'. 

Até que José recebe a visita de um Anjo do Senhor (v. 20) ordenando que José aceitasse Maria por esposa, e aí a notícia que era o filho do próprio Deus que viria com o propósito de resgatar os perdidos, o Emanuel que significa Deus conosco. E assim que despertou do sono, como vemos no texto, José a recebeu por mulher, exatamente como o Anjo lhe ordenara. E assim se cumpria a promessa, Cristo vindo ao mundo como homem, com uma glória característica do próprio Deus que seria mostrada mais claramente ao mundo à medida que vivia Cristo entre nós.
                                                                                                          Davi Quaresma.



terça-feira, 11 de março de 2014

Mateus 1.1-17

       Começamos a leitura com uma genealogia! Muitas pessoas acham cansativo ler um texto com um monte de nomes estranhos que, às vezes, nunca ouvimos falar e nem conhecemos suas histórias na Bíblia. Mas afinal, o que podemos aprender desta genealogia? O que podemos tirar de edificante ou interessante dela? Veremos algumas lições deste texto.

  Mateus abre o livro dizendo que este é o "Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão." Nestas poucas palavras ele resume tudo o que vemos nos próximos 16 versículos: Que Jesus é o rei dos judeus por direito, porque vem da linhagem real! Ele é o descendente direto do trono do rei Davi. Ele terá o seu reino estabelecido para sempre, como foi prometido pelo próprio Deus (I Sm 7.16).

  À medida que vamos lendo os versos e nomes seguintes, podemos perceber que Mateus já começa nos dando uma pequena pista de como seria esse reino que Jesus veio estabelecer.
Reparem: Começando pelo Rei Davi, vemos que conforme as gerações vão passando, a glória e riqueza dos reis de Israel vão se perdendo! (e vemos isso mais claramente depois que o povo é levado cativo pelos babilônios). Até que chegamos a José! Um simples carpinteiro que não vive em nenhum palácio e não carrega nenhuma coroa na cabeça, apesar de ser descendente direto do rei Davi. Desde já percebemos que o reino que Jesus veio estabelecer não era como os reinos deste mundo que estamos acostumados. Mas isso veremos com mais detalhes nos próximos capítulos.

Por último e mais importante: Enxergamos a completa graça, misericórdia, bondade e providência de Deus em todos os fatos que levaram ao nascimento de Jesus. É só meditarmos na imensidão de pecados da genealogia que vemos aqui. A Bíblia nos mostra todos esses homens e mulheres como exemplos de uma vida de santidade, entretanto não podemos ignorar o fato que todos eles eram como nós: PECADORES.

Vamos tratar apenas dos nomes mais conhecidos na linhagem de Jesus: Temos Judá e seus irmãos que venderam José para mercadores (Gn 37). Temos Davi, que matou um de seus servos para tomar sua esposa para si (2 Sm 11). Salomão que teve centenas de mulheres e se prostrou aos seus falsos deuses (1 Rs 11). Temos, também, Manassés que se envolveu com feitiçaria, sacrificou seu próprio filho em culto a deuses estranhos e fez imagens a esses deuses dentro da própria casa de Deus! (2 Cr 33)

É realmente uma 'família' com histórias horríveis de pecado e rebeldia. Porém a graça de Deus é capaz de perdoar e purificar todos os pecados que vieram antes de Jesus e todos aqueles que viriam depois dele (inclusive os seus)! Porém não podemos nos esquecer de que Deus não é somente amor. Ele também é justo juiz! Todos estes que pecaram, receberam as consequências de seus pecados, mas se arrependeram amargamente e se voltaram para Deus.

E que saibamos que Jesus veio ao mundo APESAR de nós e que Deus nos enviou seu filho Jesus para tomar as nossas dores. Desde o dia do seu nascimento até o dia da cruz ele se humilhou em nosso favor. E é isso que veremos em todo este evangelho. Nunca nos esqueçamos deste sacrifício.
                                                                                                                            Israel Quaresma

segunda-feira, 10 de março de 2014

Introduçao ao livro de Mateus.

           Antes de começarmos a ler o livro de Mateus gostaria de fazer uma breve introdução a ele. Ele é o primeiro de quatro evangelhos que temos no novo testamento. Mas por que quatro evangelhos? Bom, não me arrisco a dar um motivo específico, mas devemos entender que para cada um deles temos um ângulo diferente da historia, vida, morte e ressurreição de Cristo.

        Você vai encontrar alguns episódios que são apenas registrados por Mateus, outros somente por Marcos e assim por diante. Por que cada um deles, ao escrever o livro, tinha em mente uma perspectiva diferente. Logo, cada um teve que escolher quais acontecimentos da vida de Jesus melhor se adequavam à mensagem que eles queriam passar e à visão que eles queriam dar sobre a pessoa de Jesus Cristo. 

Neste evangelho, Mateus quer nos mostrar a realeza de Jesus. Aqui o Messias é apresentado como o Rei dos judeus, Aquele que veio da linhagem real, o Filho de Davi! Em todos os 28 capítulos, temos como tema central Cristo como Rei supremo que veio para estabelecer o seu reino na terra.

E durante a leitura vamos descobrir que tipo de reino é esse que Jesus veio estabelecer. Quais são suas leis, suas regras, qual a natureza deste reino, como ele é dirigido e liderado. E descobriremos grandes maravilhas que não são deste mundo, pelo contrario: são loucura e ao mesmo tempo sabedoria. Tome isto como um desafio: à medida que estudarmos este evangelho, compare o que está escrito com a sua prática de vida e descubra se você já faz parte deste reino ou não.

Outro importante ponto a ressaltar é que Mateus escrevia para os judeus. Estes judeus eram os crentes que tinham só o velho testamento como a sua Bíblia, e sabemos que o velho testamento era uma preparação para o novo testamento. Tudo o que vemos desde o livro de Gênesis até o livro de Malaquias foi escrito para mostrar que Jesus Cristo viria ao mundo para salvar o povo dos seus pecados e reinar para sempre. Por esse motivo, durante a leitura deste evangelho de Mateus veremos muitas citações do antigo testamento (mais do que em todos os outros três evangelhos juntos!!!). Mateus queria provar a seus leitores que tudo o que foi escrito, já tinha sido profetizado muito antes de Jesus vir ao mundo em forma de homem. O seu nascimento; a sua rejeição; os seus milagres; as suas parábolas; o seu sofrimento; a sua morte e a sua ressurreição. Toda a vida de Jesus, tudo o que ele fazia, falava e pregava era o cumprimento de alguma profecia do antigo testamento.

O escritor usa o velho testamento para mostrar para os seus leitores que tudo aquilo que eles sempre leram não era por acaso. Todas as histórias, acontecimentos e lições do antigo testamento apontavam para a vinda deste Messias, o Cristo. É como se Mateus dissesse: "Confiram nas suas bíblias se a vida deste homem chamado Jesus não bate com todos os relatos e profecias que lemos!? Não é mera coincidência! Ele é o Rei dos reis, o filho de Deus! Creiam nas palavras deste livro, creiam nele!"


Então sintam-se inaugurados no blog! A partir de amanhã leremos o primeiro capítulo deste livro e estudaremos o que Deus quer nos mostrar por meio do livro de Mateus.
                                                                                                             Israel Quaresma.