"Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes." (Marcos 12:30-31)
O texto de Marcos acima foi uma resposta do próprio Cristo a um escriba que lhe perguntou qual o mandamento mais importante. E vemos também em outras passagens, que destes dois mandamentos dependem toda a Lei. Nos versículos de Mateus que acabamos de ler, aprendemos mais uma vez a ir contra a nossa própria vontade. É tão fácil, como vimos no texto, amar a quem nos ama! Sabemos disto, até alguém com a natureza abominavelmente pecaminosa como a nossa consegue amar - isso porquê fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Mas como é simples amar aos pais, irmãos, isto até publicanos fazem!
Cristo nos exige algo a mais justamente por sermos filhos do Pai celeste: amar aos nossos inimigos, aos que nos perseguem! E mais: orar por eles. Isso sim é difícil! É negar a nós mesmos, é ir contra o nosso próprio querer. Como é difícil amar aquela professora que me puniu injustamente! Como é difícil amar aqueles colegas que zombam de mim por causa de minha fé! Como é difícil amar àquele irresponsável que bateu em meu carro e não mostrou nenhuma preocupação com o estrago que fez! Repare que esses exemplos são pessoas do nosso dia a dia, pessoas que convivem conosco. Mesmo assim, não conseguimos amá-las.
Não há como não citar o exemplo de Cristo. Deu sua vida por pessoas que, por natureza, ODEIAM ao Criador, pessoas que odeiam ao Senhor Jesus, que são inimigas da verdade. Mas Cristo com seu amor e infinita misericórdia nos escolheu para sermos santos (Ef. 1:4), fazendo-nos amá-Lo: "porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade." Queridos, precisamos ter em mente, acima de tudo, que obedecer a Palavra de Deus não é mais que nossa obrigação. Não merecemos absolutamente nada por fazermos nossas obrigações, assim como nossos pais não ganham algo de especial por trabalharem dez horas por dia, ou nossas mães por se dedicarem com amor nos afazeres do lar. Tanto um quanto o outro não fazem mais que suas obrigações diante de Deus. Mas Deus, nos premiará com o galardão, de acordo com nossas obras, não porque merecemos por tudo que fizemos como servos, não porque fomos bons filhos, mas única e exclusivamente pela Sua infinita graça e misericórdia (Mt 5:12;Lc 6:23;1Co. 3:8; 2Co. 5:10; Hb. 11:6). Nossa oração deve ser de gratidão, pedindo à Deus temor pela sua Palavra e pelo Seu Ser.
Davi Quaresma
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